ACSELRAD, Henri. Sentidos da Sustentabilidade Urbana [fichamento]
Por: allinems • 13/2/2022 • Trabalho acadêmico • 787 Palavras (4 Páginas) • 150 Visualizações
CIDADE E NATUREZA
Fichamento 1
ACSELRAD, Henri. Sentidos da Sustentabilidade Urbana. In: Acselrald, Henri. (org)A duração das cidades: sustentabilidade e risco nas políticas urbanas. Rio DE Janeiro, DP&A, 2001, p.27-55.
Diversas matrizes relacionadas a sustentabilidade urbana têm sido abordadas, a saber: a) desvincular economia (como produção com outra ordem de valores) e capital (ligada aos valores monetários); b) Escala/limite ao crescimento econômico; c) Equidade (Justiça/Ecologia); d) Autossuficiência (regulação e independência); e e) Ética (valores para manutenção da vida). Desenvolvimentistas e ecologistas tem debatido em torno desses pontos, trazendo inúmeras teorias sobre sustentabilidade sempre encerrada numa construção social (e cultural) dependente de uma perspectiva específica (a serviço de interesses diversos e específicos). Assim, na parcialidade do olhar de uns, surgirá uma autoridade que diga o que é bom e o que não é, conflitando com outras perspectivas sobre o tema.
Fatores temporais – que comparam o passado-presente e o presente-futuro vem construindo a relatividade da sustentabilidade, fazendo com que a percepção de impacto seja obtida através de possíveis causas. Ou seja, o futuro é estabelecido a partir de lógicas do presente.
Eixos discursivos
- Ecoeficiência
Equilíbrio entre produção e consumo dos recursos do planeta. Estabelecimento de medidas compensatórias mediante impactos ambientais promovidos por empresas e cidades que estejam em plena competitividade com outras. Elevação de taxação sobre prejuízos ambientais levam ao declínio da empregabilidade e renda, uma vez que destituem financeiramente o mercado.
Eficiência com suficiência: substituição da abundância universal pregada pelo neoliberalismo para o crescimento constante da demanda e o mercado em franca expansão. Outra corrente menciona que é necessário um controle de produção e de população, podendo chegar a limitação de crescimento de acordo com o padrão socioeconômico de uma sociedade. Buscar equilíbrio de desenvolvimento entre países ricos e pobres através de critérios éticos.
Indissociabilidade entre as dimensões da justiça ambiental e social – como tratar diante de questões como desigualdade distributiva, dependência financeira, desigualdade no controle dos mecanismos do comércio e dos fluxos de tecnologia. Partilha da prosperidade em medidas compensatórias com países pobres.
Relação de direito entre gerações do passado, do presente e do futuro. Produção e gestão de processos autossuficientes. Competitividade como potencializador de impactos ambientais e globais. Ética e a produção e manipulação de tecnologia avançada em sistemas industriais, como uso de energia nuclear, manipulação de materiais genéticos, etc.
Ecocracia emergente: cidade-empresa atribuindo-se o selo de “cidade sustentável” como elemento competitivo para atração de investimentos.
- Equilíbrio metabólico
Racionalidade eco-energética nas cidades vistas como fluxos de energia e continuidade material de estoques, num metabolismo linear (fordismo). Cidades vistas como um vetor de consumo de espaço, energia e matérias-primas, e um vetor de produção de rejeitos.
O metabolismo circular como plataforma de transformação de energia (cada vez menor) em trabalho (ampliação de resultados). Como a distribuição espacial de pessoas e serviços afeta isso? Redistribuição espacial de recursos e população no espaço urbano? Descentralização das funções metropolitanas e deslocamento das populações metropolitanas para áreas periféricas (sub-centros)? Resiliência e condição de adaptabilidade.
Ações em equilíbrio com a natureza são na verdade oportunidades de desenvolvimento social e econômico a partir de novas bases conceituais (educação ambiental, consciência ecológica, economia da reciclagem).
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