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O Resumo Informativo

Por:   •  18/6/2017  •  Trabalho acadêmico  •  4.720 Palavras (19 Páginas)  •  478 Visualizações

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Trabalho: Resumo informativo do livro “Administração Alternativa”

RIBEIRO, Carlos Reinaldo Mendes. Administração Alternativa. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1987.

O trabalho de Ribeiro tem como objetivo analisar a “racionalidade” das práticas administrativas que estão vigorando no Brasil e, também, estimular à reflexão quanto à função social da empresa e a responsabilidade do administrador para com a comunidade na qual atua.

Logo no início o autor mostra que as empresas deveriam ser organizações com a função de produzir bens e serviços para a comunidade que está inserida, mas, na realidade, não acontece desta maneira. Ele mostra que produzir um televisor por si próprio não é a maneira mais barata, nem a melhor e muito menos a que produz um aparelho com melhor acabamento. Ribeiro deixa claro que produzir esse mesmo televisor com alguém no comando, esse que tenha mais conhecimento, e outras pessoas que o auxiliem, a produção será muito melhor em muitos aspectos. Essa distribuição de tarefas envolvendo diferentes pessoas com diferentes qualificações, representa uma organização chamada, empresa. Desse modo, ele conclui que a empresa é necessária porque representa uma forma racional de produção. A partir desse assunto, ele fala que a divisão de trabalho objetivando a racionalização do aproveitamento dos recursos humanos, não é um erro. Contudo, está sendo levada ao extremo tornando os trabalhadores verdadeiros robôs, tornando as pessoas mecanizadas no trabalho. A divisão do trabalho torna a empresa uma organização, por conta de precisar de uma estrutura orgânica e organizada. Um foco que Ribeiro explica com mais detalhes, por ser uma parte importante para o entendimento seguinte do texto, é o que é ser racional? Significa tornar mais eficiente o processo do trabalho ou da organização. Ele revela que o homem não age de forma racional e o que dificulta essa ação é a inteligência do mesmo. A inteligência do homem faz com ele queira tirar vantagens em prol de seus próprios benefícios. Ele conclui falando que a racionalização do trabalho é importante, entretanto fica prejudicada pela irracionalidade do homem.

