Os Indicadores Socioeconômicos
Por: ivclaudiolsilva • 20/12/2018 • Seminário • 1.941 Palavras (8 Páginas) • 142 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO - UEMA
PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA
LISBETHE SILVA ARAÚJO
LUANA FRANCISCA DE SOUSA MONTELES
IVAN CLAUDIO LIMA DA SILVA
JURACIR DOS SANTOS TORRES JÚNIOR
SUARK BRENO SILVA CARVALHEDO
A qualidade de vida, segundo o gênero, no Maranhão entre 2005 e 2015
Anapurus – MA
2018
Os indicadores buscam uma base de relação entre o que é observável e o que se deseja conhecer. Um indicador seria uma construção observável com vistas a estabelecer uma relação entre o conceito e um fenômeno. Assim podemos afirmar que um indicador é a aproximação satisfatória, e fornecem informações válidas sobre o funcionamento de uma política pública, ou melhor, trazem a informação ajustada à reconstrução teórica da ocorrência.
A partir disso buscaremos construir indicadores de mensuração da qualidade de vida, segundo o gênero, no Maranhão entre 2005 e 2015, não levando em conta apenas aspectos econômicos, mas teremos como objetivo perpassar pelas dimensões políticas, sociais, ou seja, a vida em sociedade em sua totalidade, correlacionando os dados estatísticos e os observáveis na construção de indicadores.
Para isso escolhemos o indicador Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), este trata-se de um conceito elaborado pela ONU na década de 1990 com vistas à obtenção de mais dados sobre o desenvolvimento social para além de informações puramente econômicas, levando em conta a qualidade de vida da população como um todo.
Atualmente, o cálculo do IDH leva em consideração a relação entre três principais fatores:
a) A Renda Bruta per capita, um padrão de vida decente (Renda): medido pela Renda Nacional Bruta (RNB) com base na Paridade de Poder de Compra (PPC) por habitante, ou seja, a produção de riquezas somada à remessa de divisas recebida por um país ou território;
b) Uma vida longa e saudável (Saúde): referente a expectativa de vida da população ao nascer.
c) o Acesso ao conhecimento (educação), medida pelas taxas de alfabetização, escolaridade e o número de matrículas efetuadas, ou seja, média de anos de estudo (adultos) e anos esperados de escolaridade (crianças).
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) baseia-se em três principais indicadores: Educação, Saúde e Renda. A importância desses indicadores é o alcance que eles possuem, pois, de modo geral, todos os cidadãos de qualquer sociedade, em alguma medida, são alcançados por uma dessas variáveis.
O indicador educação refere-se à quantidade média de anos de estudo de uma população. Entende-se que, quanto maior for o tempo de permanência de uma população na escola, melhores serão as chances de desenvolvimento para esse país. Em contrapartida, mostra ainda o comprometimento dos gestores com o futuro de sua nação, ao passo em que esse indicador reflete-se diretamente no desenvolvimento das futuras gerações. Assim, as políticas de Estado para matricular todas as crianças e adolescentes nas escolas e diminuir as taxas de evasão e repetência, por exemplo, visam à melhoria da posição do país nesse tipo de indicador.
Na item saúde, avalia-se essencialmente a taxa de expectativa de vida dos cidadãos de cada sociedade participante. Entende-se que, quanto maior for essa taxa, melhores serão as condições de vida de seus habitantes. Ações como campanhas de vacinação e educativas sobre saúde, pré-natal, organização de sistemas públicos de saúde, ações de fornecimento de medicamentos, entre outros, contribuem para elevar esse indicador.
No quesito renda, afere-se o valor médio do rendimento dos cidadãos com base na média do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de toda a riqueza produzida por um país em determinado período (normalmente anual) dividida pelo número de habitantes.
Deduz-se assim que em uma sociedade em que se vive mais e se passa mais tempo na escola, há um melhor ambiente em relação aos lugares com menor expectativa de vida e escolaridade. Contudo, isso não representa, necessariamente, condições para o desenvolvimento humano, como o índice espera mensurar.
As baixas condições de saúde e educação oferecidas pelos países com os menores indicadores de desenvolvimento humano contrapõem-se aos elevados números obtidos pelas sociedades mais desenvolvidos do globo. Desse modo, pode-se compreender que ainda que o IDH se proponha a fazer uma avaliação com um menor peso do critério econômico, este se mostra cada vez mais determinante na definição de seus indicadores.
O IDH varia entre 0 (nenhum desenvolvimento humano) e 1 (desenvolvimento humano total), revelando que quanto maior a proximidade de 1, mais desenvolvida é a sociedade analisada. Conforme dados coletados durante a pesquisa para construção do indicador podemos perceber que sempre ocupamos as piores posições no que se refere a desenvolvimento humano. Abaixo demonstraremos alguns indicadores que contribuem no índice de desenvolvimento humano do nosso Estado Maranhão e consequentemente na qualidade de vida, no quesito gênero.
Componentes do IDH do maranhão:
IDH 2005 – 0,476
Posição no país em 2005 – 25º
IDH 2015 – 0,639
Posição no país em 2015 – 26º
A dimensão que mais contribui para o IDHM da UF é longevidade, com índice de 0,757, seguida de Renda, com índice de 0,612, e de Educação, com índice de 0,562. No ranking o Maranhão ocupa a 26ª posição entre as 27 unidades federativas brasileiras segundo o IDHM.
Na dimensão SAÚDE – a população do Estado, entre 2005 e 2015, a população do Maranhão cresceu a uma taxa média anual de 1,52%. Sendo que no Brasil, esta taxa foi de 1,17% no mesmo período. Neste intervalo pesquisado, a taxa de urbanização da UF passou de 59,53% para 63,08%. Em 2010 viviam, na UF, 6.574.789 pessoas.
No quesito estrutura etária entre 2005 e 2015, a razão de dependência na UF passou de 72,91% para 58,65% e a taxa de envelhecimento, de 4,88% para 6,02%.
Longevidade, mortalidade e fecundidade - A mortalidade infantil (mortalidade de crianças com menos de um ano de idade) na UF passou de 46,5 óbitos por mil nascidos vivos, em 2005, para 28,0 óbitos por mil nascidos vivos, em 2015.
EDUCAÇÃO – a proporção de crianças e jovens frequentando ou tendo completado determinados ciclos indica a situação da educação entre a população em idade escolar do estado e compõe o IDHM Educação. Na UF, a proporção de crianças de 5 a 6 anos na escola é de 93,85%, em 2015. No mesmo ano, a proporção de crianças de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do ensino fundamental é de 81,56%; a proporção de jovens de 15 a 17 anos com ensino fundamental completo é de 47,84%; e a proporção de jovens de 18 a 20 anos com ensino médio completo é de 29,60%.
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