O USO DE PRÁTICAS MODERNAS NA GESTÃO DE PESSOAS NO RAMO DE HOTELARIA

O USO DE PRÁTICAS MODERNAS NA GESTÃO DE PESSOAS NO RAMO DE HOTELARIA

PATITUCCI, Ederson Souza^[1]

CAMARGO,CristhianoKopanski^[2]

RESUMO:

Palavras-Chave: Gestão; Pessoas; Empresa; Liderança; Motivação.

INTRODUÇÃO

        As pessoas possuem papel fundamental, estratégico e de extrema relevância nas organizações, por constituírem fonte de competência das empresas. Desse modo, devem ser valorizadas e geridas por meio de práticas de gestão de pessoas, a fim de buscarem um desenvolvimento pessoal e profissional visando sempre os melhores resultados. Ao realizar a Gestão de Pessoas, busca-se uma garantia de que todas as necessidades dos funcionários sejam atendidas e de que os mesmos estejam dentro dos cargos e funções que têm a capacidade para exercer. Este controle faz-se necessário para que futuramente não existam problemas em gerir o pessoal da empresa, evitando conflitos internos, alta rotatividade de pessoas e, consequentemente, a baixa lucratividade e cancelamento de contratos.

        Conforme Dutra (2002), a gestão de pessoas pode ser entendida como um conjunto de políticas e práticas que permitem a conciliação de expectativas entre a organização e as pessoas para que ambas possam realizá-las ao longo do tempo. Dentro da empresa, é o departamento responsável por administrar e gerir o capital humano, também conhecido como Departamento Pessoal ou RH, podemos dizer que é o coração da organização, pois todos os processos pessoais de todos os colaboradores passam por essa área.

        As empresas buscam cada vez mais se ajustar às novas exigências frente ao mercado de trabalho, e no âmbito da Gestão de pessoas verificamos o quanto se faz necessário que os vínculos empregatícios venham a ser substituídos por parcerias, surgindo assim novas formas de trabalho. A tecnologia da informação acelera novas formas de gerir pessoas e equipes, proporcionando recursos de trabalho que atualizam e disponibilizam informações sobre pessoas.

        No presente estudo, desenvolveremos uma compreensão das principais características da gestão de pessoas na organização empresarial a partir de dois momentos. A primeira com uma pesquisa bibliográfica, fazendo levantamento dos principais elementos que compõe uma boa gestão de pessoas. Nesse momento, explicitaremos em linhas gerais os aspectos da gestão empresarial, com base em três pontos fundamentais: ambiente organizacional, motivação e liderança. O segundo momento será a partir de estudo de caso, no qual direcionaremos o tema da gestão de pessoas para o ambiente de empresas de hotelaria. Com base nesse desenvolvimento elucida-se a centralidade do gestor de pessoas na organização empresarial hoteleira.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

        Gestão de pessoas é tema central em toda empresa, sobretudo naquelas que buscam e dependem de uma alta satisfação dos clientes em sua prestação de serviços, como é o caso do ramo de hotelaria. Dado que este é um tema amplo dentro da administração, nossa abordagem se limitará aos aspectos e atividades frequentes do cotidiano. Nesse sentido, será objeto de nossa pesquisa bibliográfica as práticas e políticas do setor de RH (recursos humanos), aspectos organizacionais, importância da motivação dos funcionários e liderança. Antes da análise desses pontos, apresentaremos uma definição geral do conceito de Gestão pessoal.

        Primeiro ponto é que o a pessoa colaboradora da empresa é importante para o funcionamento da mesma. Cada pessoa tem suas particularidades dentro da empresa que devem ser consideradas. Com isso em mente, Chiaveneto elenca cinco pontos primordiais da gestão de pessoas na organização:

1 As pessoas como seres humanos: dotados de personalidade própria e profundamente diferentes entre si, como uma história pessoal particular e diferenciada, possuidores de conhecimentos, habilidades e competências. [...] 2 As pessoas como ativadores de recursos organizacionais: como elementos impulsionadores da organização e capazes de dota-la do talento indispensável a sua constante renovação e competitividade em um mundo cheio de mudanças e desafios. [...] 3 As pessoas como parceiras da organização: capazes de conduzir a organização a excelência e ao sucesso. [...] 4 As pessoas como talentos fornecedores de competências: ou seja, as pessoas como elementos vivos e portadores de competências essenciais ao sucesso da organização. [...] 5 As pessoas como o capital humano da organização: ou seja, as pessoas como o principal ativo organizacional que agrega inteligência ao negócio da organização. [...] (CHIAVENATO, 2010, p. 10-11).

        Nesse contexto, a gestão de pessoas é o que possibilita e permite utilizar o material humano, para alcançar os objetivos da organização e dos colaboradores.         Em sintonia com isso, Montanar Charnov apresenta quatro tarefas na área de recursos humanos, valorizadas pela administração.

A administração precisa encarar quatro tarefas principais na área de recursos humanos. A primeira delas é encontrar os trabalhadores necessários. [...]. A segunda é colocar o funcionário certo na função certa. [...]. A terceira tarefa diante do gerente de recursos humanos é motivar um desempenho humano eficaz dos funcionários que resulte em níveis aceitáveis de produtividade. [...]. A tarefa final, que deve ser executada pelo gerente, é avaliar o desempenho dos funcionários. (MONTANA CHARNOV, 2010. p. 81).

        Nesse sentido, podemos dizer que o objetivo de uma boa gestão de pessoas dentro de qualquer empresa é a otimização e o aproveitamento das potencialidades que cada membro possui na equipe. No geral, uma boa gestão colabora para as execuções de estratégias que possivelmente o gestor possa utilizar, uma vez que os colaboradores estarão sincronizados e motivados. Ou seja, ela possibilita que as empresas se articulem frente às constantes mudanças do mercado, superando com mais agilidade e facilidade as dificuldades que se apresentam.

        Conforme ressalta Albuquerque (2002), frente à frenética atualização do mercado de trabalho, que acompanha o avanço tecnológico e exigências atuais, se torna necessário que a gestão de pessoas seja constantemente refletida e adaptada, para que haja competitividade e o acirramento entre as empresas.

        Não obstante, também se deve levar em consideração que as pessoas que estão ali colaborando possuem necessidades e objetivos individuais, como bem estar, qualidade de via crescimento pessoal e financeiro. Assim, configura-se uma relação de mútua dependência: a empresa só funciona bem (com lucratividade e expansão) associada à contribuição dedicada de seus funcionários que, por sua vez, passam boa parte de suas vidas ali, almejando objetivos pessoais. Portanto, em concordância com Dutra (2002), o bom gestor não pode ficar centrado em apenas uma das partes. Ambos os interesses devem ser considerados e beneficiados, a partir das mesmas práticas e esforços.