Weslei Maique - Resumos Coase, Williamson e North
Por: Weslei Maique • 14/9/2019 • Resenha • 1.262 Palavras (6 Páginas) • 240 Visualizações
The Nature of the Firm, Coase
Objetivo é preencher o que parece ser uma lacuna na teoria econômica entre a suposição de que os recursos são alocados por meio do mecanismo de preços e a suposição de que essa alocação depende do coordenador. Se a produção é regulada por movimento de preços, a produção poderia ser realizada sem nenhuma organização, então pode-se perguntar, por que existe alguma organização?
Descrição do sistema econômico dada por Sir Arthur Salter: “O sistema econômico normal funciona por si mesmo. Para sua operação atual, ele não está sob controle central, não precisa de uma pesquisa central. A oferta é ajustada à demanda e a produção ao consumo, por um processo que é automático, elástico e responsivo”. Essa teoria resume que a direção dos recursos depende diretamente do mecanismo de preços. Porém é considerada como incompleta do novo sistema econômico.
Por que surge uma firma? A principal razão pelo qual é lucrativo estabelecer uma firma parecer ser porque há um custo de usar o mecanismo de preços. Principalmente o custo de descobrir os preços mais interessantes, a partir da firma haverá uma diminuição nos custos de contratos, ainda que não haja a completa eliminação destes custos.
Outro fator é a existência da incerteza, Coase conclui que é improvável que uma firma surja sem a existência de incerteza. A essência do contrato é que ele deve apenas indicar os limites para os poderes do empreendedor. Portanto, provável que surja firma nos casos em que um contrato de muito curto prazo seria insatisfatório. Entretanto, quanto mais longo o prazo do contrato, maior a dificuldade de previsão e especificação do que é esperado para cada agente, pois os contratos são imperfeitos. E por fim, firmas surgem para legitimar as transações.
Outra questão levantada por Coase é “Por que uma empresa substituiria uma transação interna (make) por uma transação de mercado (buy)?”. A firma tenderá a se expandir até que os custos de organizar uma transação extra dentro dela se igualem aos custos de realizar essa mesma transação por meio do mercado. Para determinar o tamanho da firma e, consequentemente, poder determinar quantos produtos serão produzidos e quanto de cada um a firma produzirá, deve-se levar em consideração os custos do mecanismo de preços (transações) e os custos da organização de diferentes empreendedores e então determinar quantos produtos serão produzidos por cada empresa e quanto de cada um será produzido.
Coase oferece uma definição para firma como “Consiste no sistema de relacionamentos que surgem quando a direção dos recursos depende do empreendedor”, e enfatiza que a sua definição se aproxima da definição de firma do mundo real. Além de apresentar os aspectos que influenciarão o tamanho da firma. Coase não nega que o mecanismo de preços seja efetivo, mas considera que existe outros mecanismos de coordenação. O próprio empresário funciona com um mecanismo da empresa, portanto, deve-se saber em quais circunstâncias deverá se utilizar um ou outro. Coase atribui a explicação à existência dos custos de transação.
Institutions, North
O texto aborda o papel das instituições como uma ferramenta para reduzir incertezas em transações entre pessoas e/ou empresas, incertezas que envolvem custos para controlar e cumprir os contratos, os custos de transação.
As instituições podem existir de maneira formal, constituída por leis, ou de maneira informal, constituída com base em costumes e tradições. As instituições estão totalmente ligadas ao desempenho histórico da economia, por meio da evolução incremental com base no conhecimento agregado ao longo do tempo.
Um conjunto de instituições, formam uma matriz institucional que é totalmente dependente e limitadas à trajetória histórica das instituições do passado. A matriz institucional favorece o desenvolvimento do estado que fica responsável pelo direito de propriedade, por exemplo.
Já as organizações realizam interações entre si ou com a matriz institucional, reduzindo seus custos de transação, aumentando sua produtividade e o desempenho econômico.
A caracterização das instituições para capturar ganho do comércio se dá por uma evolução nas proporções do comércio:[pic 1]
Existem casos que mesmo quando os agentes econômicos realizam investimentos na produção de conhecimento e habilidades, não geram resultados na evolução institucional. O Autor traz três tipos primitivos de sociedade, a troca tribal, troca de bazar e troca de caravanas a longa distância. Na troca tribal, todos estão envolvidos em demonstrar suas “boas intenções” para garantir sua posição no grupo, mudanças e inovações são vistas como uma ameaça para o grupo, portanto a troca tribal se baseia em julgamentos pessoais e variáveis, pois são julgados os indivíduos e não os fatos praticados por ele.
Já na troca de bazar, os custos de transação são jogados para a outra parte da troca, uma parte faz dinheiro por mais informações que o seu adversário, essa forma de troca não evoluiu por não ter uma estrutura jurídica eficaz para garantir o cumprimento dos contratos.
Por fim, o sistema de troca por caravana é baseado na cobrança de pedágios e proteção ao atravessar determinadas localidades, não evoluindo por não tinha estrutura para garantir os direitos de propriedade.
Na Europa moderna, a evolução institucional ocorreu devido a uma série de fatores que envolviam inovações no comércio em longas distancias como mobilidade do capital, redução dos custos de informação, transformação de incertezas em risco, financiamentos e desenvolvimento estatal.
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