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A Cidade Para Pessoas

Por:   •  5/9/2022  •  Resenha  •  875 Palavras (4 Páginas)  •  135 Visualizações

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Cidades para pessoas

Em seu livro Cidades para Pessoas(2015) o Arquiteto e urbanista Dinamarquês enfatiza a necessidade de

considerarmos a escala humana no planejamento das cidades, escala que se vivencia ao caminhar pelas ruas,

percebendo seu entorno. Existe uma necessidade de priorizar as necessidades da população que vive a

cidade para que espaços com uma melhor experiencia urbana sejam possíveis, ocasionando em cidades

vivas, seguras, sustentáveis e saudáveis. Uma cidade em que existam pessoas nas ruas e nos espaços

públicos, é uma cidade vida, mas para que isso seja possível, estes lugares devem ser atrativos e variados,

que propicie o trânsito de pedestres, oportunidades para encontro e com presença de atividades culturais.

No momento de pensar na vitalidade, há de se levar em conta que a densidade não é um fator limitante

A vida na cidade é um conceito relativo. Não é o número de pessoas que importa, mas a sensação

de que o lugar é habitado e está sendo usado.

O tempo de permanência atrelado a presença de pessoas no espaço publico é que traz a sensação de

vitalidade, por isso se faz necessário segundo GEHL, fomentar as atividades de permanência, influenciando

na qualidade da experiencia. Deve-se levar em conta que o entorno chame a atenção do pedestre para que

queiram estar ali e que ao parar, possam encontrar lugares confortáveis de permanência, permitindo assim o

encontro. O mobiliário urbano é fundamental para essa permanecia e uso dos espaços, como por exemplo os

bancos presentes em praças e parques, que a depender de sua disposição e ergonomia convidam ou não o

pedestre para seu uso e permanência.

Um importante fator para a vitalidade são os térreos dos edifícios, que GEHL caracteriza como “É o local

Onde se entre e sai dos edifícios, onde pode haver interação da vida dentro das edificações e da vida ao ar

livre. É o local onde a cidade encontra as edificações.” Para o autor os espaços de transição incidem

decisivamente na vida urbana e defende que há uma conexão direta entre os espaços de transição suave com

a vitalidade.

“ Para simplificar, podemos descrever as oportunidades de experiencia a partir de dois extremos.

Um é a rua com uma transição suave com lojas alinhadas, fachadas transparentes, grandes

janelas e muitas aberturas e mercadorias expostas. Aqui há muito para se ver e tocar,

proporcionando muitas e boas razoes para o pedestre diminuir o passo ou mesmo parar. O outro

extremo, a rua com transição rígida, é diametralmente oposto: os pisos térreos são fechados e o

pedestre caminha ao longo de fachadas de vidro preto, concreto e alvenaria. Há poucas, ou

nenhuma porta e, no geral, há pouco para se vivenciar; não há sequer motivo para escolher

aquela determinada rua.”

As transições suaves ocasionadas pela cidade viva, trazem maior sensação de segurança nas ruas. Uma rua

apresenta transições rígidas, obstáculos físicos, interrupções no ritmo da caminhada, muros que barram a

permeabilidade visual aumentam a percepção de insegurança ao sentir que existem menos olhos na rua, e menor

possibilidade de escuta se algo acontece. A presença de outras pessoas sempre é um bom indício de um lugar seguro

e agradável.

Para Gehl, falar de cidades seguras também se refere a segurança

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