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Transformar comodity em produto

Por:   •  19/2/2017  •  Artigo  •  3.651 Palavras (15 Páginas)  •  241 Visualizações

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COMO TRANSFORMAR CARNE COMMODITY EM CARNE “PRODUTO”

Vic Kawakame Ohy [1]

RESUMO

Este estudo busca compreender os fatores pertinentes que agregam valor à carne bovina Premium para aumentar a competitividade no ato da comercialização por meio da análise de informações sobre as diferenciações percebidas pelo consumidor de carne bovina Premium e o perfil destes consumidores a partir de um instrumento de pesquisa, como são desenvolvidos os meios para agregar valor para a percepção do consumidor final e quais são os fatores de diferenciação na produção entre manejo do gado e os cortes da carne através de um questionário realizado com o diretor da HR Agropecuária e estudos qualitativos. Os resultados demonstram que os fatores primordiais para se obter essa diferenciação é a escolha da raça e manejo e para os consumidores é relevante. E ainda, maciez, sabor e suculência são os aspectos que caracteriza a carne bovina Premium para grande parte dos entrevistados, sendo que 45% destes não estão satisfeitos com a frequência com que consomem carne bovina Premium.

Palavras-chaves: Competitividade, cadeia produtiva, carne bovina Premium.

ABSTRACT

This study aims to understand the relevant factors that add value to the beef Premium to increase competitiveness in the act of marketing by analyzing of information on the differences perceived by the consumer of beef Premium and the profile of these consumers from a research instrument , as they are developed the means to add value to the perception of the end user and what are the differentiating factors of production between management livestock and meat cuts through a questionnaire filled in by the director of HR Agriculture  and qualitative studies. The results show that the main factors to achieve this differentiation is the choice of race and the management.

Key Words: Competitiveness, productive chain, beef Premium.

1. INTRODUÇÃO

A carne bovina é caracterizada como uma commodity, sem agregação de valor ou de diferenciação, propiciando a uma concorrência de preços, resultando em baixa lucratividade para a cadeia produtiva e da oferta de um produto. Até uma baixa qualidade da carne existe uma concorrência de preços. Utiliza-se o desenvolvimento da marca na carne bovina como um instrumento de diferenciação do produto (PEREZ et al., 2002).

A principal preocupação em Transformar carne commodity em carne “produto” está em atender a uma crescente fatia de mercado interessada em consumir alimentos diferenciados, sejam estes caracterizados por possuir melhor qualidade, facilidade e praticidade no preparo das refeições e ainda, dar importância ao meio ambiente ou serem considerados mais saudáveis (BÁNKUTI, 2002).

Alguns exemplos para agregação de valor para a carne bovina são os embalados em atmosfera diferenciada, cortes padronizados, orgânicos, carne marmorizada e uso de marca registrada. Esta agregação representa grande relevância para os envolvidos na cadeia produtiva, pois ira satisfazer o desejo do consumidor por encontrar no mercado essa variação do produto que busca e ainda, beneficiará os segmentos pelos quais ocorrem as etapas desde a produção até o consumo salienta Malafaia e Barcellos (2007).

Surgem, portanto, iniciativas de produção de carne de qualidade pela raça “Angus” desde a criação do gado até o varejo através de diferenciações de atributos visuais, de origem, sanidade, qualidade, sabor, teor de ingredientes e insumos, desempenho, durabilidade, estilo, método de produção entre outros (PEREZ et al., 2002).

A Associação Brasileira de Inseminação Artificial (ASBIA,2013) apresenta dados de que o Angus é a raça taurina mais usada na Inseminação Artificial no Brasil, cerca de 42,8% de doses vendidas em 2013 seguida pela raça “Nelore” com 35,6%, “Nelore Mocho” com 3,06% e “Brahman” com 2,14% da comercialização. Com isso, a demanda por carnes oriundas de Animais Angus e Cruza Angus cresce significativamente, reconhecida e procurada pelo consumidor através das notáveis diferenciações.

A grande dificuldade de coordenação das partes da cadeia já citada sumariza as dificuldades de desenvolvimento e difusão das técnicas de agregação de valor ao produto final sendo de fundamental relevância a interligação entre os elos da cadeia de produção para que as partes envolvidas obtenham um sucesso efetivo. A necessidade por interdependência entre as etapas está crescendo e precisando de uma coordenação Rocha et al. apud Perosa, (1999). Isso significa que, para que esse sucesso seja alcançado, os setores envolvidos se complementem através de troca de informações e ideias com o objetivo de aperfeiçoar a produção, gerando maior lucratividade segundo Rocha et al. (2010).

O problema a ser tratado, portanto, é como agregar valores para aumentar a competitividade no ato de comercialização da carne bovina de melhor qualidade.

 Pretende-se neste artigo, analisar alternativas que viabilizem agregar valor a carne bovina Premium.Busca-se também analisar s variáveis que podem aumentar a lucratividade à empresa, através da busca de informações sobre as diferenciações encontradas pelo consumidor em carne bovina Premium, além de investigar como são desenvolvidos os meios para agregar valor para a percepção do consumidor final e quais são os fatores de diferenciação na produção entre manejo do gado e os cortes da carne.

O estudo tem por finalidade acrescer conhecimento para as indústrias e varejos sobre as preferências de consumidores de carne bovina Premium, visando atender a demanda da melhor forma possível.

Com isso, possibilitar uma eventual reformulação, ou ainda, enfatizar certas etapas do processo produtivo, que garantam uma diferenciação competitiva para as indústrias envolvidas no processo de produção de carne bovina Premium.

2. REFERÊNCIAL TEÓRICO

2.1 Cadeia produtiva de carne bovina

A cadeia de carne bovina é referencia para a economia rural brasileira, ocupando cerca de 213,03 milhões de cabeça segundo a USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, 2015), o maior dentre os principais países como a China, Índia, Estados Unidos, Argentina, Sudão, Etiópia, México, Austrália, Colômbia, entre outros, relatam Buainain e Batalha (2007).

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