A Resenha a Retórica do Barroco
Por: rafaelabms • 28/6/2020 • Resenha • 844 Palavras (4 Páginas) • 505 Visualizações
RESUMO DO TEXTO
É através do “Capítulo IX – A Retórica do Barroco” que Summerson nos apresenta a arquitetura como uma linguagem, ainda que o “latim arquitetônico” não seja tão bem compreendido pelo ser humano diferentemente das distorções no corpo humano criado por Miguel Ângelo. Com o objetivo de conceituar o barroco, ele faz uma análise de tal período por meio de comparações entre obras e artistas, barrocos e renascentistas utilizando-se dos meios comuns da época. Também faz uma análise sobre o termo maneirismo.
ANÁLISE
Sir John Newenham Summerson (1904-1992) é considerado um dos maiores historiadores da arquitetura britânica do século XX. Formou-se em 1928 na University College London. Em sua atuação destacam-se os papeis de professor na University of Oxford e o de membro da Royal Commission on the Historical Monuments of England, e entre suas obras estão Georgian London (1946), Architecture in Britain, 1530-1830 (1953) e A Linguagem Clássica da Arquitetura (1964).
O autor busca retratar sobre o surgimento do maneirismo entrelaçando sua teoria na não classificação de um estilo arquitetônico e sim no debate elevado da interiorização do seu próprio discurso, evoluindo ao “estado de espírito” vivido em uma determinada época. A vida imita a arte, e essas maneiras da singularidade do gênero concretiza as artificialidades enunciadas por ele. Nesta perspectiva, suas manifestações são infinitamente variantes, e o autor nos evidencia ao analisar diversas obras no percurso da leitura capítulo.
Nesta retórica, ele reforça o fato de considerar e apresentar a arquitetura como uma nova linguagem, destacando a importância do “saber até que ponto o maneirismo deu novas cores à linguagem arquitetônica” e relata por meio do mesmo um novo vocabulário enriquecido para a arquitetura através dos seus estilos e maneiras. É necessário criar uma linguagem arquitetônica, tendo em vista durante o processo de aprendizagem onde poucos realmente conhecem e compreendem a parte mais antiga dela.
A paisagem barroca, então, é materialidade triunfante de sentidos impressos ao território; perfaz expressão particular da transformação da natureza dentro de uma visão totalizadora da história movida pela economia mundial, cujo espírito enaltece-se na objetividade econômica que passa a ser subjetivada na arte. Nesse aspecto, a paisagem torna-se algo esteticamente presente no olhar de um contemplador sensível e sentimental, o qual pode ou não reconhecer campos diante da cidade, o rio enquanto fronteira, enquanto tais, como paisagem (RITTER, 2011, s.p.)
Segundo Ritter o barroco é a nova roupagem de um estilo arquitetônico. A evidenciação das características deste período é concretizada por meio da visão que totaliza toda a historiografia da arte. A subjetividade permeia pelo o indivíduo, que outrora torna-se capaz de identificar a beleza da arte barroca pelo senso crítico formado durante seu percurso filosófico.
A arte religiosa e os traços do barroco caracterizam a liberdade de criação do artista. E estas diferentes expressões adotam uma nova concepção organizacional significante no complexo arquitetônico, influenciando as cidades e movimentos literários de forma concisa na estética habitual.
Ao contrário, essa paisagem barroca faz-se memória estética nacional por ser elemento de conexões permanentes, parte de uma totalidade que se reproduz em consonância com a totalidade histórica do Absolutismo, do Mercantilismo, do Bulionismo e da nobilitação do urbano, em resumo, essa paisagem barroca memória estética nacional parte da empresa colonizadora desde a Península Ibérica e atinge o fazer de uma arte turística internacional, na atualidade. Deve-se questionar, todavia, se a paisagem e o território despontam como referências de identidade coletiva e/ou capital simbólico; fundamento material e subjetivo da homogeneidade-heterogeneidade cultural e econômica nacionais, em cada cidade que guarda a arte barroca (COSTA, 2016, s.p.)
...