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O PAPEL DA ARQUITETURA ESCOLAR NA PROMOÇÃO AO DIREITO À EDUCAÇÃO: UMA INSTITUIÇÃO SUSTENTÁVEL

Por:   •  5/12/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.449 Palavras (10 Páginas)  •  511 Visualizações

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O PAPEL DA ARQUITETURA ESCOLAR NA PROMOÇÃO AO DIREITO À EDUCAÇÃO: UMA INSTITUIÇÃO  SUSTENTÁVEL

Márcio Pereira Souza

Suelem de Freitas Paiva

William  Luiz de Oliveira

Professores tutores Externos:  Leonardo Caetano; Maxuel Bastos  

Faculdades Integradas de Caratinga – FIC- DOCTUM

Bacharelado em  Arquitetura e Urbanismo

 

 

RESUMO:

Instituição Sustentável ,um tema da arquitetura estudado de forma multidisciplinar. Dentro desse universo possui condições e sistemas individualizados, especializados que necessitam ser arquitetados  visando a permanência do individuo seguindo o uso do espaço, permitindo que a obra e sua construção tenha como parâmetro o   melhor uso dos recursos naturais e técnicos para suprir a satisfação de necessidades presentes não comprometendo a  das gerações futuras(                      ). Este trabalho desenvolve-se sob a ótica do arquiteto, ressaltando o papel do conforto ambiental e da eficiência energética. Logo na introdução foi abordado uma breve definição no qual está inserido o tema  Escola Ecológica, seguido por considerações sobre pontos de partida para o desenvolvimento do projeto arquitetônico em prol da sustentabilidade, abordando os questões sociais,  econômicas , ambientais como  climatização certificação e o próprio modo de construir.

Palavras-chave: Sustentabilidade, Ecologia, Escola, Direitos Humanos.

1 INTRODUÇÃO

A escola ecológica também pode ser definida como o meio que desenvolve a capacidade do ser humano interagir com o mundo preservando o meio ambiente e atendendo a um conjunto de variáveis interdependentes, ao integrar as questões sociais, energéticas, econômicas e ambientais. As principais estruturas de uma obra escolar sustentável são os fatores internos e externos responsáveis por uma boa vivência no espaço (GONÇALVES, 2003).

A sustentabilidade tem sido um tema debatido com frequência devido as urgências ambientais e suas preocupações sociais. A atual escassez dos recursos naturais e a dúvida de suas problemáticas são os parâmetros para a construção e desenvolvimento deste projeto, as medidas a serem tomadas neste processo de produção arquitetônica são de extrema necessidade, principalmente por aferir os direitos humanos em tempos atuais onde a sociedade torne-se mais consciente do quão é necessária a preservação destes recursos naturais

(                      ).

As questões sociais interferem ao meio físico e no modo em que o ser humano vive, devido a esta relação o projeto visa o respeito pela natureza e os direitos cívicos. Para reforçar e introduzir este conteúdo partimos do princípio do ponto de vista  social, onde o assentamento é o principal fator para o empreendimento, também do ponto de  vista humano, onde o usuário é a parte mais importante do meio ambiente devido aos seu princípios de cidadania (                      ).

O investimento socialmente responsável investi de forma ética e caminha com o direito à vida e à liberdade, à liberdade de opinião e de expressão, o direito ao trabalho e à educação digna. Todos merecem estes direitos, sem discriminação e este conceito é a base do chamado instituições publicas, signatárias desses princípios de organizações visando desenvolver e promover as conexões entre os direitos, desempenhos e lei.

O meio ambiente apto a receber uma arquitetura escolar deveria ser  ser  passível de sustentação, mas, devido aos atuais problemas ambientais, este ambiente deve ser ajustado arquitetonicamente e adaptado, garantindo a sustentação por não carregar em si um prazo de validade, mais o domínio do universo físico, que apresente sustentação perpétua de modo que, rigorosamente, o termo "sustentado" deva ser acompanhado sempre ao prazo ao qual se tem de vida, sob risco de imprecisão ou falsidade, acidental ou intencional. Tal rigor é especialmente importante nos casos das políticas ambientais ou sociais, sujeitos a interesses divergentes(                      ).

