Quais as principais constatações a que o estudo chega?
Por: Pedro Augusto Freitas Bandeira • 21/11/2018 • Projeto de pesquisa • 323 Palavras (2 Páginas) • 300 Visualizações
Quais as principais constatações a que o estudo chega?
Verificou-se que cada um dos três entrevistados configura o envelhecer de forma singular. Contextualizando a relação capital-trabalho, evidencia-se a vinculação estreita entre os dois com trabalhos eminentemente técnicos, destituídos de significados de criação e de produção intelectual, porque o sentido de sua produção se vincula somente à obtenção de recursos financeiros.
A velhice é, então, representada socialmente como uma etapa de perdas crescentes, de declínios nas dimensões da vida daquele que nâo produz: Daniel relatou que não é possível conseguir emprego na sua idade; Paulo mencionou a extinção da sua profissão; Marta argumentou que interrompeu o seu trabalho em um momento em que ainda se sentia produtiva, no memento de sedimentar o seu conhecimento. Entretanto, as necessidades dos sujeitos e o nível de suas atuações, nesse contexto histórico e social especificam são dependentes das formas com que cada um subjetiva sua experiência.
Neste contexto, a memória, como função psicológica superior, modifica-se com as mudanças do envelhecer, na integração com outros elementos da configuração subjetiva dos sujeitos. Para os sujeitos dessa pesquisa, o relembrar e a ação de relatar as suas histórias possibilitam-lhes o desenvolvimento das subjetividades social e individual, pois permite elucidar a função da memória na constituição do sujeito e da sociedade.
Se o envelhecimento populacional é uma realidade nos países de primeiro mundo e também nos países subdesenvolvidos, uma perspectiva crítica que dimensione o envelhecer em seu desenvolvimento sócio-histórico permitirá falar do envelhecimento dos sujeitos inseridos em uma realidade e em um momento histórico especifico. Refletir sobre o envelhecimento, a partir de uma perspectiva sócio-histórica, pode servir de subsídio a práticas profissionais e familiares menos preconceituosas com relação aos idosos, uma vez que famílias e profissionais muitas vezes, nas suas tentativas de proteger os idosos, cerceiam os seus espaços de produção, tirando-lhes as possibilidades de escolha, de atuação, portanto, de desenvolvimento, de vida.
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