OS DESAFIOS DA PESQUISA CIENTÍFICA NO BRASIL

UNIASSELVI CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI

CURSO DE GESTÃO FINANCEIRA

OS DESAFIOS DA PESQUISA CIENTÍFICA NO BRASIL

Ana Gilza Bezerra Ferreira

Alef José Bueno

Davi Marques Gomes Borges

Danilo Augusto da Silva

Hoovert Correia França

Jessica de Souza da Silva

Jessica Caroline Dias de Lima

Luziane Silva dos Santos Faria

VÁRZEA GRANDE-MT

2021

SUMÁRIO

RESUMO        4

1. INTRODUÇÃO        4

2. ATUAIS DESAFIOS NA PESQUISA CIENTÍFICA NO BRASIL        5

3. SOLUÇÕES PARA OS DESAFIOS        6

4. CONCLUSÃO        7

6. REFERÊNCIAS        7

RESUMO

Na esfera das universidades atuais, um dos aspectos que apresenta maiores desafios na atualidade é a pesquisa científica. As universidades são chamadas a desenvolver investigações significativas para seus contextos e que, ao mesmo tempo, considerem realidades sociais, políticas, econômicas, culturais que se ampliam e complexificam cada vez mais. O presente artigo aborda questões sobre as dificuldades que existe hoje em dia no campo da pesquisa científica no Brasil e quais são as soluções para tais problemas. Entendemos que um dos principais desafios colocados à pesquisa no Brasil é responder às necessidades financeiras dos pesquisadores para realizar suas pesquisas e, da parte dos pesquisadores é colocar no centro de suas pesquisas as necessidades da vida prática das pessoas, no cotidiano da vida, aliadas às questões da macropolítica.

1. INTRODUÇÃO

O que pode motivar um pesquisador a se envolver com atividades, certamente são por interesses pessoais, incluindo o desafio intelectual da pesquisa, curiosidade e a emoção da descoberta, interesses profissionais, a formação de alunos, o aperfeiçoamento e a promoção na carreira, assim como os incentivos financeiros, interesses sociais etc (SOUZA; MESQUITA; SOUZA, 2020).

Para um pesquisador brasileiro que chegou a passar por várias universidades no exterior, podem dizer a série de problemas que dificultam e desmotivam as atividades de pesquisa no Brasil. Escassez de recursos destinados à pesquisa, burocracia excessiva, infraestrutura precária para pesquisa, baixa interação dos pesquisadores com outras instituições entre outros, são desafios que foram apresentadas pelos pesquisadores(SANCHES, 2016).

Grande parte desse problema está relacionada com a falta de uma organização na agenda política para o incentivo à pesquisa e inovação no Brasil. Baixos investimentos e recentes cortes em pesquisas nos últimos anos, percebe-se uma valorização excessiva de indicadores acadêmicos como a quantidade de publicações, estimulando um comportamento padrão dos pesquisadores por meio de rotinas reconhecidas como eficientes para assegurar o acesso aos indicadores de desempenho das universidades(ED, 2008).

Outros desafios mostram-se presentes como o aumento no impacto das pesquisas, ampliação e modernização da infraestrutura de pesquisa, formação e capacitação de recursos humanos e estímulos aos processos de inovação por meio de uma melhor articulação das universidades com a sociedade(INOVAÇÃO, 2016).

Assim, o objetivo deste trabalho é identificar os principais desafios da pesquisa científica no Brasil, e quais soluções poderão ser tomadas para que caminhos positivos possam ser seguidos, permitindo novas reflexões para o desenvolvimento de pesquisas mais relevantes no país.

2. ATUAIS DESAFIOS NA PESQUISA CIENTÍFICA NO BRASIL

A pesquisa é o meio utilizado para se obter informações sendo de interesse coletivo ou individual. Quando se falam em “pesquisa”, vem em nossa mente cientistas em seus laboratórios realizando seus experimentos, mas pesquisar não é somente dessa forma, pois este se faz presente em todos os momentos da nossa vida(LEMOS, 2018).

O desenvolvimento científico e tecnológico brasileiro tem apresentado importantes avanços nas últimas décadas. No entanto, há diversos fatores que ainda limitam o impacto das pesquisas brasileiras no cenário nacional e internacional(OTTO; NIEMINEN, 2010). O contexto das pesquisas acadêmicas vem passando por mudanças devido à escassez de recursos e à noção de que a ciência deve assumir sua parcela de responsabilidade na solução de problemas da sociedade(SOUZA; MESQUITA; SOUZA, 2020).

Segundo (SANCHES, 2016), “um país não faz ciência apenas investindo financeiramente em cientistas e laboratórios. Esses investimentos são necessários, mas não suficiente”. As publicações são importantes no início da carreira, traz possibilidades de intercâmbio que podem ajudar as pesquisas a gerarem bons frutos.

A falta de conhecimento das pessoas sobre os trabalhos científicos desenvolvidos, principalmente nas universidades, é um desses, o que faz com que os impactos gerados por essas pesquisas não sejam de conhecimento da população(BIANCHETTI, 2012).

As pesquisas científicas têm um grande valor para a sociedade. Através delas descobrimos curas para as doenças, desenvolvemos tecnologias novas, auxiliam a solucionar problemas que prejudicam a população e contribui na melhor qualidade de vida e da sociedade(OTTO; NIEMINEN, 2010).

Se a população estiver próxima das universidades, os progressos gerados nas pesquisas ficarão mais evidentes. Dessa forma, o apoio da sociedade contribuirá para que mais investimentos sejam destinados a essas áreas(OTTO; NIEMINEN, 2010). Os cortes na educação e na ciência também são grandes desafios para as pesquisas científicas realizadas no Brasil. O orçamento destinado á Ciência e Tecnologia em 2018, por exemplo, é menor em comparação com 2017 (19% menor). E com cortes e congelamento no orçamento, as universidades públicas são polos de desenvolvimento científico, as pesquisas desenvolvidas nelas também são prejudicadas(SANCHES, 2016).

A Universidade Brasileira não tem sabido, geralmente, contratar docentes com um número significativo de anos de experiência em temas que sejam de interesse para a universidade e para a sociedade. Em outras palavras, não sabe mostrar potenciais líderes acadêmicos para iniciar novos grupos de pesquisas. Só conseguem oferecer um salário, o que geralmente não constitui atrativo suficiente(SOUZA; MESQUITA; SOUZA, 2020).

No entanto, muitos países reconhecem que apenas aumentar investimentos em pesquisas não garante resultados em termos de desenvolvimento científico e tecnológico. A produção do conhecimento também é dependente da formação de pesquisadores qualificados(BORGES, 2016).