REMUNERAÇÃO E BENEFÍCIOS SOCIAIS APLICADOS AS ORGANIZAÇÕES
Por: Taticlao • 19/2/2016 • Artigo • 4.108 Palavras (17 Páginas) • 730 Visualizações
REMUNERAÇÃO E BENEFÍCIOS SOCIAIS APLICADOS AS ORGANIZAÇÕES
Autoras: Adrieli Pasin e Tatiane Rossetti
Resumo
O presente estudo traz em pauta os diversos modelos de remunerações e benefícios sociais oferecidos pelas empresas e como eles podem afetar para um bom desempenho dos colaboradores perante os processos do dia-a-dia. Será abordado também um estudo apresentado na Revista Exame, referente à remuneração de diversas corporações que pagam bônus altíssimos aos seus executivos e crescem em ritmo acelerado nos seusrespectivos ramos de mercado, alcançando excelentes índices financeiros.
Palavras-Chaves: Remuneração, benefícios sociais, desempenho.
- INTRODUÇÃO
Em meio ao competitivo mercado de trabalho as remunerações e benefícios sociais oferecidos aos colaboradores podem significar muito para o desenvolvimento e o crescimento das organizações.
A maneira como as empresas determinam e pagam os salários e benefícios dos seus colaboradores não mudou muito no decorrer dos últimos anos. Por muito tempo, o benchmarking foi utilizado como a principal ferramenta no ajuste do pacote de reconhecimento dos colaboradores.
A prioridade sempre foi definir os níveis de remuneração e benefícios da organização a partir da comparação com seus concorrentes ou de acordo com as demandas geográficas – contanto que o resultado do pacote de remuneração não produzisse custos altos em um mundo altamente globalizado e competitivo. Observamos que as mudanças são constantes e de forma acelerada onde o modelo atual de remuneração já se encontra obsoleto por ter sido criado para empresas que já se encontram em extinção
“Ninguém trabalha de graça. As pessoas trabalham nas organizações em função de certas expectativas e resultados. Elas estão dispostas a se dedicar ao trabalho e às metas e objetivos da organização desde que isso lhes traga algum retorno [...]”, (CHIAVENATO, 2005, p. 256). Em miúdos o autor define remuneração como uma retribuição adequada à dedicação e ao esforço pessoal do trabalhador.
A globalização da economia exige às empresas que seus funcionários sejam cada vez mais qualificados e diferenciados para alcançarem a distinção das empresas “comuns” que atuam em todos os ramos do mercado. Para isso, o sistema de remuneração e benefícios adotados pela empresa deve ser compatível a sua visão e missão.
O sistema de remuneração adotado pela empresa pode variar de acordo com o ramo em que ela está inserida no mercado. Dentre os tipos de remunerações as mais adotadas pelas organizações: remunerações diretas e indiretas, que serão abordadas com ênfase no decorrer do estudo.
Em decorrência da competitividade do mercado muitas empresas optam pelo complemento das remunerações fixas e variáveis. Esse complemento dá-se pela disponibilização dos benefícios sociais, que são bem aceitos pela grande maioria dos colaboradores e geram alto grau de satisfação para com a empresa, podendo ser uma variável positiva na busca e retenção dos talentos.
Os benefícios sociais geram para os funcionários diversas facilidades que, caso a empresa não ofereça, ele terá de provê-las por conta própria, visando sempre sua satisfação e bem estar.
- CONCEITO DE REMUNERAÇÃO
Na visão de diversos autores, a remuneração é considerada um dos fatores mais importantes para o funcionário, podendo ela ser um dos principais eixos aliados a motivação e ao crescimento profissional dentro da empresa.
Na opinião do autor Dutra (2002) a remuneração é um fator significativo para o colaborador, pois no entendimento do funcionário o salário demonstra seu status profissional perante o mercado de trabalho e a sociedade. “A remuneração traduz em muitas situações a importância relativa da pessoa para a empresa e seu status profissional para o mercado.” (DUTRA, 2002, p. 181).
O salário é baseado no trabalho executado, nos deveres e responsabilidades delimitados pela empresa ao colaborador. Tendo uma visão ampla do mercado, o salário possibilita à empresa e ao funcionário uma relação de troca mútua de benefícios, podendo a empresa receber o serviço e o esforço prestado por ele, já o colaborador recebe o reconhecimento por parte da organização através das remunerações diretas ou indiretas combinadas na contratação.
Aquino (1980) também menciona o salário como uma variável expressiva para o empregado, que conseqüentemente dá maior importância. Baseando-se nesse aspecto o salário é encarado pelas pessoas como um sinal de status e “poder” para com os demais. “O salário não pode ser encarado apenas como uma variável econômica e vale muito mais pelo que representa para o empregado. O salário que o empregado ganha reflete-se em sua situação social, em suas condições de vida e define seu status na sociedade, passando, inclusive, a ser avaliado como tal.” (AQUINO, 1980, p. 190).
Na visão da empresa a remuneração é uma forma de recompensar o funcionário pelo seu esforço e dedicação ao serviço prestado. Já para o funcionário vai além disso, sendo ela uma fonte de motivação para seus âmbitos pessoais, que ao mesmo tempo trazem benefícios mútuos a ambas as partes.
Para Demo (2005) o sistema de recompensas aos funcionários compreende as remunerações e incentivos, que podem ser: remunerações indiretas, como prêmios, opções e ações, ou ainda, a existência de um plano de carreira com chances a promoção, com o objetivo de trazer conforto e motivar os colaboradores.
Os benefícios sociais geralmente visam o bem estar e as necessidades de cada indivíduo. Esse tipo de remuneração é um complemento no salário que gera muita satisfação nos funcionários, pode também ser definido de acordo com alguns autores, como, remuneração indireta.
Segundo Chiavenato (2000), para empresa os benefícios são oferecidos com o intuito de atrair talentos e remunerar os colaboradores de forma justa, constituindo o salário total e representando uma considerável parte dele. “Benefícios sociais são aquelas facilidades, conveniências, vantagens e serviços que as empresas oferecem aos seus empregados, no sentido de poupar-lhes esforços e preocupação.” (CHIAVENATO, 2000, p. 415).
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