RAIZES DA DESIGUALDADE SOCIAL

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO DE SANTA CATARINA

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PUBLICA

POLO SÃO MIGUEL DO OESTE

        

ATIVIDADE OBRIGATORIA 1

JANETE FRANTZ BAUMANN

GISLAINE MARTINS

Itapiranga-SC, Março, 2015.

No artigo “Raízes da desigualdade social na cultura política brasileira”, a autora Teresa Sales tenta mostrar que o princípio das discrepâncias está na continuidade de padrões de mando e subserviência, que acompanham os brasileiros desde à época da colonização do Brasil. A autora discorre que as desigualdades sociais na cultura política brasileira resumem-se em curtas palavras, que segundo ela são “ou bem se manda ou bem se pede”. Decorre dessa premissa a ideia de que desde a sociedade escravocrata, o provedor forte advinha do domínio territorial, caracterizado pelo prestígio econômico, diante dos latifundíos que pertenciam ao senhor rural. Embora o detentor do poder seja apenas um indivíduo, chamado de grande senhor dos engenhos, a sua sombra que os mais pobres e fracos viviam com segurança e tranquildade, denotando-se a ideia de submissão entre os escravos e o Senhor dos Engenhos.

Teresa Sales aborda que a relação de mando e subserviência conduz a um tipo de cidadania concedida, explicando que os direitos básicos de qualquer cidadão, tais como direito à vida, à liberdade, ao trabalho, daqueles que viviam na órbita do domínio territorial, eram alcançados em razão do poder do Senhor das terras.

Quando implantada a República em nosso país, novamente se verificou que as raízes da desigualdade social estão ligadas ao poder dos Senhores Coronéis, uma vez que era justamente com o apoio e a influência deles, que se ditava quem seria o chefe local.  

Das análises e estudos realizados, destacou a autora que a questão da pobreza dos brasileiros não é um condição estritamente ligada à condição econômica, transparecendo através da condição de submissão à política.