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A Arquitetura Orgânica e Racional

Por:   •  19/4/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.518 Palavras (7 Páginas)  •  401 Visualizações

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ARQUITETURA ORGANICISTA

  • Frank Lloyd Wright

Intenções do arquiteto: para ele as casas deveriam atender às necessidades das pessoas como um organismo vivo e respeitando a natureza. Segundo Foresti (2008), um dos conceitos fundamentais é o da unidade, Wright dizia que uma arquitetura orgânica significava uma sociedade orgânica e que o ideal era um edifício integral formando uma unidade. Outros conceitos que estão ligados ao conceito de unidade são a plasticidade e continuidade, que significam que os materiais fluem ou crescem e não que são aderidos ou juntados posteriormente.

Outro conceito importante para Wright é a natureza, não apenas no sentido da paisagem, mas sim da própria vida. Para ele a natureza de uma casa não significava como era sua aparência e sim o que ela representava para seus moradores (FORESTI, 2008).

Resolução das condicionantes do projeto: Wright é muito conhecido por seu estilo Pradaria, realizando grande conexão com a natureza e suas obras. Alguns aspectos estão presentes em suas casas de pradarias:

-Ligação do edifício com o terreno, através de sua implantação onde ele tinha uma preocupação em integrar o edifício ao terreno, esses dois deveriam estar em perfeita harmonia, a casa deveria aparentar crescer do terreno onde estivesse inserida.  

-Ligação interior e exterior, onde o interior deveria atender as necessidades da vida em família e os cômodos deveriam ter integração sempre que possível. Wright iniciava seu projeto idealizando os espaços internos e somente em seguida partia para o exterior da casa, esse modo de projetar resultava em diferentes formas externas para as residências.

- Horizontalidade e telhados: as casas em estilo pradaria distinguem-se por uma linha horizontal, enfatizada por telhados de pouca inclinação muitas vezes com grandes beirais, que se prolongavam além das paredes e serviam como coberturas protetoras.

- Lareira: era a base dos projetos as casas de pradarias, que possuía grande importância simbólica representando um local de reunião em família e assim sempre estava ao centro do projeto e ponto de partida para a distribuição dos demais cômodos.

Materialização do espaço e composição formal: para Wright cada projeto deve ser individual e ter sua própria personalidade. A ausência de divisão entre os ambientes, assimetria, horizontalidade, linhas retas e também uso de materiais para integrar melhor a casa ao ambiente, como pedra e madeira, além do vidro.

  • Vilanova Artigas

Intenções do arquiteto: em uma de suas fases profissionais Artigas passou pela influência wrightiana, a qual adquiriu respeito à natureza do material. Foi guiado por um senso de praticidade, buscando a arquitetura que melhor correspondesse à necessidade brasileira. Seus projetos tem grande ligação com suas atividades políticas (FORESTI, 2008). Suas principais características são a submissão à natureza, a naturalidade dos materiais e o projeto adaptado às formas do terreno (SILVA; BEDOLINI, 2017).

Resolução das condicionantes do projeto: Artigas, mesmo após ter desenvolvido um ponto de vista muito pessoal, não abandonou o sentido de continuidade espacial que assimilou de Wright, a qual estava intimamente ligada com sua intenção de proporcionar liberdade ao indivíduo, como reflexo da democracia (MINDILIN, 1999, p.56 apud TAGLIANI; PERRONE; FLORIO, 2015). Sua primeira casa já possui leves referências wrightianas, como o telhado com pouca inclinação, pé-direito baixo em alguns ambientes, uso honesto dos materiais e suas propriedades, janela de canto, o grande pergolado e a maneira que articula, com poucas interrupções TAGLIANI; PERRONE; FLORIO, 2015). Há, ainda, uma transição entre a residência e o jardim, fazendo a integração com a natureza (SILVA; BEDOLINI, 2017). Com isso podemos concluir, nesses exemplos, que assim como Wright, Artigas também preocupava-se com as condicionantes do projeto.

Materialização do espaço e composição formal: projetos arquitetônicos contêm sempre detalhes e detalhes do detalhe, que Artigas chamava de “pormenor”, que são a mais clara representação da conduta do arquiteto, que traduzia ideias em obras construídas. Seus pormenores não continham só desenhos e especificações técnicas; eram feitos também de memórias, ideologias, relações com a história, com a política e com a vida (PORTELA, 2015). Observa-se, todavia, que os projetos de Artigas, geralmente, eram independentes da paisagem que os rodeava. O diferencial dos projetos de Wright, segundo Artigas, eram aspectos como: a grelha básica, o sistema axial, a composição centrífuga e a presença de balanços. Isto resulta em uma planta livre, que não é apenas o resultado de uma malha estrutural, mas sim constituída por espaços concebidos de acordo com a necessidade (SILVA; BEDOLINI, 2017).

ARQUITETURA RACIONALISTA

  • Mies van der Rohe

Intenções do arquiteto: sua arquitetura de forma simples e racional buscava atender as necessidades do lugar, uma das premissas do minimalismo, onde sua frase “Menos é mais” é seu principal lema, por isso, seu estilo arquitetônico é caracterizado por linhas retas, espaços negativos e pouco uso das cores.

Resolução das condicionantes do projeto: sua arquitetura tornou-se estrutura e membrana externa, que ele mesmo chamava de arquitetura de “pele e osso”. O vazio do espaço deveria ser preenchido pela vida segundo ele. Ele desejava o espaço universal, uma estrutura espacial, como um pavilhão, capaz de aceitar vários tipos de função, sendo este um dos seus principais paradigmas: funcionalismo. Com relação aos seus projetos, tinham como principais conceitos envolvidos: precisão, regularidade, ordem, sinceridade, rigor, beleza, cristalinidade.

Materialização do espaço e composição formal: as obras de Mies são pautadas pela racionalidade no uso dos materiais, nos processos construtivos e pela concepção estrutural. Os objetivos em seus projetos voltam-se para a organização espacial livre e para a transparência do edifício (SALES, 2009).

O arquiteto seguiu uma concepção de linhas puras, seus desenhos eram desenvolvidos na maior parte em linhas retas, que se unem na perpendicular dando a impressão de movimento no projeto. Suas obras priorizam a geometria e sofisticação, fazendo uso de materiais modernos, como aço industrial e o vidro para definir os espaços interiores e a aparência exterior dos seus edifícios.

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