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Planejamento estratégico, avaliação de desempenho e gerenciamento

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Por:   •  9/12/2014  •  Projeto de pesquisa  •  955 Palavras (4 Páginas)  •  288 Visualizações

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Planejamento Estratégico, Avaliação de Desempenho e Gestão por

Processos em empresa pública de transporte em massa

Gustavo Vanderlei Meneses (UFRGS) gustavo@producao.ufrgs.br

Cláudio José Müller (UFRGS) cmuller@producao.ufrgs.br

Resumo

A gestão de empresas privadas é foco de diversos estudos nos grandes centros acadêmicos do

país. No caso da gestão pública, a lógica do negócio é particular e necessita de estudos

específicos que atendam a suas especificidades. Pretende-se mostrar nesse trabalho a

implementação de um modelo de gestão adaptado que atenda as necessidades das

organizações públicas no que tange o desenvolvimento da estratégia, a avaliação de

desempenho e a gestão por processos, elementos importantes na gestão moderna.

Palavras-chave: Estratégia, Indicadores, Processos.

1. Introdução

Apesar de definida em muitos dicionários de língua portuguesa apenas como “a qualidade de

que ou de quem é competitivo” (HOUAISS, 2005), a palavra competitividade possui um

caráter bem mais complexo. Segundo Müller (2003), ser competitivo é atender

simultaneamente aos requisitos de mercado/clientes – fatores competitivos – e aos requisitos

internos da empresa – objetivos estratégicos.

Atender a esses mercados e a esses clientes vem se tornando mais complexo com o tempo e é

um assunto que continua sendo foco de diversos estudos. O simples fato de entrar em um

determinado mercado já exige de uma empresa alguns critérios competitivos qualificadores

que devem estar em um patamar mínimo exigido (PAIVA et al., 2004).

Nesse cenário de disputas por mercados e clientes, um diferencial competitivo passa a ser a

tecnologia gerencial. Isso acontece porque o ambiente empresarial se tornou mais turbulento e

complexo, o que impõe uma melhor compreensão e um efetivo gerenciamento das atividades

da empresa, envolvendo o seu planejamento e controle (MÜLLER, 2003).

Como parte importante na gestão, o planejamento estratégico se mostra uma ferramenta

adequada de auxílio à empresa no que diz respeito a contribuir na definição do seu

posicionamento frente ao mercado. Porém, apesar de um planejamento estratégico ser

ingrediente fundamental à capacidade de resposta a mudanças nas organizações, o mesmo não

produz ações diretas nem mudanças visíveis na empresa – sua resultante é apenas um

conjunto de planos e intenções (ANSOFF, 1983). Esses planos são operacionalizados ao nível

dos processos e precisam ser convenientemente avaliados.

Unindo isso ao fato de que apenas 10% das estratégias formuladas são implantadas com êxito

(KAPLAN; NORTON, 2001), Müller (2003) desenvolveu um modelo que integra o

Planejamento Estratégico, o Gerenciamento de Processos e a Avaliação de Desempenho nas

organizações. Tal integração, segundo o autor do modelo, incorpora de forma balanceada

esses três itens.

Como muitos outros, esse modelo foi desenvolvido dentro de instituições de natureza privada.

Porém, surge nas organizações públicas a necessidade de renovar seus métodos de gestão.

Segundo Osório (2003), a administração pública centralizadora e burocrática está esgotada.

XXVI ENEGEP - Fortaleza, CE, Brasil, 9 a 11 de Outubro de 2006

ENEGEP 2006 ABEPRO 2

No cenário atual, onde a competitividade e as exigências dos cidadãos, usuários e clientes

passa a obrigar o governo a pensar na sustentabilidade, impõem-se novas formas de se

conceber o Estado e de conduzir o interesse público voltando-se para o cidadão-usuário, tendo

como pressupostos a eficiência e a eficácia dos serviços prestados.

Esse trabalho tem por objetivo apresentar a implementação de um modelo de gestão que

integra Planejamento Estratégico, Avaliação de Desempenho e Gestão por Processos dentro

de uma organização pública de transporte coletivo em massa considerando suas

particularidades.

2. Estratégia, Indicadores e Processos

Igor Ansoff, um dos estudiosos de estratégia empresarial, fez a seguinte analogia (ANSOFF,

1977): “Estratégia é quando você está sem munição, mas continua atirando para que seu

inimigo não saiba”. Já em 1981, esse mesmo autor definiu estratégia como expressões

operacionais de políticas, no sentido de que, dentro de um sistema de administração, elas

definem critérios operacionais sobre os quais “programas estratégicos” são concebidos,

relacionados e implantados.

Outros autores vinculam a estratégia à necessidade

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