A Resenha do Livro a Linguagem Clássica da Arquitetura
Por: Rafaela Souza • 1/2/2022 • Resenha • 535 Palavras (3 Páginas) • 195 Visualizações
SUMMERSON, John. Do Clássico ao Moderno. In: SUMMERSON, John. A linguagem clássica da arquitetura. 4º Ed. 2006, São Paulo, Martins Fontes.
Rafaela de Lima Souza Pereira
O capítulo 6 do livro “A linguagem clássica da arquitetura” tem como objetivo principal apresentar a transição da arquitetura clássica para o modernismo, emergindo no período das grandes guerras mundiais. Ademais, neste capítulo somos apresentados a novos conceitos do século XX, tendo em vista as técnicas construtivas e materiais contemporâneos da era industrial, os quais substituíram os elementos característicos do neoclassicismo, dando lugar a fachadas compostas por aço e blocos de concreto.
John Summerson aplica em sua tese a transição histórica que a arquitetura teve até o modernismo, destacando cada movimento antecessor e o legado deixado para as próximas gerações. Summerson nos mostra também que os arquitetos modernistas baseavam-se na arquitetura clássica e o desejo de repaginar suas principais características para os períodos atuais.
Segundo Summerson, Behrens foi um dos responsáveis por utilizar o aço na estrutura de seus projetos industriais, ainda que fosse em um período de crise econômica. A arquitetura moderna já não possuía a mesma função estética, com grandes detalhes na fachada, colunas ornamentadas e frontões (p.114)
Le Corbusier foi um dos responsáveis por propagar uma arquitetura industrial liberal, sendo possível ter formas mais excêntricas e vãos abertos, distanciando-se do neoclássico (p.115). A partir desse momento, a arquitetura clássica perdeu grande parte de sua influência, visto que a estética ornamental não se adequava ao período de crise financeira; os arquitetos e engenheiros passaram a idealizar projetos funcionais e viáveis, abstendo-se de fachadas esteticamente luxuosas
(p.117).
Entretanto, assim como os movimentos anteriores, o modernismo sofreu com críticas e enfraqueceu em 1980. Muitos acreditavam que o modernismo não possuía a maestria e exuberância dos séculos passados, tendo em vista a sua característica rústica e sem detalhes chamativos, preservando a funcionalidade e racionalidade
(p.118).
O texto aborda a relação da arquitetura clássica ao moderno e a sua forte influência nas formas da edificação, dando origem a movimentos como Artes e Ofícios, Purismo e a École des Beaux-Arts. Neste capítulo vemos que grandes nomes do modernismo preservaram do neoclassicismo a geometria e simplicidade da forma, bem como a busca pela simetria. Porém, para Le Corbusier a verdadeira inspiração veio do movimento cubista e da renascença, onde aplicou em seus projetos e originou o conceito de módulo, a qual todas as formas de um projeto seriam padronizadas.
No capítulo “Do clássico ao moderno” o autor John Summerson cita grandes influências no modernismo, sendo eles Le Corbusier, Auguste Perret, Ledoux, Karl Friederich Schinkel, Peter Behrens, Viollet-le-Duc e Charles Garnier.
Após a análise do capítulo 6 do livro de Summerson, percebe-se a importância de cada movimento para a história, e por mais que hajam críticas aos seus conceitos, grande parte de suas características foram utilizadas nos séculos posteriores. O modernismo foi importante para a história porquanto trouxe uma nova concepção arquitetônica funcional, garantindo a otimização dos materiais e funcionalidade.
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