A UTILIZAÇÃO E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS EM DRY WALL
Por: Alexandra Vieira • 19/11/2022 • Pesquisas Acadêmicas • 2.642 Palavras (11 Páginas) • 109 Visualizações
A UTILIZAÇÃO E TÉCNICAS CONSTRUTIVAS EM DRY WALL
Eroni Bitencourt[1]
1 INTRODUÇÃO
As tecnologias utilizadas na construção civil objetivam o uso de materiais que ofereçam maior resistência e que estejam adequadas com relação ao seu custo (RIBEIRO, 2011). A atualização desses produtos utilizados para construção tem sido uma exigência da sociedade, diante da necessidade das empresas em manter-se sólidas com custos reduzidos, mantendo a qualidade.
Nesse cenário, o grande desafio da construção civil é encontrar produtos que exijam menor manutenção, de baixo custo e que promovam agilidade do serviço. Assim, o sistema DryWall, método este que engloba o uso do gesso acartonado, tem representado uma grande solicitação em edificações (TANIGUTI, 1999).
Essa tecnologia já é amplamente utilizada em países da Europa e América do Norte, há mais de 100 anos atrás. No Brasil, o uso do sistema DryWall passou a ser empregada nos anos 70, e posteriormente em maior escala no século XXI (RIBEIRO, 2011).
O gesso acartonado tem sido utilizado principalmente na aplicação de divisórias internas, substituindo a alvenaria de vedação interna em construções com estrutura de concreto armado. Essa nova metodologia apresenta as mesmas funções da alvenaria convencional, porém com menor tempo para execução. O resultado final no uso do gesso acartonado apresenta-se favorável, visto que ele também pode ser pintado, sem a necessidade de preparação da alvenaria, por exemplo (MITIDIERI, 2009).
O seu uso na construção civil apresenta vantagens como ser resistente a fogo e umidade. Além disso, o seu uso promove uma redução no tempo de serviço e desperdício de material. E, por ser de fácil aplicação, tem-se uma redução na mão de obra, tornando-se economicamente mais vantajoso.
Dessa forma, o presente trabalho tem como objetivo explanar sobre o uso da técnica construtiva Dry Wall, evidenciando seus benefícios para a construção civil e como ele pode proporcionar melhor custo-benefício nas edificações.
2 METODOLOGIA
O presente estudo caracteriza-se por ser uma revisão da literatura. Constituem-se no estudo dos mais variados métodos disponíveis de pesquisas. É a forma de melhor abordar a situação a que se coloca o pesquisador (GIL, 2008). Para ideal estrutura do trabalho, ele irá adotar a metodologia exploratória, buscando em documentos referência no assunto o posicionamento sobre o assunto pesquisado.
A pesquisa bibliográfica se faz necessária para o embasamento das futuras pesquisas, pois utilizando dados já documentados o pesquisador tem condições de construir uma adequada fundamentação teórica para futuras publicações. Estar atento às fontes e analisar com profundidade as informações que se utiliza, também se torna importante para que não haja desvios nos resultados (GIL, 2008).
Esse trabalho apresenta, quanto à análise dos dados, uma abordagem qualitativa. Na visão de Gil (2008), a pesquisa qualitativa não mostra nenhum interesse estatístico na análise do problema aplicado. Na pesquisa qualitativa demonstra-se a existência do problema que foi investigado com um enfoque diferente, com isso precisando da metodologia qualitativa.
Para a construção do trabalho buscou-se publicações a respeito da temática do sistema construtivo DryWall, com o intuito de identificar as principais características bem como suas vantagens e desvantagens.
3 DESENVOLVIMENTO
3.1 HISTÓRICO E CARACTERÍSTICAS
O uso do gesso acartonado teve seu uso iniciado em 1898, Estados Unidos por Augustine Sackett, diante da necessidade de atualização das vedações verticais. No Brasil, ele passou a ser utilizado somente a partir dos anos 90, após a aceitação do mercado brasileiro para esse tipo de produto (SILVA, 2001).
O termo “DryWall” tem origem da língua inglesa, que significa “parede seca”, e consiste em uma técnica diferenciada de construção, que permite algumas vantagens no que tange as questões financeiras bem como estruturais (MITIDIERI, 2009).
Segundo dados da Associação Brasileira de DryWall, ao avaliar os dados de consumo desse sistema no ano de 2015, observou-se que o Brasil se encontra com baixo índice de utilização, apesar desse material ser amplamente utilizado nos EUA, como mostra a figura 1.
Figura 1. Consumo do sistema DryWall no mundo
[pic 1]
Fonte: Associação Brasileira de DryWall (2015)
Segundo o que descreve Maciel, Barros e Sabbatini (1998), o sistema DryWall é
[...] um tipo de vedação vertical utilizada na compartimentação e separação de espaços internos em edificações, leve, estruturada, fixa ou desmontável, geralmente monolítica, de montagem por acoplamento mecânico e constituído por uma estrutura de perfis metálicos ou de madeira e fechamento de chapas de gesso acartonado.
O DryWall é um sistema utilizado na construção de paredes e forros, seja para ambientes internos ou externos. Ele é constituído de chapas de gesso, que são parafusadas em perfis de aço galvanizado, possuindo alta resistência mecânica e acústica (COMAT, 2012), conforme ilustrado na figura 2.
Figura 2. Esquema de vedação vertical em gesso acartonado.
[pic 2]
Fonte: Corsini (2011)
As chapas de gesso utilizadas na construção desse sistema possuem dimensões padrões de 120 centímetros de largura, e seu comprimento varia de 180 a 360 centímetros, e sua espessura mais comum é de 12,5 milímetros (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DRYWALL, 2011).
Ao serem construídas, as chapas são combinadas com massa de gesso bem como aditivos, e são prensadas entre duas lâminas, conforme figura 3. As chapas existentes no mercado podem ser de uso geral, resistente à umidade e resistente ao fogo (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DRYWALL, 2011).
Figura 3. Configuração do sistema construtivo DryWall
[pic 3]
Fonte: Associação Brasileira de DryWall (2015)
Segundo a NBR14715:2001, preconiza-se que as chapas de gesso acartonado tenham as seguintes especificações: marca/fabricante, lote de produção, tipo de chapa e borda, dimensões de chapa segundo o Sistema Métrico Internacional e as referências da referida norma.
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