ROTATIVIDADE: UM ESTUDO DE CASO DE UMA REDE SUPERMERCADISTA DE PORTO ALEGRE
Por: edersonferreira • 30/6/2015 • Artigo • 10.454 Palavras (42 Páginas) • 259 Visualizações
FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO, CONTABILIDADE E ECONOMIA
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
LINHA DE FORMAÇÃO ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS
ÉDERSON PIRES FERREIRA
ROTATIVIDADE: UM ESTUDO DE CASO DE UMA REDE SUPERMERCADISTA DE PORTO ALEGRE
Porto Alegre
Outubro, 2014
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO, CONTABILIDADE E ECONOMIA
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
LINHA DE FORMAÇÃO ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS
ÉDERSON PIRES FERREIRA
ROTATIVIDADE: UM ESTUDO DE CASO DE UMA REDE SUPERMERCADISTA DE PORTO ALEGRE
Porto Alegre
Outubro, 2014
ÉDERSON PIRES FERREIRA
ROTATIVIDADE: UM ESTUDO DE CASO DE UMA REDE SUPERMERCADISTA DE PORTO ALEGRE
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial à obtenção do grau de Bacharel em Administração de Empresas, na, Faculdade de Administração, Contabilidade e Economia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
Professora Orientadora: Neusa Maria Francisco Mendel
Porto Alegre
Outubro, 2014
RESUMO
O objetivo deste estudo foi analisar os motivos de pedido de desligamento dos funcionários da empresa RSPA - Rede de Supermercados Porto Alegre – nome fictício de uma grande rede de supermercados de Porto Alegre, e que será adotado no decorrer do artigo. O estudo quanto à natureza dos dados coletados foi quantitativa e qualitativa. Quanto ao propósito foi exploratório-descritivo e quanto à estratégia foi um estudo de caso. As técnicas de coleta de dados utilizada foram análise documental, através dos formulários utilizados pela empresa nas entrevistas de desligamento e na entrevista aplicada com gerentes de três lojas da RSPA. A análise deste artigo é oriunda dos dados coletados em entrevistas com lideranças e questionários aplicados aos funcionários desligados da empresa, constatou-se nesta pesquisa que os principais motivos para pedido de demissão foram outro emprego e o horário de trabalho. Como estratégia de melhoraria para os funcionários acredita-se que a implantação de veículos fretados para pegar e levar os funcionários turno da noite, diferentes salários para quem trabalha à noite, juntamente com um plano de cargos e salários, feedback dos superiores com os funcionários maior frequência, permitiria algumas melhorias na satisfação dos colaboradores e possivelmente a na redução da rotatividade.
Palavras-chave: Turnover. Rotatividade de pessoal. Comércio varejista.
ABSTRACT
The aim of this study was to analyze the reasons for shutdown request of the company employees RSPA - Net of supermarkets Porto Alegre - fictitious name of a large supermarket chain in Porto Alegre, and that will be adopted throughout the article. The study as to the nature of the data collected was quantitative and qualitative. As for the purpose was exploratory and descriptive as to the strategy was a case study. Data collection techniques used were document analysis, using the forms used by the company in shutdown and interviews with three managers in applied RSPA stores interview. The analysis in this article is from the data collected through interviews with leaders and questionnaires given to employees off the company, it has been found in this research that the main reasons for request to resign were another job and nighttime hours. How to improve strategy for employees it is believed that the deployment of chartered vehicles to pick up and take the night shift employees, different wages for people working at night, together with a plan of jobs and salaries, higher feedback with employees more frequently, would allow some improvements in employee satisfaction and possibly in reducing turnover.
Keywords: Turnover. Turnover. Retail business.
1 INTRODUÇÃO
Com as menores taxas de desemprego nos últimos dez anos, o Brasil possui um dos maiores índices de pessoas ocupadas no mercado de trabalho, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em novembro de 2013. E o Rio Grande do Sul tem uma das menores taxas de desemprego do território nacional (IBGE), dados que fazem com que, as organizações tenham que valorizar cada vez mais a retenção do capital humano e evitar uma rotatividade que prejudique os resultados organizacionais.
A rotatividade de funcionários dentro de uma organização ou turnover caracteriza o movimento de entradas e saídas, admissões, demissões e desligamentos de profissionais empregados em uma empresa, em um determinado período num movimento que pode ser tanto espontâneo, como provocado pela empresa (POMI, 2007).
A importância deste tema torna-se evidente diante das altas taxas de rotatividade verificadas no mercado de trabalho brasileiro. Mesmo numa conjuntura em que o desempenho do mercado de trabalho foi expressivo, como se observou nos últimos anos, a taxa de rotatividade global do mercado de trabalho celetista apresentou resultados gradativamente crescentes, passando de 52% em 2003, para 64% em 2012 (RAIS). De acordo com o Ministério do Trabalho, estudos apresentados identificam que a taxa de rotatividade no país, tem apresentado aumento gradativo desde 2003, o que é acarretado por problemas como a flexibilidade dos contratos e precarização de serviços.
O volume anual de desligamentos atingiu 24,5 milhões de vínculos em 2012, contra 11,9 milhões em 2003 (RAIS). Em média, anualmente, 17,7 milhões de contratos foram rompidos, no período de 2003 a 2012. Por sua vez, o estoque de empregos celetistas também aumentou e atingiu 38,9 milhões, em 31 de dezembro de 2012, contra 22,9 milhões em 2003, segundo os dados da RAIS.
O comércio é um dos setores com índices de rotatividade mais elevados, com 64% no país, ficando atrás somente da agricultura com 93%. O presidente da Federação das Câmeras de Dirigentes Lojistas (FCDL) do Rio Grande do Sul, Vitor Koch, lembra que os trabalhadores do setor ainda lidam com exaustivas jornadas e
baixa remuneração, que geram laços mais curtos. "Outro fator é a falta de qualificação. Temos disponíveis poucos vendedores especializados no mercado. Além disso, temos notado que nos modelos de contrato facultados pela CLT, que permitem contração de 30 dias renováveis por outros 60, quando terminam os 90 dias, há apenas 7% de contratação efetiva", pontua em entrevista realizada ao Jornal do Comércio em 25 de junho de 2012.
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