Organização territorial em Feira de Santana

Como eu penso a organização territorial em Feira de Santana

Internamente a cidade de Feira de Santana teve inúmeros problemas de planejamento e gerenciamento que favoreceram um crescimento desordenado e descontrolado num primeiro momento concentrado dentro do Anel de Contorno e progressivamente pulverizado para áreas marginais. Contudo este desenvolvimento não se estendeu a seus distritos concentrando todos os investimentos na sede municipal entre 1965 e 1979, o que lhe auxilia a conservar seu número de distritos e só então a se preocupar com seu desenvolvimento interno.

Ao longo dos últimos trinta anos Feira de Santana teve quatro planos diretores de seu crescimento, foram eles:

1968 – Plano de Desenvolvimento Local Integrado – PDLI instituído no governo Joselito Falcão da Silva e financiado pelo Ministério do Interior.

1990 – Revisões do PDLI (Instituído);

2000 – Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Feira de Santana – PDDU (Não Instituído); elaborado no governo de Claiton Costa Mascarenhas e financiado pelo Programa de Administração Municipal e Desenvolvimento de Infraestrutura Urbana.

2006 – Plano Diretor de Desenvolvimento Municipal de Feira de Santana-Projeto de Lei – Revisão do PDDU (Em fase de Instituição, baseado no anterior).

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A questão da ocupação territorial sofreu poucas mudanças do PDLI para o PDDU, pois um foi elaborado num período ditatorial, sendo responsabilidade do Estado manter o bem estar social, em contrapartida o PDDU tem um caráter muito mais neoliberal partindo da ideia de uma população instruída e com forte organização de classe. Os dois planos se diferenciam também em sua elaboração teórica, de modo que o PDLI se baseou nas Zonas Fisiografias enquanto o PDDU na Macrorregião de Salvador. Neste pensamento o PDLI agiu de forma teórica entendendo o Estado como agente regulador que asseguraria a estabilidade do mercado e impulsionaria o desenvolvimento social e econômico, em contraste com o pensamento neoliberal do PDDU defendendo a liberdade do mercado, o fim do intervencionismo e autoritarismo, além da extinção da burocratização.

Devido ao fato de Feira de Santana estar localizada no principal entroncamento rodoviário do Norte-Nordeste brasileiro onde ocorre o encontro das BRs 101,116 e 324 acaba recebendo um fluxo muito alto de veículos em toda sua distribuição e acaba por fortalecendo seu comercio e isto acaba influenciando direta ou indiretamente na distribuição territorial da cidade.

Tais problemas de gerenciamento e organização do crescimento da cidade, muitos deles causados por problemas na elaboração do plano diretor, e até mesmo na execução desse planejamento trouxeram problemas urbanos que se agravam cada dia mais, e podemos citar como exemplo:

- Vias engarrafadas nos horários de pico.

- Áreas mais desenvolvidas e áreas marginais carentes de investimento e infraestrutura.

- Linhas de ônibus não eficientes ligando os bairros ao centro da cidade

- Bairros que não possuem autonomia suficiente para serem independentes do centro da cidade.

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