A VERTICALIZAÇÃO URBANA
Por: Denilson Guimarães • 5/12/2018 • Artigo • 1.517 Palavras (7 Páginas) • 205 Visualizações
FACULDADES INTEGRADAS DE PATOS - FIP
CURSO ARQUITETURA E URBANISMO
DENILSON DO GUIMARÃES
NATHALY NAIELY
PIETRA VERAS
VERTICALIZAÇÃO URBANA
PATOS – PB
2018
Verticalização Urbana
A verticalização urbana é a apropriação do solo urbano, mudando o seu redor e proporcionando mudanças sociais e econômicas, principalmente na concentração populacional, desta forma um marco revolucionário nas cidades e um ícone de modernidade.
Fernando Cabalanos considera um edifício apenas aquela construção com quatro ou mais pavimentos. Partindo desta suposição de que a construção vertical consiste basicamente na produção desdobrada de pavimentos em um único terreno, então pode-se considerar um edifício qualquer imóvel que apresente este tipo de construção, independentemente da quantidade de pavimentos, ou seja, o que define a verticalização não é a quantidade de pavimentos, mas a natureza da produção, em que se reproduz, conforme o número de pavimentos, uma parcela do solo urbano (Santos, 2008).
A partir do século XXI intensificou a produção de edifícios para moradia, isso pode ser explicado pelo êxodo com destino a cidade, pela diminuição de terrenos nas metrópoles e pela invenção do elevador. No Brasil, a verticalização só ganhou reconhecimento nesta mesma época sendo direcionados apenas para algumas cidades. Um marco neste movimento foi a Constituição Federal de 22 de setembro de 1988 que tornou Lei o planejamento urbano. A principal contribuição da constituição para a arquitetura foi o Plano Diretor municipal, que tem como função ordenar o pleno funcionamento social da cidade e o bem-estar da sociedade. Conforme o parágrafo primeiro do artigo 182, da CF, o PDM é obrigatório para cidades com mais de 20 mil habitantes.
Verticalização em São Paulo
Além do Rio de Janeiro, São Paulo foi umas das primeiras cidades que contou com o processo de verticalização de seus edifícios, isso no ano de 1920. Em 1924, foi inaugurado primeiro grande edifício da metrópole do sudeste. Sampaio Moreira, presente no ANEXO A, contava com 12 andares e 50 metros de altura, ficou conhecido por influenciar várias outras obras e em seus arredores foi considerado o centro da cidade por um tempo.
Os grandes condomínios verticais surgiram da necessidade para uma cidade a infraestrutura e as conveniências estavam situadas principalmente nas regiões centrais.
Luiz Inácio de Anhaia Mello [arquiteto, ex-prefeito da cidade e o vereador autor da lei 5261] dizia com todas as letras que era contra as kitchenettes porque eram “anti-familiares”. Era uma mistura de elitismo com moralismo. Isso também contribuiu para encarecer o metro quadrado nas áreas centrais. Quando o poder público diz a incorporador que ele só pode fazer apartamento grande, isso só permite que só pessoas com aquele poder de compra ou investimento possam morar na área central. Quem não tem esse dinheiro vai construir uma casa na periferia. Até os anos 20, as classes mais pobres moravam em pensão ou quartos de aluguel, estavam dispostas a morar em áreas reduzidas para ficar no Centro. Em Tóquio é assim. O europeu mora em apartamento compacto. Aqui importamos uma fórmula americana, que faz sentido em um país rico onde todo mundo tinha carro e não faltava dinheiro para estrada. Aqui você condenou uma população enorme a gastar três horas no trânsito.
EDIFÍCIO COPAN, NA FASE INICIAL DE CONSTRUÇÃO NA DÉCADA DE 50
Fonte:https://www.nexojornal.com.br/incoming/imagens/copan_construcao.jpeg/ALTE
RNATES/LANDSCAPE_640/copan_construcao.jpeg
Durante muitos anos era possível encontrar diversas classes sociais presentes nesses condomínios, mas isso se perdeu com o tempo. O principal fator para que ocorresse a elitização desses espaços era o preço do metro quadrado e as leis impostas que impediam a construção de kitchenettes por serem “anti-familiares” com isso as moradias encareciam ainda mais e dificultava as classes menos favorecidas, com isso eram forçados a migrarem para periferias.
O edifício Itália, localizado na avenida Ipiranga é o segundo maior prédio Paulistano e o mais alto condomínio populacional. Com 165 metros de altura distribuídos em 46 andares e dezenove elevadores. Inaugurado em 1965, é protegido por patrimônio histórico por ser um marco na arquitetura verticalizada no país.
VISTA DO EDIFÍCIO ITÁLIA
Fonte: https://media-cdn.tripadvisor.com/media/photo-s/0d/75/ea/d5/edificio-italia.jpg
Todo esse desenvolvimento e verticalidade em São Paulo trouxeram algumas vantagens, sendo, no geral, algumas delas: crescimento social e econômico, o fornecimento de empregos e moradias, tudo em apenas uma parte do terreno.
Existe uma procura da população em querer se mudar para edifícios, visando alguns pontos, como: vistas admiráveis, a segurança, e também pela localização, no total existe um maior lazer, a verticalização promove mudanças no espaço urbano, social e econômico.
Para algumas empresas a verticalidade também trouxe vantagens, ganharam uma maior autonomia, independência, o domínio da própria tecnologia e um aumento dos lucros.
No entanto, também houveram muitas desvantagens, a verticalização por si só não é uma complicação, mas o aspecto que ela vem ganhando, um exemplo são os condomínios fechados.
Quanto maior o número de edifícios, maior a rugosidade, já que a verticalização influencia os ventos alterando a rugosidade natural ocasionando mudanças climáticas,
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