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O uso da Estatistica descritiva na pesquisa em custos

Por:   •  3/3/2016  •  Artigo  •  687 Palavras (3 Páginas)  •  390 Visualizações

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O USO DA ESTATÍSTICA DESCRITIVA NA PESQUISA EM CUSTOS: ANÁLISE DO XIV CONGRESSO BRASILEIRO DE CUSTOS

Carlos Alberto Diehl* Marcos Antônio de Souza**

Laura Elaine Cabral Domingos***

Sinopse: Este artigo tem como objetivo o estudo da utilização da estatística descritiva em pesquisas em custos, especificamente naquelas apresentadas no XIV Congresso Brasileiro de Custos (CBC), realizado em 2007 na cidade de João Pessoa (PB). Primeiramente, faz-se uma revisão teórica sobre a estatística descritiva e a apresentação do Congresso de Custos, realizado desde 1994, sob a organização da Associação Brasileira de Custos (ABC). Na seqüência, apresentam-se os aspectos metodológicos do estudo, classificado como descritivo, quantitativo e aplicado. Para responder ao problema de pesquisa utilizou-se, como procedimento técnico, a revisão bibliográfica e a estatística descritiva. O desenvolvimento do estudo baseou-se na análise dos 238 artigos admitidos no referido congresso. Analisam-se os procedimentos técnicos de coleta e análise de dados adotados e a relação com a estatística descritiva na explicação do problema. Verifica-se que os artigos que utilizam como procedimento técnico a revisão bibliográfica, em sua grande maioria, não utilizaram a estatística descritiva, tendo preferido outras técnicas de análise. De forma diversa, cerca de 40% dos artigos que utilizaram como procedimento técnico o estudo de caso, ou que apresentaram modelos ou exercícios práticos, utilizaram elementos da estatística descritiva. Já os artigos que utilizaram como procedimentos técnicos o levantamento e a pesquisa documental, cerca de 90%, utilizaram a estatística descritiva, como freqüências e tabelas.

Palavras-chave: Pesquisa em custos. Estatística descritiva. Estatística.

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* Doutor em Engenharia de Produção pela UFSC/HEC Montreal. Mestre em Engenharia de Produção e Engenheiro Químico pela UFRGS. Aperfeiçoamento em TQM pela NKTS/Japan. Professor do Mestrado em Ciências Contábeis da UNISINOS. (cd@unisinos.br).

** Doutor em Controladoria e Contabilidade pela FEA/USP. Mestre em Administração pela UMESP. Professor do Mestrado em Ciências Contábeis da UNISINOS. (marcosas@unisinos.br).

*** Mestranda em Ciências Contábeis pela UNISINOS. (lauraelaine@lauraelaine.com.br).


1 INTRODUÇÃO

O desenvolvimento dos métodos científicos fez com que o homem enriquecesse seus conhecimentos e técnicas, pois eles ensejam processos de planejamento e aprendizagem. O método científico mais fecundo é o método experimental (CUNHA, 1968).

Conforme Cunha (1968, p. 3),

[...] método experimental é a observação do fato e o controle das causas que possam influir no mesmo, uma por uma, até se identificar a causa principal ou se poder avaliar a influência que cada uma delas possa exercer sobre o comportamento do fenômeno, chegando-se a um conhecimento que, se for verdadeiro, poderá ser comprovado por novas experiências.

O mesmo autor aponta para campos onde é impossível qualquer experimentação, por exemplo, as ciências biossociais, em que os fenômenos somente podem ser estudados em suas manifestações, não existindo controle de suas causas e sim caracterização das manifestações. Em estudos em que está inviabilizada a experimentação, procura-se estabelecer relações de dependência entre os efeitos causados pelos fenômenos que se pretende estudar (CUNHA, 1968). Nesse sentido, o método estatístico, cuja finalidade é a determinação de tendências dos fenômenos e a descoberta das causas mais ligadas a estas, auxilia nos estudos em que não pode haver experimentação.

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