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A Cidade no Fim da Idade Média

Por:   •  6/4/2021  •  Trabalho acadêmico  •  5.261 Palavras (22 Páginas)  •  151 Visualizações

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Contextualização

A Cidade no Fim da Idade Média e no Início da Idade Moderna

O comércio foi responsável pelo renascimento da vida urbana na Baixa Idade

Média. As cidades ou burgos, assim como as feiras comerciais, nasceram e se

desenvolveram dentro de terras da nobreza ou do clero. Os maiores centros urbanos

dessa época localizavam-se próximos às grandes rotas de comércio. As cidades

passaram a ser centros de produção artesanal. Os burgos eram pequenos centros

populacionais de 5 a 10 mil habitantes.

Nessa época, um lugarejo com 20.000 habitantes poderia ser considerado uma

grande cidade. Esses núcleos nasciam sem qualquer planejamento, não existia esgoto

ou qualquer outro tipo de infraestrutura. Os detritos eram lançados diretamente

na rua, constituindo frequentes focos de epidemia. As cidades europeias, nascidas

nessa época, eram diferentes das cidades que conhecemos hoje. As muralhas protetoras que cercavam as cidades medievais permitiam sua defesa em caso de guerra.

No início, essas cidades estavam sujeitas às regras do feudo, pagando ao senhor

uma infinidade de taxas e impostos e submetendo-se à sua justiça. No fim da Idade

Média, as cidades europeias foram adquirindo, por força das armas ou do enriquecimento, uma série de direitos que lhes garantiram autonomia administrativa

e judiciária.

Simultaneamente, o comércio foi se tornando a atividade mais importante; as

cidades renasceram e cresceram; e surgiram, no interior dessas cidades, novas

camadas na sociedade. Esses fatores aceleraram a crise do feudalismo. Da crise

geral do século XIV nascia uma Nova Europa, com características econômicas,

sociais e políticas bastante diferentes das do período feudal.

A formação das monarquias nacionais implicava a centralização do poder político e militar nas mãos do rei. Essa centralização refletia-se na formação de limites

territoriais contínuos para o reino. O território não era mais um simples agregado

desconexo de feudos submetidos a diferentes senhores. Tornava-se, cada vez mais,

um território coeso, homogêneo e submetido a uma só autoridade e a uma só lei:

a vontade real. A monarquia nacional, na Europa, marcou o surgimento do Estado

moderno, que se caracterizava pela existência de uma burocracia (conjunto de

instituições e funcionários administrativos e judiciários a serviço do poder público)

e pelo monopólio da força. A centralização e o fortalecimento do Estado na

Europa foram importantes passos para a consolidação do capitalismo. Em sua fase

primitiva, o capitalismo teve como base a compra e venda de mercadorias para

obtenção de lucro. Na medida em que as monarquias se fortificavam, os Estados

organizavam esquadras para transportar as mercadorias do Oriente para a Europa.

Era o começo das grandes navegações.

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O Renascimento

A palavra Renascimento designa uma época de novas maneiras de pensar.

O Renascimento abrangeu os séculos XIV até XVI, dividido nos anos:

• Trecento – XIV – Fim da Idade Média;

• Quattrocento – XV – Renascimento Cultural;

• Cinquecento – XVI – Maneirismo e início do Barroco.

Pela História Clássica, considera-se o ano de 1453 como a marca da passagem da Idade

Média para a Moderna com a tomada de Bizâncio pelos turcos. Diversos escritores refugiaram-se na Itália, levando consigo manuscritos antigos, que contribuíram para um aumento

do interesse pelas artes e culturas clássicas. A evolução da imprensa, com a invenção dos

caracteres móveis por volta de 1460, propiciou a publicação de autores clássicos e aumentou

a procura por textos antigos, como os da literatura grega e romana. A publicação do manuscrito De Architetura, do arquiteto romano Vitrúvio, em 1521, divulgou o conhecimento dos

métodos de construção utilizados no período do Império Romano.

Explor

As investigações do mundo antigo despertaram muito interesse, como, por

exemplo, a descoberta da decoração em estuque das Termas de Tito e na Casa

Dourada de Nero, em Roma, fornecendo um novo e vasto repertório sobre ornamentos para os artífices do início do século XVI.

Não só a arte mural foi influenciada como também os artistas que trabalhavam

com metal, cerâmica, joias, móveis e têxteis. A Itália, privilegiada por estar localizada na zona de comércio do mundo renascentista, possuía portos, como os de

Gênova e Veneza, e cidades do interior, como Florença e Milão, que prosperaram

como centros de distribuição para artigos do Norte da Europa.

Comerciantes enriquecidos fundaram bancos e bolsas de comércio, emprestavam dinheiro a

juros e fi nanciavam artistas como Miguelângelo, Leonardo da Vinci, Rafael e Cellini.

Explor

A importância de Roma foi retomada por papas ambiciosos que incentivavam

famílias ricas romanas a construir palácios novos, surgindo, assim, maior variedade

construtiva, novos estilos, e a

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