OS DESAFIOS NA GESTÃO DE UMA EMPRESA FAMILIAR
Por: rafaelemch • 6/11/2018 • Trabalho acadêmico • 1.596 Palavras (7 Páginas) • 332 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ – UNESPAR
LAYZ JULIÃO GOMES
RAFAELE LEITE MACHADO
DESAFIOS NA GESTÃO DE UMA EMPRESA FAMILIAR
PARANAGUÁ
2017
LAYZ JULIÃO GOMES
RAFAELE LEITE MACHADO
DESAFIOS NA GESTÃO DE UMA EMPRESA FAMILIAR
Trabalho de graduação apresentado à disciplina de Metodologia Cientifica como requisito principal para obtenção da nota do 4º bimestre do Curso de Administração da Faculdade Estadual do Paraná campus Paranaguá.
Prof.: Erica Dias
PARANAGUÁ
2017
RESUMO
A empresa que obtém uma gestão de tipo familiar enfrenta grandes desafios na perpetuação do negócio, é difícil separar a dinâmica familiar da empresarial, gerir pessoas não é uma tarefa fácil, unida a relacionamentos afetivos derivados de uma família, pode acarretar problemas a serem resolvidos, dessa forma, realizou-se uma entrevista, de forma qualitativa, para entender os comportamentos de gestores de pequenas empresas familiares em Paranaguá/Pr.
1 INTRODUÇÃO
É de conhecimento de todos que existem muitos desafios na gestão de uma empresa. O que acontece quando envolve esse processo com relacionamentos afetivos derivados de uma família? Não há como responder essa questão com exatidão quando o instrumento de analise trata-se de pessoas, isso depende diretamente do nível de maturidade em que o administrador irá lidar com a necessidade de saber separar as relações familiares dos negócios da empresa. Para que essas empresas se mantenham inseridas nesse cenário atual de concorrência, devem estar estruturadas, com suas metas claras e com as relações familiares resolvidas, formando assim uma organização bem administrada com um órgão de competência.
Dessa forma, um fator importante em uma empresa familiar é a passagem das gerações, segundo Donnelley apud Bernhoeft (1989) uma companhia é considerada empresa familiar, quando já se passaram pelo menos duas gerações que tiveram o poder de influenciar na política geral e nos objetivos da família. As novas gerações podem chegar com idéias totalmente diferente, onde entra em prova a capacidade de manter acertos e princípios da cultura organizacional do lugar, mas também em prova é colocado os antecessores que precisam ser flexíveis para se adaptarem as mudanças que são necessárias. Segundo Gersick et al. (1997) a passagem de liderança de uma empresa familiar é o maior teste que ela passará na sua duração. Uma empresa pode resistir a crises econômicas, mas quebrar com conflitos familiares.
Outras visões de empresas familiares ampliam o âmbito familiar do negócio, segundo Bernhoeft (1989) empresa familiar não é apenas aquela que contém uma história vinculada a uma família, na sua origem, ou que ainda mantém membros da mesma na administração do negócio. Isto trás a idéia de que uma empresa não se define familiar apenas quando seu capital pertence a uma família ou mais, mas sim quando existe um envolvimento, onde existem relações positivas, a confiança adquiria com um velho funcionário, onde cria-se uma grande intimidade, a chamada “família organizacional” todas estas relações acontecem em paralelo com os negócios da empresa, esses aspectos diante do convívio diário definem também uma empresa familiar, pois o que difere é administrar em meio a essa realidade.
Sendo assim, tendo o conhecimento que as pequenas empresas são grandes geradores de emprego hoje no Brasil, e que as empresas familiares representam uma grande totalidade nesse meio, onde são encontrados diferentes conceitos para definir a mesma, observam-se grandes obstáculos enfrentados diariamente nessas gestões, até grandes desafios que as colocam em situações que prejudicam a perpetuação do negócio, e cada gestor lidará de uma forma com esses problemas.
1.1 PROBLEMA
A gestão de uma empresa enfrenta muitos obstáculos, quando unimos relações familiares com as obrigações de gerir um negócio, e com a responsabilidade da perpetuação da fonte de renda de uma ou mais famílias em muitos casos, o resultado pode ser desastroso. Laços afetivos que podem ter dado início a idéia de abrir uma empresa, podem se tornar o principal problema que ela encontra em um determinado ponto de seu crescimento. Então, quais são os maiores e mais relevantes fatores negativos existentes em gerir uma empresa em um âmbito familiar? Quais são os mais freqüentes obstáculos encontrados por esses gestores?
1.2 OBJETIVOS
- Objetivo Geral
- Analisar os desafios enfrentados na gestão de pequenas empresas familiares na região de Paranaguá-Pr.
- Objetivos Específicos
Analisar o processo de sucessão na gestão de pequenas empresas familiares.
- Analisar até que ponto o convívio familiar pode influenciar negativamente na condução dos negócios de pequenas empresas familiares.
- Analisar como o administrador resolve os desafios na gestão de uma pequena empresa familiar.
1.3 JUSTIFICATIVA
O interesse pelo tema surgiu através da complexidade do mesmo. Lidar com empresas nunca foi fácil, ainda mais quando é administrada por pessoas da mesma família. E com esse pensamento desenvolvemos essa linha de pesquisa, que nada mais é do que os desafios encontrados na gestão de empresas familiares e suas respectivas soluções dentro de pequenas empresas.
Essa linha de pesquisa visa algumas consequências causadas pelo tema. A primeira consequência que pode ser negativa é o processo de sucessão, que à partir da terceira geração começa a surgir problemas maiores, que é onde entra em discussão as diferentes formas de administrar, exige-se a flexibilidade dos antecessores aceitarem as mudanças que o mercado impõem, e os sucessores saberem respeitar a cultura daquele local. Outro fator complicado é separar as questões familiares das questões empresariais, é importante lembrar a possibilidade de que a pessoa com que você teve um problema dentro da organização seja um parente próximo, como um irmão por exemplo. Por último, porém muito importante é a falta de disciplina em relação ao lucro (dependendo do modelo de gestão) é muito comum encontram empresas onde as contas da casa se unem com as contas do negócio, gerando assim um descontrole do setor financeiro.
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