RESENHA A LINGUAGEM CLASSICA NA ARQUITETURA
Por: Gabrielle Barcelos • 9/10/2022 • Resenha • 1.058 Palavras (5 Páginas) • 230 Visualizações
O livro A Linguagem Clássica da Arquitetura escrito por John Summerson, tem o objetivo de mostrar o uso da linguagem arquitetônica clássica, assim mencionando as características padronizadas que define determinada edificação.
Em seu primeiro capítulo, A essência do classicismo, summerson considera que todos os seus leitores possuem conhecimentos gerais sobre o classicismo. Assim apresenta as diferenças elementares que leva o edifício ser denominado clássico ou não.
Para ele a palavra ‘’Clássico’’ possui apenas dois significados: o primeiro, para mostrar que o edifício é clássico ele deve conter elementos decorativos que derivam diretamente ou indireta do se vocabulário arquitetônico. Segundo ele, estes elementos são reconhecíveis, por exemplo, por seus cinco ordens, de padronização de colunas que são empregadas de forma padronizada, o tratamento de padronização de aberturas e frontões e as series padronizadas de ornamento que são empregadas nos edifícios clássicos.
As “ cinco ordens’’ que são descrita no livro são: Toscana, Dórica, Jônica, Coríntia e Compósita. As quatro ordens aparecem a primeira vez nos livros de Vitrúvio, no qual ele considera que as ordens possuem personalidade pré definidas, para ele a ordem dórica representava proporção, força e graça do corpo masculino, o jónico pela esbelteza feminina e o coríntio por imitar a figura delgada de uma menina. A quinta ordem só apareceu no livro de “ Leon Battista Alberti, só após de um século que se tornou simbólica e é um exemplo perfeito do Classicismo.
No seu segundo capítulo “A Gramatica Da Antiguidade’’, com as ordens familiarizadas, John começa a tratar sobre a sua utilização. As ordens são colunas com pedestais, que são usadas para sustentar vigas de apoios para telhados, elas são utilizadas nas construções de templos .Na modernidade não seria normal misturar as colunas com os arcos, abóbodas, janelas e portas porque já não iria se tratar mais de templos, mas sim o caminho indicado pelo bom senso da modernidade.
Os Romanos adotaram arcos e abóbodas em seus edifícios públicos e fizem questão de empregar as ordens da forma mais visível possível. Apesar das ordens serem insignificativas , quando tratadas de forma correta, elas controlam toda a edificação , deixando os edifícios expressivos. O autor cita que não basta pendurar as colunas, entablamentos e frontões em uma estrutura, mas a estrutura devem estar integrados formando um todo.
As colunas podem ser introduzidas de varias maneiras, as colunas isoladas possui função estrutural, já que está suportando algo. As colunas destacadas, acompanham uma parede na qual não encostam , mas onde seu entablamento se engasta, as colunas três quartos e meias colunas , são semelhantes, possuindo seu diâmetro embutido na parede e as pilastras são representações planas de colunas, assim formando um relevo na parede.
Em seu livro, o autor também comenta sobre alguns edifícios arquitetônicos romanos, em foco o Coliseu, mostrando toda a sua complexidade, sendo composto no local quatro tipos de ordens: dórica no andar inferior; jônica, em seguida coríntia; no ultimo lugar aberto, e no andar superior uma ordens indeterminada que só existe no coliseu. Ele também mostra como as ordens são estabelecidas nos edifícios, e que cada ordem define o visual do edifício.
E no final do capitulo ele finaliza dizendo que a reprodução das ordens é algo incerto, não podo simplesmente copiar deve e sim utilizar como uma referência, em seguida mostra imagens mostrando tudo que foi descrito no capitulo.
Em seu terceiro capitulo, A linguística do século XVI, mostra como o funcionamento gramatical da arquitetura clássica foi utilizada por alguns inovadores do século XVI.
Começando por Donato Bramante, a razão pelo seu começo é o fato de ter sido o arquiteto que restabeleceu a gramatica de Roma antiga em edifícios de grande importância. Também cita dos seus antecessores: Alberti, que criou o modelo perfeito de igreja clássica a partir do arco triunfal Romano e Brunelleschi, que deu nova vida a ordem coríntia nas naves de suas igrejas florentinas.
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