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Resenha Fundamentos da Gestão Social na Revolução Industrial: Leitura e Crítica aos Ideais de Robert Owen

Por:   •  3/11/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.601 Palavras (7 Páginas)  •  175 Visualizações

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No texto “Fundamentos da Gestão Social na Revolução Industrial: Leitura e Crítica aos Ideais

de Robert Owen” (2006), os autores começam definindo Gestão Social como um conjunto de

estratégias e políticas organizacionais que visam o bem-estar dos indivíduos nas organizações,

tendo como base os ideais da emancipação humana e elementos de racionalidade substantiva à

ação racional instrumental.

Apesar de a Revolução Industrial apresentar modelos produtivos empreendidos por Taylor,

Ford, Ohno (Toyotismo) que tinham como foco aumentar a produção ao máximo com maior

eficiência, naquela época já era discutido sobre Gestão Social. Já existia uma preocupação com

as condições de vida do trabalhador e também com o ambiente, visto que essa produção em massa

possui muitos impactos negativos para o meio ambiente.

A Administração é considerada uma ciência relativamente nova e diferentemente da biologia,

por exemplo, não é possível testar teorias e modelos de administração antes de realmente implantálos. O que é possível estudar é o contexto histórico e a história que temos é bastante escassa, pois

só começou a se pensar a Administração como ciência a partir da Revolução Industrial que ocorreu

somente há 3 séculos.

No campo da Administração, é comum estudarmos a literatura dando ênfase somente na

configuração estética dos elementos de gestão e excluindo os fatores históricos, econômicos e as

ideologias presentes na época dos atores. Esse campo da Administração é predominantemente

constituído por narrativas fracionadas, tais como os modelos de Taylor e Ford, nos Estados Unidos

e posteriormente os modelos de Ohno e Toyoda, no Japão. A partir disso, Chevallier e Lorschak

(1980, p.17) reconhecem que a diferença nas tradições, culturas e situações de cada país

influenciou para que cada modelo de produção atendesse melhor às necessidades da nação.

Apesar de terem respostas diferentes ao mesmo problema, esses modelos se fundiram em uma

disciplina integrada.

Apesar do Taylorismo e Fordismo (EUA) estarem distantes geograficamente do Toyotismo

(Japão) e cada país possuir suas diferenças culturais e econômicas, os três modelos buscam

técnicas de gestão diferentes para o mesmo problema, que seria como administrar as pessoas e

ter uma produção mais rápida e eficaz. Esses modelos servem como objeto de estudo pois o

conhecimento da Administração está sempre em constante mudança, devido à surgimento de

novos elementos de gestão, comparações entre teorias buscando sempre a melhor eficiência.

As obras da Literatura Administrativa são importantes para registrar tendências gerais

assumidas pelos autores o que leva à uma reflexão no âmbito social. Porém, essa literatura

restringe a possibilidade de entender as transformações na estrutura social, das condições de vida

dos trabalhadores e estratégias de resistência da classe trabalhadora, por exemplo. A partir disso,

começou a se pensar no campo da Gestão Social, em que há preocupações com responsabilidade

social, qualidade de vida no trabalho, gestão ambiental e o terceiro setor.

Apesar de a Administração ser uma ciência nova, na história podemos observar que

existiram estratégias de gestão, tais como a construção das pirâmides no Egito, a Grande Muralha

da China e até na organização da Igreja Católica na Idade Média. As gestões nesses períodos

históricos lidavam com manipulação de um grande número de recursos, a decisão racional em

relação a fins, a organização hierárquica e a coordenação e controle dos indivíduos. No período da

Revolução Industrial, foram adotados essas estratégias e métodos que já eram conhecidos devido

à esses contextos históricos e reuniram em um só modelo para a época, buscando respostas

diferentes.

Na Gestão Social, a variedade típica, adotado por Smith, Child e Rowlinson (1990) foi

importante para admitir o delineamento de perfis de sujeitos, a demarcação de espaços, a

exposição de cenários, a caracterização de especificidades e a indicação de interfaces entre o

específico e genérico. A partir desse critério, Robert Owen foi um nome importante para a Gestão

Social, trazendo iniciativas sociais de melhora da qualidade de vida do trabalhador, além de temas

de Gestão Ambiental e Desenvolvimento Local Integrado e Sustentado. Owen foi considerado o

Pai do Cooperativismo devido à essa variedade típica e ter aplicado capital em uma fundação

privada sem fins lucrativos. A Gestão Social envolve um conjunto de intervenções provenientes

pela iniciativa privada, pelo poder público e organizações do Terceiro Setor.

Com o contexto histórico do Reino Unido nos períodos do século XV e XVI, a atividade

econômica era majoritariamente proveniente da terra e com o grande fluxo de viajantes, aumentou

o fluxo de metais preciosos e sua comercialização.

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