Ética Empresarial
Por: maelainecmc • 1/10/2015 • Trabalho acadêmico • 2.701 Palavras (11 Páginas) • 2.469 Visualizações
Ética empresarial: Sua história e importância.
Ozanete Cirino Neto dos Anjos
RESUMO
O presente artigo vem desenvolver a temática Ética empresarial, sua importância tanto para empresas quanto para os colaboradores. Num primeiro relance, tem-se a impressão de que os questionamentos da ética empresarial dizem respeito mais ao marketing da empresa do que à ética propriamente dita. Todavia, no fundo o que se busca é o estabelecimento de padrões de comportamento capazes de assegurar, no interior das empresas, a paz e o trabalho produtivo, e nas relações comerciais, a fixação de uma imagem positiva para a empresa, visando o aumento das vendas. Portanto, a motivação deriva de preocupações comerciais, mas o objeto continua sendo o comportamento humano.
O estudo foi feito a partir de pesquisas empíricas com o histórico da Ética empresarial, e dados qualitativos para destacar sua importância. Sejam quais forem às motivações e os fundamentos, a verdade é que a ética empresarial hoje está em franco desenvolvimento, focalizada que são por muitos pensadores das mais variadas tendências filosóficas.
Palavras-Chave: Ética empresarial. Trabalho produtivo. Comportamento humano.
1 INTRODUÇÃO
O tema trás a discussão sobre a relação empresa-consumidor, mas primeiramente vamos analisar a palavra ética em vários sentidos, seu conceito, suas terminologias e importância tanto para a sociedade quanto para o ambiente empresarial. O trabalho foi fundamentado em pesquisas empíricas, e que abrangeu a leitura de vários artigos e trabalhos de inúmeros filósofos e escritores que se dedicaram a escrever sobre a ética, em especial sobre a ética empresarial que é o nosso principal assunto.
De início daremos a definição da palavra em si, e como a definiram Sócrates, Platão e Aristóteles os maiores pensadores da filosofia grega, assim também como Kant e o professor Mário Sérgio Cortella. Faremos também uma breve referência da contribuição do professor Pablo Jiménez Serrano e sua contribuição para o entendimento da ética na atualidade.
Após ser esclarecido sobre o histórico da ética, envolveremos a ética empresarial como foco de nossa pesquisa, e a relacionando com os estudos feitos em séculos passados e na contemporaneidade, exemplificando ainda sobre a ética visando o lucro e as consequências das ações de algumas empresas que não se preocuparam com o consumidor, apenas em vender o seu produto.
Como exemplo de nossa pesquisa empírica foi analisado uma empresa local conhecida, onde suas ações éticas são comparadas com o que diz a missão e código de ética da organização.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 A palavra ética
O sentindo etimológico de ética vem do gregoethos, que se traduz em modo de ser, que é um conceito estreitamente ligado ao comportamento humano. Entretanto não há uma hermenêutica consensual de ética e o conceito, segundo os autores, paira entre a reflexão sobre a noção de Bem e os enunciados das regras normativas. A ética é uma ciência prática de caráter filosófico, pois é a parte da filosofia que estuda a moralidade do agir humano qualificando seus atos como bons ou maus. Para Aristóteles não se estuda ética para saber o que é virtude, mas sim para apender a tornar-se virtuoso e bom, de outra maneira seria um estudo completamente inútil.
Sócrates, Platão e Aristóteles fundamentaram ética na ideia do bem. Kant fundamentou na era do dever. Kant relata que aspirar ao bem é egoísmo e que a ética deve estar fundamentada em valores morais do dever formal de cumprir e que ética é ter boa vontade. São fundamentos da ética: os códigos de ética, o fundamento da moral, e o dever de fazer o bem. Para Kant, o valor de uma ação depende da relação de conduta com o princípio do dever, o imperativo categórico. Dissocia assim a moral das ideias de prazer e utilidade. Se o agente atuou visando alguma recompensa, sua ação não pode ser reputada positiva face em que não se necessita da norma para formular ações éticas.
Muitos confundem ética com moral, e o professor Mário Sérgio Cortella nos dar uma diferença ampla entre as duas em uma entrevista concedida ao programa do Jó, da emissora Rede Globo no dia 4 de novembro de 2010, onde suas palavras foram: “ética é o conjunto de princípios e valores que usamos para decidir as três grandes questões da vida: quero, devo, posso. Quais são os princípios que eu uso, tem coisa que eu quero, mas não devo, tem coisa que eu devo, mas posso, e tem coisa que eu posso, mas não quero. Você tem paz de espírito quando aquilo que você quer é o que você deve e o que você pode. São definidos através de exemplar, princípios da sociedade sejam eles religiosos ou não, e de normatizações. Não existe ninguém sem ética e sim antiético”.
Quando perguntando sobre moral, imoral e amoral, ele nos exemplifica dizendo: “Amoral é uma pessoa que não pode decidir escolher e julgar, como por exemplo, uma criança até determinada idade, um idoso com doença de Alzheimer, ou algum tipo de patologia cerebral, ou uma pessoa considerada demente socialmente. Moral é a prática de uma ética, exemplo: eu tenho um princípio ético de não pegar o que não me pertence, meu comportamento moral é se eu roubo ou não, o princípio se traduz numa prática. Para uma pessoa ser considerado imoral depende da moral que o outro tenha, da ética e da época em que esteja, portanto não é que a ética seja relativa e sim a moral, a ética tem uma tentativa de ser universal”. Com as explanações sobre ética e seu conceito dado pelos filósofos gregos antigamente, e do professor Mário Cortella atualmente já podemos associa-la a empresas.
2.2 Ética empresarial
Quando se fala em ética empresarial, há um senso coletivo, onde se buscam criar referências, boas práticas e engajamento na interação corporativa com seus públicos. Nesse sentido, a ética empresarial é a pura expressão do sentimento social. Quando se exige da empresa uma atitude ética em relação ao meio ambiente, é uma demanda social, é um exemplo de como as novas derivações estão tornando a ética nas empresas cada vez mais complexa.
O tema passou a ter aplicabilidade face ao avanço da ganância financeira das empresas que visavam apenas superávit financeiro e dificilmente pensavam na valorização de seus agregados ou repartição de parte de sua lucratividade com obras
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