Trabalho Planejamento e análise de cenários – o caso Imobili
Por: anaclarafss13 • 20/2/2024 • Trabalho acadêmico • 1.016 Palavras (5 Páginas) • 68 Visualizações
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Dinâmica 2: Planejamento e análise de cenários – o caso Imobili
Vimos que a formulação de cenários é uma poderosa ferramenta de planejamento e de apoio à tomada de decisões. Vamos exercitar um pouco essa habilidade a partir da leitura do caso a seguir.
O CASO IMOBILI
A Imobili foi fundada em 1987 pelo, então, estudante de engenharia Roberto Vilasboas, que tinha o sonho de transformá-la em uma grande construtora e incorporadora no segmento da construção residencial.
Após 30 anos de atuação, a Imobili passou a ser listada na bolsa de valores como empresa de capital aberto, buscando inserir-se entre as maiores e, sobretudo, as melhores construtoras e incorporadoras do País.
Alguns números expressam a grandeza da Imobili: mais de 3 milhões de metros quadrados lançados e mais de 10 mil clientes atendidos, residindo e investindo em imóveis com a marca Imobili.
Há poucos anos, a Imobili experimentou um crescimento contínuo, conquistando novos clientes e fortalecendo a sua marca.
No entanto, nos últimos 12 meses, o mercado tornou-se mais competitivo e exigente, o que levou ao surgimento de problemas como:
- queda na qualidade do atendimento dos clientes, principalmente no tocante aos canais de comunicação entre a Imobili e os consumidores. Essa situação fica evidenciada pelo aumento de 30% no número de reclamações encaminhadas à ouvidoria;
- alta rotatividade dos funcionários, principalmente funcionários da área técnica, assediados pelos melhores salários pagos pela concorrência;
- encarecimento dos terrenos disponíveis para novos empreendimentos, devido à forte especulação onde a oferta é menor que a demanda (apesar de a demanda ser desequilibrada) e
- incorporação de novas tecnologias e novos materiais por parte da concorrência, atraindo para os seus empreendimentos uma parcela do público consumidor.
O sócio-fundador da Imobili tem repetido, inúmeras vezes, que essa situação representa um sério entrave aos planos de crescimento e alcance de uma posição de destaque entre as maiores empresas do setor imobiliário em cinco anos, além de prejudicar a intenção de expandir as operações para outras províncias.
A situação foi exaustivamente discutida na última reunião que o Sr. Roberto Vilasboas teve com a sua equipe de gestores, na qual novos e importantes dados foram acrescentados ao cenário.
O diretor de marketing apresentou um relatório que mostrava o número de concorrentes na região de atuação empresa, demonstrando uma perda de mercado de 15% para 6%. Mostrou também, por meio de relatórios encomendados a uma consultoria, análises relativas às prospecções para os próximos anos. Nessas análises, foram apresentadas as seguintes situações, que deverão evoluir nos próximos cinco anos:
- menos atividade econômica;
- redução da procura global em mercados emergentes;
- procura reduzida por corporate e novos investidores;
- menos poupança e investimento privado;
- menor liquidez na economia e
- crédito mais caro.
O diretor de marketing conclui o seu relatório com informações específicas sobre a atuação dos concorrentes, demonstrando que eles têm tentado diversificar e modernizar os seus empreendimentos seja por meio da inclusão de serviços agregados, da operação em novos nichos, da construção de moradias populares ou da parceria com o governo por meio de PPPs.
O diretor de recursos humanos disse que as necessidades de treinamento estão sendo identificadas e que existe a pendência de recursos para efetivar o projeto. Na opinião dele, é necessário investir não só na qualidade técnica dos colaboradores mas também na qualidade do atendimento em todas as fases do processo (na pré-venda, no pós-venda e no pós-obra), atendendo às exigências de sofisticação de formas e veículos de marketing e vendas.
O diretor técnico falou sobre novos empreendimentos, equipamentos e materiais existentes no mercado, demonstrando a necessidade de modernização e de uma política de desenvolvimento de novos fornecedores e novos canais de abastecimento. Como justificativa, apontou as muitas reclamações existentes devido ao atraso na entrega dos empreendimentos. Muitos desses atrasos ocorrem pela diminuição do ritmo das obras, o que, por sua vez, ocorre por conta do atraso no cronograma de entrega de insumos pelos fornecedores.
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