O desafio das empresas familiares em se profissionalizar

O desafio das empresas familiares em se profissionalizar

As empresas familiares são instituições que existem há séculos e consideradas a forma de empresa predominante em todo mundo. No Brasil, a maioria das empresas ou é familiar, ou já foi uma empresa familiar ou está passando por processo de profissionalização. Com o dinamismo do mercado, cabe às empresas buscarem formas de sobrevivência, sejam elas familiares ou não. Reconhecer suas falhas e seus pontos fortes é imprescindível para a inovação e para fazer as mudanças necessárias acontecerem.

Apesar de tão comuns no mundo todos, esse tipo de empresa possui peculiaridades que devem ser observadas no intuito de se desenvolver e garantir a sua continuidade. O trabalho e a família são valores importantíssimos para a maioria das pessoas. Diante disso, pode-se compreender o poder de uma organização que envolve ambas as coisas. Sentimentos, valores e tradições familiares são trazidos para empresa e vice-versa, nessa fusão de sistemas, família e empresa, podem ter consequências negativas e/ou positivas.

Dentre os pontos a serem destacados, podemos citar a propriedade da empresa, sendo o controle da organização encontra-se nas mãos de uma família, que detém a maioria do capital da empresa. Outro ponto está relacionado a gestão, de forma que os cargos mais altos são ocupados por membros da família. Outro fator a ser observado diz respeito à sucessão, sendo que na maioria das vezes as gerações seguintes assumem os lugares deixados pelos parentes.

Nos primeiros passos da empresa, o sócio-fundador é o empreendedor que toma conta da maioria dos aspectos da empresa, uma vez que a mesma ainda é pequena e mais fácil de administrar sem o apoio de uma grande equipe. Nesse momento, o conhecimento a respeito de negócios e desejos individuais vão afetar profundamente os estágios subsequentes.

Em uma segundo momento, no qual a organização apresenta um crescimento de suas atividades, a empresa agora precisa de uma equipe capacitada e que aplique seus conhecimentos em busca do fortalecimento da organização. Essa fase pode ser um divisor de águas para o futuro dessa empresa familiar. Agora a empresa apresenta processos mais complexos, o que demanda um conhecimento técnico maior do que em momentos anteriores. Chegamos ao ponto que foi citado anteriormente. É questão de sobrevivência que o controle da organização esteja nas mãos de profissionais preparados, que possuam o conhecimento adequado para a função a ser exercida. Os cargos e salários devem ser distribuídos por meio de critérios técnicos e não mais apenas por serem membros da família. Nada impede que familiares trabalhem na organização, podem uma empresa que atua de modo profissional, irá atribuir a função e a remuneração de acordo com a contribuição do indivíduo dentro da organização.

Junto com a maturidade da empresa, chega o momento de avaliar as opções de sucessão. O herdeiro é uma incógnita, pode trazer idéias novas e um novo fôlego pra empresa ou simplesmente não demonstrar interesse. De qualquer forma, quanto mais cedo planejar essa etapa, menos nociva será essa transição, que inevitavelmente irá acontecer. O mais aconselhável é que se prepare o sucessor com princípios empreendedoristas e administrativos e que tenha aptidão para os negócios.

Nesse patamar,