2 DESENVOLVIMENTO

           A confederação brasileira em forma de lei  LEI Nº 12.378, DE 31 DE DEZEMBRO DE 2010, vigência e  regulamenta o exercício da Arquitetura e Urbanismo pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do CAU/BR ,seguindo por este parâmetro de pesquisa com o objetivo central demonstrar que a efetivação dos Direitos Humanos está condicionada; dentre outros fatores; ao atendimento das necessidades físicas e funcionais do ambiente  dos seus usuários durante todas as fases das suas vidas.

            O arquitetônico defende a tese de que uma resposta eficaz da arquitetura a este desafio passa necessariamente pela adoção dos princípios e diretrizes do Desenho Universal; de modo a conferir ao projeto de uma escola os atributos mínimos de acessibilidade que proporcionem aos seus usuários o direito de usufruir de um ambiente seguro, confortável e digno com o máximo de independência e autonomia, qualidade ambiental considerando o bom desempenho, juntamente ao conforto e à eficiência energética dentro do conceito de sustentabilidade, partindo da fase conceitual e da definição do partido arquitetônico e estudo  sobre  orientação solar dos ventos,  forma , arranjos espaciais, zoneamento dos usos internos do edifício e geometria dos espaços internos, características, condicionantes ambientais  como vegetação, corpos d'água, ruído, e tratamento do entorno imediato; (GONÇALVES 2000).

, juntamente com materiais da estrutura, das vedações internas e externas, considerando desempenho térmico, cores,  fachadas e coberturas, de acordo com a necessidade de proteção solar com áreas envidraçadas e de abertura, considerando a proporção quanto à área de envoltória, o posicionamento na fachada e o tipo do fechamento, seja ele vazado, transparente ou translúcido,  detalhamento proteções solares considerando tipo e dimensionamento; e detalhamento das esquadrias(DUARTE, 2004). No Brasil , o consumo de energia em edifícios está intimamente relacionado às emissões antrópicas de CO2 com cerca de 2,8%, pela composição de suas matrizes energéticas (FGV Projetos, 2006), devido este fator, um assentamento ou empreendimento humano necessita atender a certos requisitos básicos. Estes devem ser, em sua plenitude: ecologicamente corretos; economicamente viáveis; socialmente justos; e culturalmente aceitos.

2.1 MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO E ACABAMENTO

Combater o sistema de energia híbrido é uma idéia recomenda que para a obtenção de uma escola com alto desempenho, os materiais devem ser selecionados considerando-se uma série de características além das tradicionalmente avaliadas como desempenho, custo, disponibilidade e estética. Os arquitetos devem procurar por materiais ambientalmente preferenciais, que sejam duráveis, salubres, produzidos, reutilizados, reutilizáveis, produzidos responsavelmente, ambientalmente benignos, de baixo conteúdo energético, produzidos com matéria-prima rapidamente renovável, produzidos com subprodutos industriais, comercializados de forma ambientalmente responsável (SILVA, 2003).

Na seleção dos materiais para escolas, existem algumas características que, na prática corrente, geralmente são avaliadas adequação ao uso; facilidade de reposição, manutenção e limpeza; segurança; beleza; diversidade de cores, texturas padrões.

2.2 CONFORTO AMBIENTAL

O conforto está diretamente relacionado à sensação de bem-estar. Esse conforto dos espaços internos vem da combinação dos parâmetros objetivos e de fatores inerentes ao usuário, tais como conforto térmico, acústico, visual, dimensões do espaço, fluxo interno e requisitos de organização (SENGE-MG, 2012).

2.3 CONFORTO ACÚSTICO

No processo de concepção da edificação, existem dois momentos que determinam o conforto acústico: o primeiro quando se decide a localização e a orientação do imóvel, e o segundo quando se definem as características de construção de toda a envolvente, pois assim, pode-se reduzir o impacto do ruído nos utilizadores finais (SENGE-MG, 2012).

2.4 CONFORTO VISUAL E ILUMINAÇÃO NATURAL

Um bom projeto de iluminação natural sustentável tira proveito e controla a luz disponível, maximizando suas vantagens e reduzindo suas desvantagens, determinando assim valores de iluminâncias e distribuição necessárias para as atividades em cada ambiente. Para cada espaço a ser projetado, deve-se pensar na sua finalidade, o trabalho a ser iluminado e a tarefa visual a ser executada (MIANA, 2005). O uso racional da iluminação vai permitir que os níveis de consumo da edificação não sejam elevados. Uma vez equacionados esses requisitos, o projeto caminha para alcançar um nível ideal de iluminância (figura 1), com intuito de se conseguir a maior eficiência, o melhor desempenho energético e redução de custos de projeto e utilização (UNICRUZ, 2014).

