A Importancia do planejamento urbano para o crescimento da cidade

A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO URBANO PARA O CRESCIMENTO INTEGRADO DA CIDADE

Giseli Pelissari Dalbosco¹

RESUMO

Este artigo tem como objetivo discutir sobre a necessidade de planejar uma cidade, já que esse é um dos maiores problemas que as cidades brasileiras enfrentam, pois, a grande parte delas não possuem planejamento para suportar o crescimento. Esta problemática envolve a questão ambiental, social e econômica de um determinado local. Concluiu-se que é preciso fazer valer o Estatuto da Cidade, através da gestão e do planejamento, pois assim será possível ordenar a ocupação do espaço urbano para que a infraestrutura possa acompanhar tanto o crescimento territorial. Contudo percebe-se que muitos precisam ser pensados além de soluções de curto prazo para situações imediatas.

 Palavras-chave: Planejamento Urbano, urbanismo, organização do espaço urbano.

1. INTRODUÇÃO

De acordo com Fernando, Diego 2012 As cidades são espaços de encontro, de convivência, de história, cada qual com suas singularidades, fruto da ocupação e produção espacial, o que proporciona diferentes atratividades sob a perspectiva turística, mas que, antes disso, devem ser locais adequados ao convívio em sociedade, apresentando qualidades sociais, culturais e ambientais que atendam às necessidades da população e estimulem a visitação.

O planejamento urbano busca a melhoria melhorias na cidade, através de estudos e planos diretores, que tratam da forma de ocupação do espaço e sua estruturação. É um processo que desenvolve soluções visando melhorar certos aspectos na área urbana.

 “Os conceitos de planejamento urbano ou plano diretor não existiam no Brasil nem no século passado nem no início deste. O Plano Agache, do Rio de Janeiro, datado de 1930, é, no nosso conhecimento, o primeiro plano a apresentar a expressão plano diretor. Da mesma forma as expressões urbanismo e plano urbanístico não existiam no século passado” (9) “Os conceitos de planejamento urbano ou plano diretor não existiam no Brasil nem no século passado nem no início deste. O Plano Agache, do Rio de Janeiro, datado de 1930, é, no nosso conhecimento, o primeiro plano a apresentar a expressão plano diretor. Da mesma forma as expressões urbanismo e plano urbanístico não existiam no século passado.” (VILLAÇA, Flávio. “Uma contribuição para a história doo planejamento urbano no Brasil”, 2004, p. 188)

A cidade deve ser estudada em um conceito intra- urbano, isto é, deve considerar todo o seu entorno, não somente uma área central. A cidade é formada por uma relação e não espaços individuais. Esta é uma das maiores problemáticas da cidade, uma região mais central é considerada desenvolvida e fonte de esperança de grande oportunidade, no entanto todos sabemos que não é exatamente assim que acontecem, dados e pesquisas comprovam que as áreas periféricas são as que mais crescem dentro da cidade.

Consequências geradas pela falta do planejamento urbano

A ausência de um bom planejamento afeta a todos, podendo gerar engarrafamento, superlotação de áreas periféricas, aglomeração em determinados locais, inchaço da cidade, desemprego, desigualdade social até mesmo violência. Quando nos damos conta a cidade se torna um local insuportável, um verdadeiro caos, parece que todos resolveram ir para o mesmo local, as pessoas começaram a habitar locais inadequados com elevadas declividades, praças, viadutos. Todos esses problemas formam uma teia, todos estão diretamente ligados uns aos outros

O planejamento urbano deve vir para “prever” futuros problemas e evitar que eles aconteçam, nos dias atuais não é assim que se procede, grande parte deles são resolvidos com a criação de novos, um bom exemplo disso é a verticalização exacerbada que ocorre pela falta de espaço para crescimento na horizontal. Quando existe um planejamento da cidade, é necessário que a população se adapte ao projeto e para que isso se cumpra é de extrema importância o apoio do poder público na cobrança das leis e diretrizes traçadas pelo plano diretor.

“A cada dia fica mais evidente a tendência do poder público relegar ao segundo plano as atividades permanentes de planejamento urbano. Pensar e atuar na cidade de forma abrangente e integrada vem sendo substituída por intervenções pontuais localizadas. Observa-se, contudo, que esse tipo de intervenção pode gerar, também, impactos negativos em outras localidades. ” Fernando Luiz (2017)

Um aspecto que é muito afetado pela falta de planejamento é a mobilidade, o espalhamento da cidade faz com que as coisas fiquem muito distantes umas das outras, isso contribui e muito para o aumento da ineficiência das condições de mobilidade, já que as vias da cidade não acompanham esse crescimento.

Zoneamento Urbano

De acordo com Maria José Pimentel (2013), na linguagem comum zoneamento é o ato ou efeito de zonear, dividir por zonas; divisão nacional de uma área urbana em setores reservados a certa atividade.

O zoneamento é uma peça fundamental para um planejamento bem feito, é através dele que a cidade é dividida em várias zonas, delimitando espaços geograficamente, determinando um uso para cada área. Cada uma delas possui leis e diretrizes diferentes. De modo que a cidade tenha condições de manter a qualidade social, econômica e ambiental,

“É importante frisar que para elaboração dos Planos Diretores, e por consequência do instrumento de zoneamento é indispensável a participação dos cidadãos locais, já que a ordenação do espaço está diretamente ligada as pessoas que vivem naquele lugar. ” Dorneles, Ana Cláudia (S/A)

Com o crescimento das cidades e o desenvolvimento das mesmas, o zoneamento urbano tornou-se mais complexo e, criou alguns instrumentos de intervenção urbanística, isto é, definiu de forma específica as zonas para receber residências, indústrias e comércio, como forma de equilibrar a cidade, mas, sobretudo obedecendo as características de cada lugar, as necessidades dos habitantes e os potenciais de cada cidade.