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Resenha do Texto: “Morte e Vida de Grandes Cidades

Por:   •  17/6/2020  •  Resenha  •  777 Palavras (4 Páginas)  •  468 Visualizações

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Resenha do texto: “Morte e vida de grandes cidades - Introdução” de Jane Jacobs

Em seu livro, Jane Jacobs faz uma análise do funcionamento das grandes cidades, questionando seu desenvolvimento, planejamento urbano e os princípios de reurbanização em contrapartida às questões de natureza sócio-econômicas. A autora considera então, a cidade como um grande cenário de vivências, de relações de poder, de diferenças sociais, arquitetônicas, de paisagens e também, de falta de respeito com o principal personagem, o indivíduo enquanto cidadão. No seu relato, há uma crítica evidente em relação à função, uso e ocupação das construções, atrelado a infra-estrutura, que não valoriza a escala humana, com um crescimento urbano indiferente às necessidades de cunho social.

O livro é dividido em 4 partes, a primeira enfoca principalmente no comportamento social da população urbana; a segunda aborda o desempenho econômico das cidades, sendo a mais importante do livro; a terceira analisa aspectos da decadência e da revitalização, à luz de como as cidades são ousadas e como elas e sua população se comportam, na vida real; e por fim, a quarta parte possui sugestões de mudanças nas práticas de habitação, trânsito, projeto, planejamento e administração, discutindo o tipo de problema que as cidades apresentam – um problema de manejar a complexidade ordenada.

No decorrer do texto, Jacobs afirma que há um mito em relação ao dinheiro suficiente para erradicar todos os problemas de uma cidade, desde a eliminação dos cortiços até a solução de problemas de infra-estrutura. Mas o capital disponível é empregado de forma incoerente e, principalmente, sem respeito à preexistência e aos valores sociais desfavorecendo sempre os mais carentes de lazer, moradia e mobilidade. Assim, mesmo sabendo que as favelas e outras habitações ou bairros precários são considerados parte integrante das cidades, os órgãos superiores desenvolvem uma prática de reurbanização que ainda não suprem as necessidades mais urgentes da população, o que deixa mais claro para entender porque a autora fala que “o raciocínio econômico da reurbanização atual é um embuste”.

Dessa forma, a cidade é colocada como um grande papel de rascunho, onde a teoria deveria ser posta em prática e analisada para encontrar possíveis erros, fracassos e assim, serem melhoradas, mas não é isto que acontece. Os especialistas e estudiosos não conseguem interpretar o desespero de uma sociedade que vive em cidades cheias de erros e insultos, consequentemente, as cidades passam a ser não funcionais.

As ruas e calçadas, por exemplo, são os órgãos vitais de uma cidade, pois são nelas que ocorrem toda a integração e convivência de uma sociedade, sendo que os principais protagonistas do uso e ocupação das ruas e calçadas são as pessoas. Mas essa integração implica em conflitos, tanto positivos quanto negativos, que podem dificultar ou não a convivência entre os cidadãos e o espaço urbano. Os projetos que implicam na remoção da população, como prefere o urbanismo ortodoxo, podem estar destruindo exatamente o fator de maior potencialidade de recuperação de uma área de cortiços, e a autora se coloca francamente contra aos projetos que implicam em ações de remoção e demolição (para a implantação de um conjunto habitacional também

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