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OS DESAFIOS DA PESQUISA CIENTÍFICA NO BRASIL

Por:   •  19/4/2022  •  Artigo  •  1.998 Palavras (8 Páginas)  •  661 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI – UNIASSELVI ADMINISTRAÇÃO

FABIANA SOUZA DA SILVA, JEANE DA SILVA NOLASCO, JOIÁRIBE PEREIRA RIBEIRO, JOSÉ GERALDO RIBEIRO SALES, ROSANA MOREIRA DA HORA

OS DESAFIOS DA PESQUISA CIENTÍFICA NO BRASIL

Jequié – Bahia

2022

CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI – UNIASSELVI ADMINISTRAÇÃO

FABIANA SOUZA DA SILVA, JEANE DA SILVA NOLASCO, JOIÁRIBE PEREIRA RIBEIRO, JOSÉ GERALDO RIBEIRO SALES, ROSANA MOREIRA DA HORA

OS DESAFIOS DA PESQUISA CIENTÍFICA NO BRASIL

Relatório final, apresentado ao professora Adriana Silva Caribé, da disciplina de administração, do Centro Universitário Leonardo Da Vinci, como parte das exigências para a obtenção da nota do Seminário Interdisciplinar.

Local, Jequié 25 de março de 2022.

Jequié – Bahia

2022

INTRODUÇÃO

O objetivo deste estudo foi identificar os principais desafios da pesquisa científica e tecnológica no Brasil, analisando os fatores subjacentes de acordo com a percepção de pesquisadores que atuam em universidades públicas brasileiras. O estudo aponta caminhos para o avanço do SNCTI (Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação), proporcionando um novo pensamento para o desenvolvimento de pesquisas mais relevantes e competitivas em um contexto internacional.

O que motiva os pesquisadores a se envolverem em atividades de pesquisa? É claro que as motivações podem ser variadas, como interesses pessoais, incluindo o desafio intelectual da pesquisa, curiosidade e a emoção da descoberta; interesses profissionais, incluindo reputação científica, educação do aluno, desenvolvimento e avanço na carreira e incentivos financeiros; e, finalmente, interesses sociais, como buscar benefícios para uma organização, comunidade ou sociedade como um todo (SILVER, 2009).

No entanto, não é difícil para um pesquisador brasileiro com experiência em uma boa universidade no exterior enumerar uma série de problemas que dificultam e dificultam a atividade de pesquisa brasileira. Desafios relacionados à escassez de recursos para pesquisa; burocracia excessiva; falta de equipes de apoio para captação de recursos ou gestão de projetos; pesquisadores sobrecarregados, enquanto as atividades de ensino e extensão; infraestrutura de pesquisa insuficiente; baixa interatividade e dificuldades para pesquisadores com outras instituições; atender às necessidades da sociedade torna-se um obstáculo facilmente identificável.

O uso dos conceitos exige ser historicizado. Os conceitos são objeto de problematização para determinar sua especificidade. Não se trata de “provar” um conceito, mas de descobrir sua especificidade. Os conceitos não buscam garantias de que seu conteúdo se contraste com determinadas estruturas reais; mas de que o conteúdo seja determinável segundo a exigência de especificidade crescente, que transformará o conteúdo do conceito. (Zemelman em entrevista realizada por KRAWCZYK; MORAES, 2003, p. 314).

Esse problema se deve, em parte, à falta de uma agenda política estruturada no Brasil que estimule a pesquisa e a inovação, além das estruturas complexas que estão arraigadas no sistema de pós-graduação e pesquisa implementado no Brasil.

Assim, além do baixo investimento e dos cortes recentes de pesquisas nos últimos anos, há uma supervalorização de métricas acadêmicas como o número de publicações (SCHWARTZMAN, 2008; ANGELO, 2016; ANDRADE, 2019), estimulando o comportamento padrão entre os pesquisadores. métricas de desempenho da faculdade por meio de rotinas reconhecidas como eficazes e legais (BALBACHEVSKY, 2008).

Portanto, além dessas questões, existem outros desafios para a expansão, integração e integração do SNCTI, como: aumento do impacto da pesquisa, ampliação e modernização da infraestrutura de pesquisa, formação e qualificação de recursos humanos e incentivo à pesquisa por meio da universidade; interações da sociedade para inovar para melhor conectividade (MCTI, 2016).

 PESQUISA NO BRASIL: PANORAMA

No Brasil, a história da ciência, especialmente a política de incentivo à pesquisa, é muito nova (BORGES, 2016). Até o início do século XX, o ensino superior brasileiro consistia em escolas profissionais, academias militares e diversas outras instituições (BARRETO; FILGUEIRAS, 2007). O modelo que sustenta as atuais universidades brasileiras surgiu a partir da década de 1920 com a tarefa central de institucionalizar o ensino superior, até então fragmentado e desregulamentado (GUIMARÃES, 2002).

Até a década de 1940, a pesquisa científica concentrava-se em poucos centros públicos de pesquisa aplicada, como saúde, agricultura e tecnologia industrial. A ação sistemática de apoio à pesquisa científica ocorreu apenas no pós-guerra e baseou-se no modelo norte-americano de inovação linear. Nesse período, acreditava-se que os incentivos à ciência básica levariam automaticamente à inovação tecnológica (GUIMARÃES, 2002; FURTADO, 2005; OTTOBONI, 2011).

Da criação das agências de fomento na década de 1950 à consolidação das políticas de pós-graduação implementadas nas principais universidades brasileiras na década de 1960, o sistema de pesquisa brasileiro ganhou força (FÓRUM DE REFLEXÃO UNIVERSITÁRIA, 2002; FURTADO, 2005; OTTOBONI, 2011; BORGES, 2016).

As reformas universitárias ocorridas em 1968 também contribuíram para a consolidação do SNCTI. Modernizou e ampliou a universidade principal, estabeleceu uma estrutura departamental e abriu formalmente cursos regulares de pós-graduação nos níveis de mestrado e doutorado, combinando atividades de ensino e pesquisa (SCHWARZMAN, 2008; MARTINS, 2009).

O SNCTI passou por uma fase de transição entre as décadas de 1970 e 1980 devido a graves desequilíbrios político-financeiros no setor público, que levaram a um enfraquecimento das políticas públicas relacionadas à articulação entre universidade e setor produtivo (FURTADO, 2005; OTTOBONI, 2011).

Pincelli (2016) aponta que na década de 1990, a produção quase dobrou em relação à década de 1980, ultrapassando 1% da produção científica mundial, medido pelo número de publicações indexadas. Aumento significativo de publicações anuais de autores e coautores brasileiros

A partir de 2000, o SNCTI ganhou força, marcado pela maturidade do sistema, aumento do número de pesquisadores, incentivos financeiros e orçamentários à pesquisa e reconhecimento internacional (OTTOBONI, 2011; BORGES, 2016).

De 1981 a 2014, chegou a 40.500 no último ano da pesquisa. O número de publicações na Web of Science com "Brasil" como país de origem atingiu quase 47.000 em 2015 e 38.000 em outubro de 2016.

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