[pic 1]

Figura 1

2.5 CONFORTO TÉRMICO

Uma das formas de se alcançar o conforto térmico é utilizando a ventilação cruzada, que nada mais é que o posicionamento de aberturas na edificação (figura 2) buscando o melhor aproveitamento dos ventos predominantes do local e a circulação de ar no interior do ambiente, gerando assim a renovação do ar, que consequentemente ocasiona o conforto térmico (ANDREASI, 2004).

[pic 2]

Figura 2

2.6 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Programa de medidas, relativamente simples, para serem aplicadas nas escolas, tornando-as mais eficientes em termos energéticos, tais medidas podem ir da utilização de lâmpadas energeticamente eficientes (Figura 3)  que geram uma economia de ate 25% no uso da energia comparadas às lâmpadas normais ate à utilização da energia solar( Figura 4) , que pode ser aproveitada de duas maneiras: primeiro como fonte de calor para aquecimento de água para banho, como mostra a figura ao lado, e aquecimento de ambientes e segundo, para geração de potência mecânica ou elétrica ( RODRIGUES, 2002).[pic 3][pic 4]

 

Figura 3                                                               Figura 4

2.7 GERENCIAMENTO DA ÁGUA

Dos 150 litros consumidos por uma pessoa, diariamente, em uma edificação padrão, apenas 4 litros são utilizados para beber. Vendo isto surge a oportunidade de se fazer o aproveitamento da água da chuva, possibilitando uma redução de até 50% do consumo de água de uma edificação, podendo ser utilizada na descarga de vasos sanitários, usos em jardins internos e externos, lavagem de calçadas, dentre outras coisas (MARINOSKI, 2007).

2.8 USO DE MATERIAIS E MATÉRIAS PRIMAS SUSTENTÁVEIS

Os chamados eco produtos deverão fazer parte das atuais e da próxima geração das construções, tais materiais em sua maioria não poluem, não são tóxicos e são benéficos para o meio ambiente. Alguns exemplos de tais produtos são: Luminárias de LED, Torneira e válvula economizadora com sensor de presença; Válvula de descarga fluxo duplo (ELETROENERGIA, 2016). 

2.9 ENTORNO

Dar início a uma edificação sustentável não é uma tarefa fácil, é necessário atender a diversos itens, dentre eles o ambiente da obra e seu entorno, pois na escolha do terreno, deve-se verificar se este não está em área de preservação, de possível desapropriação ambiental ou se as construções vizinhas irão dificultar o aproveitamento dos recursos naturais com o vento e o sol, que são requisitos de uma edificação saudável. Deve-se também estar atento em relação aos elementos já presentes no terreno, pois podemos encontrar árvores e pedras que aparentemente poderiam comprometer a obra, mas um profissional consciente transforma o risco em oportunidades. As árvores podem melhorar o microclima da edificação e as pedras podem se tornar um diferencial arquitetônico, um exemplo disto é a casa das canoas, projetada por Oscar Niemeyer (SENGE-MG, 2012).

2.10 ARQUITETURA EM RELAÇÃO AO ENSINO

O projeto arquitetônico influencia no desempenho dos estudantes. Salas de aula sem o devido conforto ambiental dificultam o aprendizado (MASSA CINZENTA, 2011). Para que isto não ocorra são adotados três requisitos básicos, que são:

  • Localização: a escola precisa suprir a maior demanda possível de estudantes em seu entorno, de preferência sem que eles necessitem usar meios de transporte para se locomover até ela.
  • Terreno: ele precisa ser afastado de grandes avenidas, para preservar o conforto acústico das salas de aula e trazer segurança na locomoção dos estudantes.
  • Projeto: quanto mais plano for o projeto, melhor. O desenho de uma escola deve privilegiar a acessibilidade. Por isso, rampas são sempre muito mais bem vindas do que escadas.

