RESUMO EXPANDIDO DO ARTIGO “GERENCIAMENTO DOS PROCESSOS DE NEGÓCIO: UMA ANÁLISE DOS MODELOS DE CICLO DE VIDA BPM”

RESUMO EXPANDIDO DO ARTIGO “GERENCIAMENTO DOS PROCESSOS DE NEGÓCIO: UMA ANÁLISE DOS MODELOS DE CICLO DE VIDA BPM”

Autor do artigo: Bezerra, Tavares e Silva (2018)

Autor do resumo: Thales Carrion Mendes de Oliveira, RA:771403

Disciplina de Gestão Por Processos

Universidade Federal de São Carlos – UFSCar Sorocaba

1. INTRODUÇÃO

Podemos ver que no mundo atual temos um aumento significativo na competitividade e no dinamismo ambiental, isso acaba mostrando que o mercado globalizado e competitivo não deixa que as empresas sejam estruturadas com várias camadas hierárquicas, onde muitas vezes acabam sendo ineficientes. Por esse motivo, coloca-se o uso do BPM em questão, para que assim seja possível ter uma maior eficiência e eficácia dos processos, impactando diretamente no cliente. O artigo tem como objetivo estudar e abordar um maior uso do BPM, por isso foi realizado a partir de pesquisas e estudos do conceito de BPM em comparações com o modelo ABPMP.

1. PROCESSOS DE NEGÓCIO E O BPM

A estrutura funcional passa a ser utilizada com menor frequência após se perceber que as estruturas verticais com departamentos isolados tem mais problemas comparado ao BPM. Isso acontece pois o BPM se preocupa em entender o que é necessário para ser feito e como se fazer, sem se preocupar necessariamente com qual equipe irá realizá-la. Mas isso esse método é cíclico e precisa ser melhorado com o tempo, no caso, deseja-se alcançar uma maturidade para o BPM, fazer com ele se torne mais ágil e dinâmico em relação as mudanças que temos no mercado, já que temos muitas empresas com alto grau de mudanças.

1. METODOLOGIA

Para este estudo foi utilizado o Google Acadêmico, foram encontrados inicialmente 137 artigos com o tema BPM, no entanto, muitos deles não eram sobre modelos de BPM, por este motivo, o número caiu para 23 artigos pois estes comentavam sobre modelos. Com uma análise melhor sobre os artigos, concluiu-se que apenas 2 dos 23 artigos eram dedicados a descrever um modelo de BPM. Com isso, foram pesquisados mais artigos relacionados ao tema. Após essa pesquisa, concluiu-se que seriam usados 6 modelos para o estudo, que são os seguintes: Modelo de Baldam (2008), Modelo da ABPMP (2009), Modelo de Dumas et al. (2013), Modelo de Scheer e Brabänder (2013), Modelo de Morais et al. (2014) e Modelo de Bernardo, Galina e Pádua (2017). Após ter os modelos escolhidos, foi realizada uma síntese descritiva dos modelos e depois uma análise comparativa entre eles, o que gerou um quadro que apresentava a semelhanças e diferenças deles. Na próxima etapa se observou os pontos em comum para o sucesso do BPM e pôr fim a análise crítica dos diferentes modelos.

1. SÍNTESE DESCRITIVA DOS MODELOS

4.1. Modelo de Baldam (2008)

O Modelo de Baldam Divide o ciclo de BPM em 4 etapas, elas são: Planejar o BPM, Modelar e otimizar processos, implantar processos e controlar e analisar processos. O planejamento tem o intuito de definir atividades para que as metas organizacionais sejam alcançadas, selecionar as ferramentas e técnicas necessárias, definição de planos de ação, seleção e priorização dos processos, estimação de custos e prazos e tudo isso se pensando no ambiente externo e interno. A fase de modelagem e otimização é a parte de se construir um modelo para a atividade, e Baldam divide modelagem em “As Is” e otimização em “To Be”.  “As Is” é entender a situação atual, e modelar os processos no seu estado inicial. Para que se realize essa etapa, é necessária reuniões, atividades de colaboração e brainstroms. ”To Be” consiste em empregar metodologias como simulações, inovações e redesenho, visando otimizar os processos. Na execução de processos, são colocadas em prática as definições de modelagem e otimização, realizando ajuste em equipamentos e softwares, mais teste, treinamentos e controle da execução do processo, essa etapa é essencial pois irá mostrar se houve mudança nos resultados. Por último temos a fase de Controle e Análise de dados que é responsável por fornecer informações sobre o comportamento e adequação dos processos, por isso são utilizados indicadores estatísticos para se obter um resultado.

1. DEFINIÇÃO DE ATRIBUTOS CHAVES AO BPM

Foi estudado e entendido que o BPM tem atributos chave para seu sucesso, mesmo que discutido por diferentes autores, e os atributos chaves são:

Alinhamento com a estratégia, que significa saber quais são os objetivos das organizações para que assim se obtenha resultados positivos e uma melhoria contínua relevante para a empresa.

A relação com o ambiente externo pode ser um bom ponto de partida para o começo do BPM pois a organização é um sistema aberto, e analisar somente o interno não significa que o resultado final será bom, pois o ambiente externo pode influenciar na estratégia e estrutura da organização.

Alinhamento com recursos e capacidades da organização, está relacionado a capacidades dinâmicas da organização, pois elas são as responsáveis por integrar, construir e reconfigurar as competências internas e externas.

Atividades e ferramentas necessárias em cada fase, é ter os equipamentos necessários para que o gerenciamento de processos, modelagem, análise e melhoria de processos ocorram.

Cultura pessoal, são os valores e crenças coletivas que colaboram para o crescimento da empresa, pois as pessoas são um dos elementos chave do BPM, pois se elas tem uma cultura pessoal de melhorar sempre, é mais provável que ajudem a organização a ter a melhoria contínua.

Tecnologia da informação, a área de TI é importante por reduzir muitos processos que seriam realizados a mão, economizando assim tempo, ajudam na modelagem, execução e controle dos processos, além de que o TI é fundamental para que a organização seja competitiva.

Realimentação, é um processo de melhoria contínua, isso significa que existe sempre uma tendência de se melhorar algum processo, e isso é possível pois existe um compromisso organizacional para que ocorra benefícios na organização.

1. CONCLUSÕES

Verificou-se que existe uma convergência moderada dos modelos de BPM nas fases intermediárias (desenho, implementação, controle e monitoramento), percebeu-se também que o ambiente externo é um fator decisivo para o sucesso do BPM, pode ser concluído que o sucesso das iniciativas de BPM tem ligação com as capacidades e recursos das organizações juntamente com o ambiente externo, pois assim consegue-se uma melhor visão de um todo, não somente do interno da organização, para que assim fique mais prática a tomada de decisão. O artigo conclui que foi de extrema importância analisar e apresentar uma síntese dos modelos de BPM, mesmo sendo esses os métodos tradicionais, e não os ágeis, pois com ele é possível ajudar os profissionais a adotarem os modelos e promover o BPM e ver as vantagens e desvantagens de cada uma das abordagens pesquisadas.