Ética e Relações Humanas No Trabalho - Escravidão Em Pleno Século XXI
Por: rossdomingues • 31/1/2017 • Trabalho acadêmico • 850 Palavras (4 Páginas) • 793 Visualizações
Ética e Relações Humanas no Trabalho: escravidão em pleno século XXI
1. Introdução: Trabalho e escravidão: breve contextualização. Para elaborar essa etapa, oriente-se pelas seguintes questões: Podemos perceber a presença de determinadas forças atuando sobre a escravidão no trabalho desde o mundo antigo? Quais são elas? Quais comparações poderíamos fazer entre como era em diferentes épocas e como é atualmente?
Dica: As forças, mencionadas aqui, referem-se às áreas como política, economia, cultura, tecnologia etc.
A escravidão foi abolida. Ao menos no papel.
Diversos foram os povos subjugados, com atenção especial aos indígenas e os negros.
O índio, que não era tão facilmente dominado, teve como resultado, a marginalização e seu povo dizimado, praticamente, em sua totalidade.
Os negros, após árduas gerações, tiveram, finalmente, a sua sonhada “alforria”, quando se viram livres dos trabalhos forçados.
Além da dor física, de sua total anulação de vontades próprias, de ver sua força física exaurida e os constantes abusos, inclusive sexuais.
Este “homem livre”, de repente viu-se sem um teto, sem comida, sem qualificação para o mercado de trabalho, ou seja, completamente marginalizado.
E a escravidão atual resume-se a isso: a qualificação.
Com um mercado cada vez mais exigente, destaca-se quem é melhor preparado.
Do contrário, as pessoas veem-se obrigadas a aceitar empregos irrelevantes e mal remunerados, para garantir a sua subsistência.
Exemplo disso, é o estrangeiro, fora de sua terra natal, que não possui fluência no idioma, não tem um diferencial, muitas vezes até está ilegalmente no país, não encontra outras alternativas, para garantir o básico para si e sua família.
E a situação, inicialmente provisória, estende-se por muito mais tempo que o almejado.
Antigamente, os escravos eram castigados, açoitados, violentados, insultados e assassinados cruelmente.
A violência atual é mais velada e não se limita a apenas uma etnia: diariamente somos expostos a algum tipo de escravidão: a televisão, ditando costumes, como se comportar, o que comer e vestir; horas extras na empresa, que viram Banco de Horas e quem não as faz, não “veste” a camisa da empresa, dificilmente terá benefícios, dentre muitas outras.
Apesar de sua discrição, não menos nociva: a coerção nos leva, da mesma forma, a sacrificar o nosso potencial, em troca de empregos que em nada refletem os nossos anseios e aspirações.
A comparação que podemos fazer é quanto o que deixamos de realizar voluntária e involuntariamente e que quem detém o poder, seja o aquisitivo, seja o cultural, levará os demais a realizar seus mais variados caprichos.
Como diria o escritor George Bernard Shaw, “a escravatura humana atingiu o seu ponto culminante na nossa época, sob a forma do trabalho livremente assalariado”.
2. Trabalho escravo no século XXI: agentes causadores. Para elaborar essa etapa, oriente-se pelas seguintes questões: Podemos visualizar os agentes responsáveis pela escravidão no trabalho contemporâneo? Quem seriam eles? Como eles atuam?
Dica: Os agentes, mencionados aqui, referem-se aos meios de comunicação, aos governos, às corporações, à sociedade etc.
Os agentes causadores são inúmeros, com especial destaque para a tecnologia, que dominou totalmente o mercado.
Das funções mais simples, às mais complexas, poucas são as oportunidades para quem não possui o domínio básico.
Isso influencia consequentemente em seu poder aquisitivo.
Como investir mais em cultura, em aperfeiçoamento, se o que se ganha, é praticamente insuficiente para garantir o seu sustento mensal?
A Política e a Economia são outros fatores que influenciam fortemente e refletem em nossas decisões.
Com o alto índice de desemprego, sentimo-nos privilegiados de ter o nosso, não nos sentimos dispostos a arriscar uma vaga diferente. E o número de aposentados que continuam em atividade eleva-se. A aposentadoria deixou de ser sinônimo de vida pacata e ganho garantido.
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