A Sustentabilidade Urbana
Por: graziellad • 23/1/2020 • Artigo • 3.583 Palavras (15 Páginas) • 345 Visualizações
Nome | Ana Clarisse Mendes de Almeida |
Título | Infraestrutura Urbana |
Edição | 1ª ed. |
Data | ABRIL/2015 |
Páginas | 13-204 |
Referência | MASCARÓ, Juan Luis; YOSHINAGA, Mário. Infraestrutura urbana. Porto Alegre: Masquatro, 2005. 207 p. |
Resumo:
O livro escrito pelo engenheiro Juan Luis Mascaró em parceria com o arquiteto Mário Yoshinaga é uma nova versão atualizada do livro publicado há mais de 20 anos, Desenho Urbano e Custos de Urbanização.
O livro traz a visão do autor sobre as infraestruturas urbanas, relacionando-as com os impactos ambientais e paisagísticos que eles geram.
O autor faz uma classificação de cada sistema, caracterizando-os e coloca ainda os problemas de implantação e custos, além de soluções alternativas para certas situações.
No primeiro capítulo ele dá alguns conceitos gerais e classificações e custos dos sistemas de infraestrutura urbana (sistema viário, sistema sanitário, sistema energético e sistema de comunicações). No segundo capítulo ele faz um apanhado geral da história da infraestrutura urbana e mostra sua evolução ao longo dos anos. Do capítulo 3 ao 8 ele fala detalhadamente sobre cada rede que compõe a infraestrutura urbana, escreve como cada uma funciona e dá exemplos de como seria melhor aproveitada. No capítulo 9, fala da infraestrutura urbana de grande porte e usa São Paulo como exemplo, por fim no último capítulo fala sobre a morfologia e infraestrutura urbana de modo geral.
Anotações:
Conceitos Gerais:
“O espaço urbano não se constitui apenas pela tradicional combinação de áreas edificadas e áreas livres, intimamente relacionadas entre si ou fragmentadas e desarticuladas, conforme o caso. Do espaço urbano também fazem parte as redes de infraestrutura que possibilitam seu uso e, de acordo com sua concepção, se transformam em elemento de associação entre a forma, a função e a estrutura.” (pág. 13)
“Classificação das redes segundo sua função: sistema viário – compõe-se de uma ou mais redes de circulação, de acordo com o tipo de espaço urbano, para receber veículos automotores, bicicletas, pedestres, etc.” (pág. 13)
“É o mais caro do conjunto de sistemas urbanos, já que normalmente abrange mais de 50% do custo total de urbanização; ocupa uma parcela importante do solo urbano (entre 20 a 25%); uma vez implantado, é o subsistema que mais dificuldade apresenta para aumentar sua capacidade (...) é o subsistema que está mais vinculado aos usuários (...)” (pág. 13 e 14)
“Sistema sanitário – é formado por duas redes simétricas e opostas: a rede de abastecimento de água potável e a rede de esgoto (...)” (pág. 15)
“Sistema energético – é constituído também, fundamentalmente, por duas redes: a rede de energia e de gás. (pág. 16)
“A rede elétrica pode ser aérea ou subterrânea, sendo esta última a solução mais cara. Nas áreas urbanas de baixa densidade e nas de pouco poder aquisitivo, a rede elétrica aérea é a solução obrigatória pelo seu menor custo, embora produza poluição visual e apresente menor segurança que a subterrânea.” (pág. 16)
“Sistema de comunicações – é integrado por: uma rede de telefone (atualmente elemento principal do sistema); uma rede de televisão por cabo; uma rede de correio pneumático (...)” (pág. 16 e 17)
“As redes de infraestrutura urbana, para constituir um sistema harmônico, devem ser concebidas como tal, ou seja, como um conjunto de elementos articulados entre si e com o espaço urbano que as contenha.” (pag. 17)
“Os níveis usados para localizá-las (as redes de infraestrutura) e que dão origem à classificação por localização são os seguintes: nível aéreo (... onde se localizam as redes de energia elétrica e telefônica...), nível da superfície do terreno (ocupado pelos diferentes tipos de pavimentos...) e nível subterrâneo (aí se localizam as redes de drenagem pluvial, esgoto, gás e quando essa é a posição escolhida, as redes de eletricidade e telefônica...)” (pág. 18)
“As deficiências de infraestrutura reduzem a qualidade de vida e prejudicam a produtividade, diminuindo a renda das pessoas. Um dos maiores desafios do crescimento equilibrado e duradouro das populações é provê-las de serviços urbanos em quantidade e qualidade suficientes.” (pág. 21)
“Este primeiro grupo aparecerá por toda a cidade (sistema viário, sistema sanitário, sistema energético, sistema de comunicações). Pode-se dizer que sem eles não há cidade, ou seja, urbanizar uma área sem considerar eventuais correções topográficas demandará um investimento mínimo na ordem de 120 a 140 mil dólares por hectare para dotá-la de pavimento, drenagem pluvial, água, esgoto, eletricidade, gás, telefone TV a cabo (o que se poderia chamar de urbanização básica).” (pág. 22)
“No segundo grupo estão as que se pode chamar de infraestruturas de grande porte, encontradas apenas nas grandes urbanizações. São, em geral, extraordinariamente caras e só se justificarão em condições excepcionais (trens metropolitanos e anéis rodoviários)” (pág. 22)
História da Infraestrutura urbana:
“O desenvolvimento e a implantação de redes de infraestrutura são tão antigos quanto a evolução das cidades. Desde a antiguidade até hoje os serviços de infraestrutura vêm acompanhando as diferentes etapas pelas quais as cidades passaram até chegar à atualidade.” (pág. 24)
“Em matéria de redes sanitárias, Jerusalém e Roma são dois exemplos da antiguidade interessantes de serem analisados. Roma, particularmente, contava com um excelente sistema de abastecimento de água.” (pág. 24)
“O abastecimento de água trouxe a preocupação pela eliminação dos líquidos residuais. Há indícios de que egípcios, babilônios, assírios e fenícios tinham redes de esgoto; mas a primeira rede claramente organizada que se conhece é a de Roma, composta de uma série de ramais que se unem até formar uma coletora mestra que, com um desenho relativamente similar aos aquedutos, levava pra longe as águas servidas.” (pág. 27)
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