Resumo do Texto a Classe Operaria do Brasil Vivo
Por: tuturafa • 1/5/2017 • Trabalho acadêmico • 1.028 Palavras (5 Páginas) • 378 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
DISCENTE: GÉSSICA RAIANE DOS SANTOS ALVES
CURSO: ADMINISTRAÇÃO
TURNO: MANHÃ
RESUMO DOS TEXTOS: A FORMAÇÃO DA CLASSE OPERÁRIA E BRASIL VIVO.
CARUARU
2016
A formação da classe operária e Brasil vivo
Um proletariado livre e desprovido de meios de produção pode-nos parecer natural mas, nem sempre foi assim, nem sempre existiu um proletariado livre, ou seja, que podia vender sua força de trabalho para quem pagasse melhor salário, ele se consolidou junto com o capitalismo e em termos históricos essa consolidação é recente. O texto exacerba o contexto histórico e social no qual se deu o surgimento da classe operaria no contexto mundial.
A primeira maneira de produção capitalista foi a manufatura. Essa por sua vez era constituída por organizações que fabricavam suas mercadorias de maneira artesanal, ou seja, sem o uso de máquinas movidas por outra forma de energia que não fosse humana, empregava extensa divisão do trabalho, e era composta por centenas de pessoas que recebiam ordens de um empregador capitalista. Nas manufatura cada linha de produção era dividida em diversas tarefas distintas e cada grupo de trabalhadores realizava uma dessas tarefas. Para Smith essa divisão de trabalho era a responsável pelos altos ganhos na produtividade, porém vale ressaltar ainda que esse poder decorria também do fato de os trabalhadores receberem ordens de um único patrão, o qual divide para cada um uma tarefa específica.
A divisão do trabalho era sem dúvidas o segredo da superioridade da produção capitalista em comparação com a produção artesanal, pois nessa produção simples de mercadorias cada mestre possuía um pequeno número de oficiais e aprendizes e isso por si só já era um impedimento pra a divisão do trabalho na oficina, além disso, as corporações de ofício cuidavam para que a técnica de produção nunca fosse modificada, e se um mestre assim fizesse para aumentar a produtividade e vender seus produtos por um preço menor a corporação o puniria por considerar que aquele feito seria uma concorrência desleal para com os outros mestres. Era o objetivo das corporações assegurar aos seus membros o “preço justo” dos produtos, e essa sustentação mostrava-se ser incompatível com a busca do aumento da produtividade.
As corporações tinham total domínio sobre os mercados e impedia outros produtores que não seus membros de nele adentrar, esse impedimento consistia num obstáculo ao desenvolvimento da produtividade, ainda mais porque as corporações cuidavam de limitar o número de seus membros a fim de sustentar o preço de seus produtos.
Com as expedições marítimas feitas pela Europa a América e ao extremo oriente no século XV o sistema corporativo, fruto da sociedade medieval, que tinha como valores principais a fidelidade as tradições e a conservação dos hábitos e costumes se abalou profundamente pois as expedições abriram o mercado mundial e possibilitaram ao capitalismo comercial perspectivas jamais imaginadas, e foi justamente o capital comercial que procurou quebrar o exclusivismo das corporações objetivando a expansão dos suprimentos para exportação.
As expedições deram origem a um modo de produção que não era totalmente capitalista pois os camponeses continuavam com os seus meios de produção e na condição de produtores autônomos. É o modelo de produção que no Brasil é denominado facção e consistia no fornecimento ao camponês de matéria prima ou um produto semielaborado e esses por sua vez eram pagos pelos grandes mercadores que recebiam em troca o produto num estágio superior de elaboração. Esse novo modo de produção foi importante para dar origem ao verdadeiro modo de produção capitalista; as manufaturas, que surgiram quase que na mesma época graças aos mestres de produção que abandonaram as corporações e as cidades para se estabelecerem no campo. Ao se estabelecerem no campo e reunirem os trabalhadores em grandes oficinas e não em suas casas como antes acontecia os empresários manufatureiros revolucionaram as forças sociais de produção e a força produtiva ao criar um salário para o trabalhador produtivo e inventar o trabalhador coletivo.
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