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A INTERVENÇÃO URBANA

Por:   •  12/12/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.671 Palavras (7 Páginas)  •  240 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

Neste projeto, buscamos apresentar de forma sucinta a importância da arquitetura na vida do cidadão e como ela interfere diretamente na nossa qualidade de vida, destacando pontos de acessibilidade e inclusão social através da arquitetura.

É direito de todo cidadão a qualidade de vida, moradia digna e acesso à saúde. Quando falamos em qualidade de vida, tratamos também do ambiente em que o cidadão vive, frequenta, passeia, ou ocasionalmente observa.

A inclusão social tem se consagrado no mundo ocidental, especialmente a partir da década de 1980. Gradativamente as sociedades democráticas vêm defendendo a inclusão social como direito de todos em relação aos diversos espaços sociais.

Inclusão social: “Inclusão social é o conjunto de ações que garante a participação igualitária de todos na sociedade, independente da classe social, da condição física, da educação, do gênero, da orientação sexual, da etnia, entre outros aspectos”.

Quando abordamos o assunto sobre inclusão social, precisamos falar também em qualidade de vida de uma cidade e determinamos que ela é medida pela dimensão da vida coletiva que está expressa nos seus espaços públicos dispostos democraticamente pela cidade.

O espaço público de uma cidade é o lugar do lazer, do descanso, da conversa corriqueira, da livre circulação, da troca e, sobretudo, da possibilidade do encontro com o outro.

Na última Idade da humanidade, em todo o globo terrestre, as cidades cresceram demasiadamente e, em grande parte, desorganizadas. Pelo excesso de pessoas habitando um mesmo local, a qualidade de vida desta população urbana é constantemente ameaçada.

A função social da cidade constitui um importante princípio para o alcance desta qualidade de vida. A necessidade de seu cumprimento está descrevida na Constituição Federal de 1988. Por outro lado, o planejamento urbano é uma ferramenta que tem como função garantir o cumprimento deste princípio. Deste modo, existe uma interdependência entre estes dois institutos, quais sejam, o planejamento urbano e o princípio da função social da cidade. Com a implantação adequada dos instrumentos do planejamento urbano, dos quais o Município tem à disposição os descritos no artigo 4º da Lei nº 10.257/01 – o Estatuto da Cidade –, é possível alcançar o equilíbrio entre a sociedade, a economia e o ambiente natural e proteger, não somente, a qualidade de vida dos que habitam a urbe, mas o planeta.

Em uma análise geral, o ser humano passa a maior parte do seu dia em um ambiente fechado, seja ele sua casa ou seu ambiente de trabalho. Por questões de segurança, privacidade e até mesmo climáticas, esses ambientes são fechados, com iluminação artificial e aberturas comuns, como janelas, portas, ou algum outro elemento arquitetônico que contribua para iluminação e ventilação.

O ambiente externo e as questões sociais são fatores determinantes na arquitetura. Arquitetura não é apenas dizer se é bonito ou feio, isso, são termos relativos. Arquitetura influencia sua percepção com o mundo, traduz sentimentos e envolve emoções. Os espaços nos transmitem sensações. E, sejam elas, boas ou ruins, interferirão na nossa atmosfera física, mental e emocional.

Um ambiente hostil, deprimente e com cores escuras, dificilmente é atraente aos olhos humanos. Aquele espaço sem vida, sem iluminação ou até mesmo sem organização, passa ao observador um sentimento de tristeza, abandono e depressão.

Um bom projeto de espaço público não depende apenas de uma boa execução técnica; também deve ser o espaço certo, no lugar certo e para as pessoas certas. A cidade precisa ser vista sob seus múltiplos aspectos, sejam eles físicos, sociais, econômicos ou culturais. E é este olhar múltiplo que deve ser absorvido pelas políticas públicas, que também precisam ser acompanhadas por políticas sociais que exerçam o controle do processo especulativo que envolve as melhorias urbanas, para que a população local, sobretudo a de baixa renda, possa usufruir das transformações e não seja expulsa de seu local de origem. (Espaços públicos – Diagnósticos e metodologia do projeto, Gatti Simone)

Para base deste estudo, alguns autores se fizeram necessários, como Lynch, Lefebvre, Gonçalves, Carlos Medellin.

Para Lynch, a reflexão sobre as fronteiras entre o “real” e o “imaginado” é considerada que a imagem é formada pelo conjunto de sensações experimentadas ao observar e viver em determinado ambiente. E assim as imagens do meio ambiente resultam desta relação entre o observador e o seu habitat, seu meio. Temos a oportunidade de transformar o nosso novo mundo urbano numa paisagem passível de imageabilidade: visível, coerente e clara. Isso vai exigir uma nova atitude de parte do morador das cidades e uma reformulação do meio em que ele vive. As novas formas, por sua vez, deverão ser agradáveis ao olhar, organizar-se nos diferentes níveis no tempo e no espaço e funcionar como símbolos da vida urbana”

O método regressivo-progressivo, cuja concepção (como o próprio Lefebvre assinala), visa compreender a gênese do presente, partindo sempre do atual em direção ao passado, não apenas para explicar o passado, mas, sobretudo, para esclarecer os processos em curso no presente que apontam para o futuro. Para Lefebvre, a cotidianidade moderna se resume a uma constante programação de hábitos sempre direcionados para a produção e o consumo, produzindo uma “sociedade burocrática de consumo dirigido” (Lefebvre, 1980, p. 47).

Carlos Medellin é arquiteto e pesquisador em Bogotá, Colômbia. Trabalha como Diretor de Concursos e Projeto Conceitual na Equipe Mazzanti, um estúdio de arquitetura que se concentra em projetos que buscam um maior impacto social. Em paralelo, ensina sobre questões urbanas e arquitetônicas na Universidade Javeriana e realiza pesquisa vinculada ao South American Project da Harvard University. Tem interesse especial em áreas urbanas - relações humanas com a paisagem urbana e as pegadas resultantes no ambiente construído. Arduamente defende a importância da arquitetura na qualidade de vida do cidadão e a inclusão social que ela traz consigo através de projetos específicos que melhorem determinada área e população.

Nossa pesquisa visa a importância da arquitetura. Para este tema, buscamos fontes de inspiração autores que defendem na arquitetura o princípio para alcançar uma qualidade de vida digna aos habitantes.

Para esta pesquisa, fontes como, livros, internet, artigos e visitas ’in loco” foram utilizadas. Com fontes, vídeos e citações de autores que defendem a inclusão social, a acessibilidade nas cidades e como a Arquitetura influencia

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