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A Crise do Pensamento Moderno

Por:   •  15/4/2022  •  Projeto de pesquisa  •  544 Palavras (3 Páginas)  •  202 Visualizações

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A arquitetura moderna foi resultado do movimento modernista, um conjunto de pensamentos e ideias que ocorreram no século XX, pós revolução cultural. Além de influenciar a arquitetura, esse movimento artístico e cultural, que teve início na Europa, também influenciou a literatura, o design, as artes plásticas e o cinema. Queriam rever os conceitos dos movimentos anteriores, considerados por eles ultrapassados, e criar algo novo utilizando as tecnologias que surgiram com a revolução industrial. Na arquitetura, traz importantes características projetuais que são usadas até hoje, se baseando na frase “menos é mais”.

Um dos marcos desse estilo arquitetônico aplicado no urbanismo foi a Carta de Atenas, concedida durante o IV congresso de arquitetura moderna (CIAM). Foi um manifesto urbanístico propondo melhorias para a estrutura urbana, separando as áreas residenciais do lazer e trabalho, através da setorização delas e do uso do solo, seguindo conceitos da arquitetura moderna e europocentrista.

A partir dos anos 60, começam a criticar e questionar a eficiência da Arquitetura moderna, tendo em vista que esse estilo criou uma padronização projetual, não levando em conta as pluralidades culturais, regionais e religiosas. Com isso, surgiram alguns movimentos, como o regionalismo crítico, que visava discutir o desenho e seu contexto, pondo em pauta os problemas gerados por ela, considerando a cultura e geolocalização. Uma casa moderna com a característica das janelas em fita, por exemplo, se empregada em Illinois, nos Estados Unidos EUA (Farnsworth House), não vai ser aceita do mesmo jeito se empregada em uma região Afeganistão, por conta das crenças e princípios daquele povo.

O grande marco do fracasso da Arquitetura Moderna foi o Pruitt – Igoe, um grande conjunto habitacional com espaços livres, localizado em St. Louis, Missouri. Ele não foi aderido pela população, justamente por faltar aplicar em sua concepção os pensamentos sociais e culturais locais.

A semiótica é um pensamento que vai contra a Arquitetura Moderna, pois para ela, tudo possui um signo, uma significante e um significado, variando de região para região e de pessoa para pessoa, não sendo possível generalizar tudo. Esse pensamento causou ruídos nesse estilo arquitetônico, pois a arquitetura sempre foi produzida para o próximo, para um lugar, um público e uma cultura específica, sendo necessário pensar em todos e em quais significantes aquela cultura possui, individualizando as questões que esse estilo generalizava.

A fenomenologia, que aparece no campo da psicologia, leva em consideração que os espaços têm que causar sensações nas pessoas, tendo elas como principal questão para se pensar no projeto. Nela, o uso de do meio externo vem de grande ajuda, como a iluminação natural. Seu objetivo é causar sensações únicas nas pessoas, de modo que elas se sintam acolhidas e usufruem dessa edificação. O estruturalismo, surgido através da linguística, leva em consideração identidade dos habitantes, o que é discutido até hoje, já que muitas pessoas não se reconhecem nos espaços urbanos em que estão inseridas, não se sentindo representadas por eles. Ambos pensamentos criticam a Arquitetura Moderna.

Em 1980 surgiu a Arquitetura Contemporânea, derivada de pensamentos e movimentos da época, unindo todos os estilos arquitetônicos. Por isso ela pode ser considerada um estilo pluralista. Foi um dos primeiros estilos que levou em consideração o meio ambiente, pensando em materiais sustentáveis e áreas verdes para a população.

Atual crise ecológica urbana

Luta pelo direito a cidade

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