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Resenha Avaliação de Empresas: da Mensuração Contábil à Econômica

Por:   •  5/4/2016  •  Resenha  •  818 Palavras (4 Páginas)  •  1.499 Visualizações

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        “Avaliação de Empresas: da Mensuração Contábil à Econômica”, do Prof. Dr. Eliseu Martins, se trata de como são várias as formas de se medir o patrimônio e o lucro de uma empresa. Todas elas consideram, por fim, um único objeto: o caixa. Em suma, todo o lucro é ou implica a figura do caixa, todas as formas de avaliação, ao final, chegam ao mesmo lucro e ao mesmo caixa, com o problema apenas da inflaão e do custo de oportunidade.

        Analisando a Avaliação Tradicional, a custo histórico, percebemos que a estrutura conceitual da contabilidade, tem como um dos seus pilares o princípio do custo como base de valor. O conceito do custo histórico está no seu vínculo ao fluxo de caixa das transações ocorridas. A depreciação, no entanto, continua sendo a grande mal entendida, pela própria definição, ela representa a parcela desembolsada na compra do imobilizado que não é recuperável pela sua própria venda. Afinal, na hora da venda é que se tem o valor definitivo da depreciação.

Os autores, Edgar Edwards e Philip Bell, aprimoraram o modelo da contabilidade a custos correntes, que o Prof. Sérgio de Iudícibus introduziu no Brasil nos anos 60, dentro de uma mudança do ângulo em que se vê o lucro e o caixa. Anteriormente, o modelo previa que se o preço de reposição subiu, nós devemos ajustá-lo contra o patrimônio líquido, como se fosse um ajuste do capital social investido. Afinal, se houve o aumento de preço específico, precisamos de mais capital, e como a mercadoria ainda está no estoque, ela mesma estará propiciando esse acréscimo de capital.

Em resumo, o modelo do custo corrente também vincula lucro ao caixa, mas considera o caixa a sair para repor a mercadoria ou o imobilizado sendo baixados, e não o caixa saido, como no custo histórico. Porém, depois incorpora a diferença novamente, de forma que, no longo prazo, ambos chegam ao mesmo valor.

O custo corrente fere o principio do custo histórico, mas olha o resultado mais a frente, procurando manter o vínculo entre lucro e caixa. Ele é menos objetivo do que o custo histórico, mas muito mais útil em certas situações. Ele possui a sua versão acoplada aos efeitos da inflação, quando compara ao preço de reposição aos valores históricos corrigidos.

        Raymond Chambers aponta sobre a avaliação dos ativos e passivos pelos ses valores de mercado de venda, nesse modelo geral e avaliação a preços de saída, onde estariam inseridas diversas formas de mensuração como valores de liquidação forçada, equivalentes de caixa e outros, conhecido como líquido de realização, ou seja, valor líquido que obteríamos pela sua venda. Por esse critério, de novo o foco é o caixa, só que caixa por possível venda dos ativos. É apenas uma outra perspectiva, além de poder estar acoplado tanto ao custo corrente quando ao custo histórico, sendo totalmente viável a completa integração entre eles.

        O prof. Dr. Eliseu também aborda o custo de oportunidade do capital próprio de uma maneira bem simples, podendo definir como aquele percentual de retorno abaixo do qual os sócios não estariam interessados em entrar no negócio. E esse custo pode ser aplicado de forma acoplada a quaquer princípio de avaliação: custos passados, custos de reposição, valores de venda e valores futuros. Pode ser aplicado a qualquer modelo de gestão ou de custeamento. Define-se, inclusive, a questão do valor presente do fluxo futuro de caixa, que a melhor maneira de pedir o lucro de uma empresa é pela comparação entre o seu valor de mercado em dois momentos diferentes: o verdadeiro lucro seria o obtido pela diferença entre essas expectativas futuras trazidas a valor presente calculadas em dois pontos distintos do tempo. Entrando novamente o conceito do custo de oportunidade, já que o desconto a valor presente é feito com base nele.

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