A Arquitetura Escolar

A arquitetura escolar no Brasil não se tem muito registro nos primeiros séculos de sua descoberta. Os primeiros indícios vieram juntamente com os Jesuítas da Companhia de Jesus, em 1549. O objetivo desses Jesuítas eram de catequizar os índios e ao decorrer da época educar os filhos de colonos, ganhando assim trabalhadores para a Coroa Portuguesa. Para tanto, criou-se o Pátio do Colégio em São Paulo, São Vicente e Bahia pelo padre Manuel da Nóbrega e José de Anchieta (NISKIER, 2001), que no começo consistia em um acampamento para Jesuítas e Missionários, voltado para a catequização dos Indígenas. Ao decorrer do tempo se tornou um colégio destinado ao estudo, com biblioteca e projetos sociais para o desenvolvimento de atividades culturais e religiosas.

No fim do Brasil Colônia, Portugal, com a ameaça de ser invadido pela França, teve de fazer a transferência da família real para o território colonial, deixando então de ser Brasil Colônia e se tornando assim Império. O país passou por uma mudança na cidade, na economia e nas escolas, com a chegada da Coroa Portuguesa, os locais de estudo passaram a ser em paróquias, salas fechadas, moradias de professores ou locais alugados. Assim os espaços acabavam sendo poucos confortáveis, sem iluminação e com pouca circulação de ar dentro do ambiente. Durante a Primeira República, os prédios escolares buscam características de imponência, simetria, pé-direito elevado e andar térreo acima do nível da rua. As salas de aulas era mais organizadas, o Professor ficava na frente de todos os alunos, sendo a autoridade, e cada aluno tinha seu devido lugar. "Buffa e Pinto 2002) ressaltam que, ao entrar numa escola pública construída na época da Primeira República, nota-se a importância atribuída a educação por meio do estilo e da imponência de seus edifícios, com detalhamento voltado a sofistificação, com entrelaçamento harmonioso entre projeto arquitetônico e projeto pedagógico."

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