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Preconceito no futebol

Por:   •  20/5/2015  •  Seminário  •  484 Palavras (2 Páginas)  •  240 Visualizações

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RACISMO NO FUTEBOL BRASILEIRO

O preconceito racial no futebol, faz parte da história desde que chegou ao Brasil, onde o futebol era elitizado havendo exclusão de negros. A partir do século 20, houve uma descoberta para o talento dos negros e assim se inserindo na modalidade, mas sempre em um lugar específico: como atleta, mas dificilmente como um técnico ou dirigente.

O futebol é um esporte visto por muitos como um espaço de igualdade e inclusão, mas nas últimas décadas o preconceito racial tem ganhado forças nas arquibancadas.

Ao estarmos em meio a uma multidão, faz com que os sentimentos que estão “escondidos” no convívio com a sociedade, acabem sendo expostos. Nesse caso: O racismo.

Um caso que reacendeu a discriminação racial no futebol, foi durante uma partida da Copa do Brasil em 28/08/14, entre o Grêmio e Santos, onde uma atitude abominável de uma gremista que gritava repetidamente a palavra “macaco” em ofensa ao goleiro Santista_ Aranha, também acompanhada por outros gremistas que imitavam som de macacos e o chamavam de “preto fedido”.

Afonso Arinos de Melo Franco (1905-1990), jurista, político, historiador, professor, ensaísta e crítico brasileiro, criou a Lei Afonso Arinos (1390-1951).

Foi a primeira lei brasileira a incriminar a discriminação e o preconceito racial no país.

A partir daí ficou caracterizado a infração de menor potencial ofensivo, qualquer prática de preconceito de raça e de cor de pele.

Para esses tipos de atos racistas existe segundo o Código Penal, artigo 140 §3, há uma pena de 1 a 3 anos de prisão além de multas e/ou serviços comunitários.

O racismo cresce porque encontra condições a seu favor para se reproduzir?

Sim. Não é só a violência de quem chama negros de macacos que se configura o racismo, mas na omissão de quem nada faz, para cessar essa reprodução.

“O racismo existe na sociedade, não é uma patologia do futebol, é uma doença presente em toda sociedade. ” Diz o pesquisador da Universidade Federal do Paraná- Luiz Carlos Ribeiro.

O racismo está nas ofensas racistas, nos olhares de desconfianças, nas piadas de mau gosto, no calar-se diante dessas ofensas.

Para se combater o racismo, fora e dentro dos campos, a melhor forma é a educação: políticas educativas, aplicadas em escolas e meios de comunicação, conscientização desde a infância de que a cor da pele, nada defere da cor de outra pele.

A punição dos envolvidos e torcida, criando para esses um autocontrole, também é uma forma de combate ao racismo.

“O racismo, ele precisa ser entendido e enfrentado num plano mais amplo, e não somente um segmento específico. Temos que mostrar as novas gerações que o Brasil é um país miscigenado, e que esse aspecto é uma herança positiva, responsável pela formação da nossa gente”. Afirma Alves Filho, jornalista do grupo de pesquisas e estudos de futebol da Unicamp.

Para minha conclusão, um caminho para se acabar com o racismo, no geral, é necessário o ser humano, questionar sobre seus valores e sua moral, se revolucionar culturalmente.

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