No segundo capítulo, ele escreve sobre a empresa ser uma organização com a função de produzir bens e serviços para o atendimento das necessidades da comunidade e que, essa função é diferente de objetivo, visto que objetivos são individuais, são alvos a serem atingidos. Já função é algo integrado, envolve o uso que se dá a nossa atividade. Aqueles alvos só fazem sentido quando têm utilidades, um uso. No próximo capítulo, ele começa a identificar as etapas evolutivas de uma empresa e as crises que se sucedem na passagem de uma etapa para outra. A primeira etapa é de crescimento pelo individualismo. O individualismo do proprietário de uma pequena empresa se confunde com a própria empresa. O crescimento desse aumenta o nível de exigência em cima do empresário o que resulta na crise de execução, na qual ele já não consegue atender a essas exigências. Caso a empresa passe por tudo isso ela entra na etapa II que é o crescimento pela subordinação. Agora, há um só cabeça e muitos membros, portanto a tomada de decisão é centralizada. Porém, haverá uma crise por conta dessa etapa, a crise de informação. Por no dia a dia da empresa ter-se muitas decisões a se tomar, o empresário precisa estar muito bem informado para tomá-las. Em empresas pequenas, as decisões são tomadas em função do conhecimento pessoal do empresário. Este também avalia com facilidade o desempenho dos seus funcionários e, ainda, pode ficar atento aos concorrentes. O que ocorre é que com o crescimento de uma empresa pequena o empresário acaba perdendo os aspectos citados linhas atrás. Assim, surge a necessidade de se tomar decisões através de informações recebidas. O espinho da questão é que uma pessoa tem limites para processar uma informação, ou seja, esta também transmitirá a informação limitada. A informação pode sofrer distorções ao longo do trajeto de transmissão, sejam elas por incompetência de quem gera a informação ou por má fé de algum dos envolvidos. A quantidade e a qualidade das informações dificultam a tomada de decisão. Contudo, a maneira para sair vivo de uma crise de informação é decentralizando as tomadas de decisões na empresa. A melhor maneira de fazer isso e, segundo o autor, atribuir aos grupos de trabalho o poder de decidir. Assim, chega-se na etapa III que é o crescimento por delegação. A partir isso, ele observará como é uma empresa descentralizada ou departamentalizada. Na realidade, cada departamento se comporta como uma empresa dentro da empresa. Uma empresa descentralizada é muito mais segura de viabilizar-se. Em cada departamento pode-se estabelecer objetivos integrados, mas pode surgir conflitos de interesse em que o desempenho de um departamento pode ser prejudicado pelo comportamento de outro na busca pelos “seus” objetivos. Para resolver os conflitos gerados entre os setores na luta por seus objetivos, é muito comum, nessa etapa, haver muitas reuniões para contornar os mesmos. Isso é o que a crise de controle causa na empresa. Para evitar disputas entre departamentos e tranquiliza-los, faz-se uma elaboração de orçamentos. Este permite se chegar a um consenso entre setores. Quando todos começam a se submeter ao orçamento estabelecido que estabelece: o que produzir, quais as estimativas de venda, investimentos, entre outros, a empresa entra na etapa IV que é o crescimento pela coordenação. Com isso, a dureza que a empresa assume causa a chamada crise de burocracia. Ao estabelecer um documento regulando todas as atividades, que devem ser seguidas a risca, a empresa perde a plasticidade de sua agilidade perante o mercado e os concorrentes. Dessa maneira, a empresa diminui o poder de competição e abrem caminho para empresas menores. Pode-se concluir, assim, que a grandiosidade das organizações é compensada pela agilidade das pequenas. O reconhecimento desta abertura para empresas menores, faz com que empresas maiores busquem alternativas para isso. A ideia foi tornar mais plásticas e ágeis as empresas maiores tanto quanto as menores. Assim, essas empresas passam pela crise da burocracia, sem perda de controles essenciais para uma gestão segura. Chega-se finalmente na etapa V que é o crescimento pela elaboração. Essa etapa tratará de assuntos relacionados ao avanço tecnológico.

No quinto capítulo do livro, ele fala sobre a empresa solidária. Ribeiro já começa explicando que ser solidário é agir de forma inteligente e racional. Ele deixa bem claro que, no ramo dos negócios, a solidariedade é muito aplicada e que não há espaços para sentimentos, como alguns acham que ser solidário é ser bonzinho. Portanto, uma empresa solidária é aquela que seus departamentos agem em perfeito ritmo visando maximizar o desempenho da organização através da colaboração de todos. Para se ter uma administração solidária é fundamental que o empresário, ou gerente, tenha uma visão global da organização, para isso ele deverá ser tranquilo, seguro de si e aberto a diálogos e ao relacionamento com o todo. É importante colocar que em uma administração solidária um líder de departamento não pensa somente em seu setor e dane-se os outros, pelo contrário, o setor dele é parte construtiva de um objetivo comum para todos, o bom desempenho da organização. O autor nesse capítulo quer desconstruir a ideia de que em uma empresa solidária só trabalham pessoas boas, tendo como objetivos o bem do semelhante. Nada disso, esse tipo de organização, Ribeiro deixa claro, trabalham pessoas exatamente iguais e que trabalhariam em qualquer empresa. O diferencial é que, termos de organização, elas agem solidariamente, pois entenderam ser mais racional trabalhar assim. Em uma empresa solidária, a tomada de decisão não é individual, mas uma atuação de todos os seus componentes. Em uma empresa solidária, cada setor se comunica com outro racionalmente para cada vez mais melhorar a forma de produção. Vale lembrar que agir de forma esporádica com solidariedade não caracteriza uma empresa como tal, precisa-se institucionalizar e incorporar essa cultura na empresa. Por fim, ele revela que a empresa solidária usa da melhor tecnologia gerencial disponível e que transnacionais a utilizam e são muito bem-sucedidas.

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