PDCA - Ferramenta de Gestão

PDCA - Método de Melhoria Contínua

Anderson da Silva Carpanezi^[1]

Emanuel Rodrigues^[2]

Guilherme Ferreira Silva^[3]

Tulio Ruan^[4]

Resumo

Desde a Revolução Industrial as indústrias, organizações e instituições buscam melhorar a gestão de seus serviços e modo de produção, um método de melhoria contínua foi aperfeiçoado durante toda a história da qualidade e tornou-se base para a qualidade no gerenciamento dos processos das empresas. Este trabalho tem como objetivo estudar a implantação do PDCA (Plan, Do, Check, Action) e mostrar seus resultados; redução de custos, aumento da produtividade e satisfação do cliente. A medotologia utilizada teve como base a pesquisa bibliográfica de artigos acadêmicos, livros e revistas especializadas em gestão e nas ferramentas da qualidade utilizadas no processo (Diagrama de Causa e Efeito, Brainstorming, Gráfico de Pareto, 5W2H, Folha de Verificação) que fornecem a fundamentação teórica do trabalho que por sua vez demonstra resultados financeiros importantes conquistados a médio e longo prazo, condicionado a dedicação de todas as pessoas da organização desde o mais alto da hierarquia até o chão de fábrica.

Palavra Chave: PDCA; MASP; método; processo.

INTRODUÇÃO

Culturalmente a grande maioria das empresas buscam inovação em produtos, processos e serviços, visando o lucro e espaço no mercado, até mesmo por uma questão de sobrevivência.Uma organização precisa buscar seus objetivos e metas a qual depende sua existência, para isso necessita-se de novas abordagens no sistema de gestão, esses procedimentos de gestão precisam proporcionar uma atualização constante e uma melhoria contínua.

Um dos procedimento de melhoria contínua mais conhecidos para gestão de qualidade é o uso do ciclo PDCA (Plan, Do, Check, Act) este método é usado por várias empresas e trás expressivos resultados.

Este trabalho buscou demonstrar rapidamente as origens das idéias do ciclo PDCA, também foi comentado de breve modo sua história e como vem sendo aprimorado.

O objetivo geral deste trabalho foi demonstrar o conceito e sua funcionalidade, suas várias etapas e sua metodologia.

Os estudos de caso tem como objetivo específico apresentar a aplicação real do método.

DESENVOLVIMENTO TÉORICO

Definição de Qualidade

Qualidade é um termo conhecido por todos, porém nem todos sabem definir o que é qualidade. Um ponto de partida para a qualidade é identificar as necessidades dos clientes, que são singulares para cada organização e mutáveis ao longo do tempo. Segue definições para qualidade segundo alguns grandes pensadores sobre o tema:

Crosby afirma que qualidade é conformidade com os requisitos.

Juran diz que qualidade tem dois significados que se unem como adequação ao uso, são elas:

Características de produtos que atendam as necessidades dos clientes.

Ausência de deficiências.

Feigenbaun atende qualidade como o total de características de marketing, engenharia e manutenção do composto produto e serviço, por meio das quais as expectativas do consumidor sejam atendidas.

Para a Fundação Nacional da Qualidade a qualidade engloba as características totais de uma entidade ou organização, as quais lhe conferem a capacidade de satisfazer as necessidades explícitas e implícitas dos clientes e das demais partes interessadas. (TAVARES; NETO, HOLFFMAN, 2008 apud BARROS e BONFANI, 2015, p. 16)

Percebe-se que todos direto ou indiretamente concordam que a qualidade se preocupa em satisfazer as necessidades do cliente com redução de custos e aumento da produtividade:

Figura 1. Conceito básico da qualidade

[pic 1]

Fonte: Figura desenvolvida pelos autores, com base em informações extraídas do livro. (MELLO, 2011, p.4)

História da qualidade

      No âmbito organizacional a qualidade evoluiu ao longo do tempo, essa evolução se deu considerando a aplicabilidade de novos conceitos ferramentas e estudos sobre o assunto dividido em quatro eras: Era da Inspeção, Era do Controle Estatístico, Era da Garantia da Qualidade e Era da Gestão da Qualidade Total. (BARROS E BONFANI, 2014, p.5)

A evolução histórica da qualidade contribuiu para o desenvolvimento natural do ciclo PDCA que teve contribuição de grandes pensadores com os seguintes tópicos (MELLO, 2011) :

Inspeção: A preocupação com a qualidade surgiu com a inspeção dos produtos acabados quando predominava a manufatura, era feita em 100% dos produtos realizados pelo artífice com a preocupação de evitar que os produtos defeituosos chegassem ao consumidor final.

Com a revolução industrial no século XVIII as oficinas e os artesãos foram substituídos pelas fábricas e pelos operários que agora não precisava mais conhecer o processo produtivo, já que iria executar apenas uma parte do processo.

Era necessário agora criar inspetores que, usavam gabaritos e modelos padrão para determinar se o produto final estava ou não conforme.

Mas o aumento da produção tornou difícil a inspeção de todas as peças, veio então as primeiras ferramentas estatísticas com a determinação de médias e desvio padrão que auxiliavam a reconhecer as não conformidades.

Controle Estatístico da Qualidade CEQ: Com o aumento da produção em massa, tornou-se quase impossível a inspeção por questões de tempo e custo. Criou-se então mecanismos resumidos na estatística como a amostragem.  Watter A. Shewart (1930) responsável pelos métodos estatísticos no controle de qualidade implantou também setores específicos dedicados a qualidade.

Porém essa forma de inspecionar somente apontava e quantificava as peças defeituosas e ainda trouxe a responsabilidade da qualidade para apenas um setor.

Em 1940, Shewart criou o gráfico de controle de processos passando a controlar cada etapa do processo. O ciclo PDCA também leva o nome de ciclo de Deming, devido sua disseminação no Japão na década de 1950 e ciclo de Shewhart (1930) que foi professor de Deming e primeiro mentor do método.

A história do ciclo PDCA se funde com a história da qualidade e se divide em quatro partes básicas desde as primeiras máquinas da revolução industrial até os dias de hoje.