POLO NAVAL DESAFIOS NA AMAZONIA
Por: Rodrigo Cabral • 28/3/2017 • Trabalho acadêmico • 3.600 Palavras (15 Páginas) • 273 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAZONAS[pic 1]
JOYCE GONÇALVES CABRAL
POLO NAVAL EM MANAUS: DESAFIOS E OPORTUNIDADES NA LOGÍSTICA.
MANAUS – AM
2016
JOYCE GONÇALVES CABRAL[pic 2]
POLO NAVAL EM MANAUS: DESAFIOS E OPORTUNIDADES NA LOGÍSTICA.
Projeto a ser apresentado como item de avaliação da disciplina de Metodologia da Pesquisa ministrado pela professora Maria Adriana Sena Bezerra.
MANAUS – AM
2016
SUMÁRIO
- INTRODUÇÃO........................................................................................................4
- PROBLEMÁTICA DE PESQUISA..........................................................................6
- JUSTIFICATIVA.....................................................................................................6
- OBJETIVOS...........................................................................................................7
- Objetivo Geral..................................................................................................8
- Objetivos Específicos.....................................................................................8
- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..............................................................................8
- Segmento Naval...............................................................................................9
- Historicidade do Polo Naval em Manaus.....................................................10
- Desafios e Oportunidades do Polo Naval de Manaus................................11
- METODOLOGIA...................................................................................................13
- Forma de abordagem....................................................................................13
- Objetivos Metodológicos..............................................................................14
- Procedimentos técnicos...............................................................................14
- Método............................................................................................................15
- CRONOGRAMA...................................................................................................16
REFERÊNCIAS..........................................................................................................17
1. INTRODUÇÃO
Desde os primórdios da história do Estado do Amazonas, o transporte fluvial foi e continuará sendo o principal meio de locomoção de passageiros e de carga.
Crê que a navegação fluvial na Amazônia brasileira é histórica, devido à rede hidrográfica e o regime dos cursos d’água do território, o qual possibilita o translado de pessoas e cargas utilizando os leitos dos rios como se fossem estradas.
Menciona-se que os primeiros modelos de embarcações foram às canoas, construídas pelos índios que se inspiraram nos troncos que caiam nos rios e boiavam. A canoas era feitas da casca do tronco de árvores cavado a fogo ou a machado, esta é a realidade de muitos ribeirinhos os quais aprenderam com seus antecedentes de modo artesanal a fabricação de pequenas embarcações, ensinamentos estes que perduram por gerações. (BITTENCOURT, 1957).
O autor Andrade (1957) declara que todos os nativos são bons construtores de embarcações. Ouvi muitas vezes da boca de brancos, que um índio é carpinteiro e armador por intuição. Declaração que valida à cultura naval do caboclo.
Na visão regional de Benchimol (1995), importante historiador do Amazonas, em seu trabalho “Navegação e Transporte da Amazônia”, relata a influência do transporte fluvial no desenvolvimento do Amazonas, reforçando que o ciclo da borracha foi fundamental para os investimentos na construção de infraestrutura de portos e na compra de embarcações que partindo de Belém e Manaus, percorriam quase todos os rios da região, viabilizando o escoamento da produção regional.
O autor esclarece que em meados dos anos 70, com a instalação dos estaleiros navais na Amazônia, iniciou-se o aparecimento de balsas que eram utilizadas para o transporte de cargas e pessoas. Essas embarcações totalmente construídas em ferro minimizavam os frequentesnaufrágios por furos, provocados por abalroamentos em pedras submersas ou troncos.
Paulatinamente as antigas embarcações de madeira foram substituídas por empurradores, cargueiros, balsas de derivados de petróleo, rô-rô caboclo para o transporte de cargas (balsa que transporta carreta e/ou container nos transportes rodo-fluvial). E para o atendimento aos passageiros continuaram as lanchas, motores de recreio e barcos regionais.
Observa-se que na conjuntura atual, a construção naval na Amazônia se configura em dois setores bem distintos, os formais e os informais. Os estaleiros formais trabalham com corpo técnico composto por engenheiros e tecnólogos navais atendendo as normas da autoridade marítima – Marinha do Brasil de acordo com a Normam-02/DPC, construindo embarcações (balsa, rebocadores, empurradores entre outros) em aço e alumínio, de todos os portes, com o diferencial na infraestrutura que possuem. Já os estaleiros informais que constroem artesanalmente em madeira possuem total informalidade, porém especial habilidade na construção das embarcações artesanais com notório reconhecimento internacional.
Percebe-se que a indústria naval tradicional amazônica tem como produto principal as embarcações regionais que transportam cargas e passageiros, construídos com matérias-primas oriundas da Floresta Amazônica.
Compreende-se que a indústria naval formal na Amazônia contempla atualmente, uma adequação às necessidades do mercado, das tecnologias, da mão-de-obra e do meio ambiente, sendo promissora a sua participação no mercado da construção tanto de embarcações de transporte misto, quanto de transporte de cargas e de turismo. Além desta, a indústria naval informal, em sua maioria de reparos e manutenções navais, pode ser considerada a maior no setor no Brasil.
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