2.11 ARQUITETURA DE SEGURANÇA NAS ESCOLAS

Muito mais do que reforçar o controle de acesso, por meio de detectores de metal e catracas, há medidas preventivas de segurança a serem tomadas na elaboração do projeto, fazendo com que os mesmos proporcionem permeabilidade visual, espaços abertos e bem iluminados, proporcionando assim mais segurança para os que ali frequentam (CIÊNCIA E MATEMÁTICA, 1935).

3 CONCLUSÃO

        Não existe, até o momento, consenso sobre quais características devem ter as construções nacionais para serem qualificadas como sustentáveis. Pois depende do clima local, da disponibilidade de materiais construtivos de cada região, da tipologia da edificação, de uma agenda ambiental estabelecendo prioridades, entre outros fatores, sua aplicação se dá  como requisitos adotados pela a equipe de  formação  do projeto, este processo de projeto é integrado com as demais áreas,  envolvidas para solucionar a adaptação das condições ambientais internas aos desafios do clima urbano. É necessário que um projeto de escola tenha como objetivo atender as necessidades do indivíduo e busque definir os critérios que norteariam soluções para o mesmo, isto é, uma escola que proteja a saúde dos estudantes, professores e funcionários, e ao mesmo tempo, reduza o consumo de energia, e outros insumos. Para serem sustentáveis, as escolas tem como alternativa se adequar às agendas ambientais locais, possuindo custos operacionais baixos, preservando o ambiente natural, e permitindo um bom desempenho escolar acoplando aos diretos básicos e obrigações de cada membro ao construir e usar o espaço.

4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFIAS

 

GONÇALVES, Joana. A sustentabilidade do edifício alto: discussão sobre a inserção urbana de edifícios altos. 2003. Tese (Doutorado) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003.

DUARTE, Denise; BRANDÃO, Rafael; PRATA, Alessandra. Environmental criteria incorporation in a Brazilian building code. In: PASSIVE AND LOW ENERGY ARCHITECTURE, 21., 2004, Eindhoven. Proceedings…Eindhoven: PLEA International, Technische Universiteit, 2004. v. 1, p. 543-548.

GONÇALVES, Helder. Situação dos edifícios residenciais em Lisboa face à actual regulamentação térmica. In: NUTAU – Seminário Internacional, 2000, São Paulo. Anais... São Paulo: NUTAU/FAUUSP, 2000.

http://www.sengemg.com.br/downloads/21-08-2012_construcao_sustent.pdf

http://www.unicruz.edu.br/seminario/anais/2014/GRADUACAO/Resumo%20Simples%20Sociais%20e%20Humanidades/A%20ILUMINACAO%20NATURAL%20ATRAVES%20DE%20ABERTURAS%20LATERAIS

http://www.caubr.gov.br/leisfederais/ 

Ecotelhado soluções em infraestrutura verde. Disponível em: . Acesso em: 13 jul. 2012.

ANDREASI, Wagner Augusto. Professor M.Engª.da UFMS, Laboratório de Análise e Desenvolvimento de Edificações, Departamento de Estrutura e Construção, 2004.

http://pgquimica.sites.ufms.br/wp-content/blogs.dir/117/files/2015/01/A-ventila%C3%A7%C3%A3o-natural-como-estrat%C3%A9gia-visando-proporcionar-conforto-t%C3%A9rmico-e-efici%C3%AAncia-energ%C3%A9tica-no-ambiente-interno-do-RU-UFMS-2004.pdf

MIANA, Anna C. Avaliação do desempenho térmico de brises transparentes: ensaios em células-teste. 2005. Dissertação (Mestrado) - Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo, São Carlos, 2005.

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IANNI, Octavio. Enigmas da modernidade-mundo. 3. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

RODRIGUES, Pierre. Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica. 1. Ed, 2002.

http://arquivos.portaldaindustria.com.br/app/conteudo_18/2014/04/22/6281/Manual_Iluminacao.pdf

MARINOSKI, Ana Kelly. Trabalho de Conclusão de Curso, Florianópolis, julho de 2007.

http://www.labeee.ufsc.br/sites/default/files/publicacoes/tccs/TCC_Ana_Kelly_Marinoski.pdf

http://www.eletroenergia.com.br/6-vantagens-das-lampadas-led/

http://www.cimentoitambe.com.br/bom-ensino-comeca-pela-arquitetura-de-uma-escola/

http://cienciaematematica.vivawebinternet.com.br/media/dissertacoes/8f6050c63d9f64a.pdf

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