A arte da Ruação e a Cidade Luso-Brasileira
Por: Isac Medeiros • 5/9/2019 • Resenha • 416 Palavras (2 Páginas) • 801 Visualizações
MOREIRA, Rafael. “A arte da Ruação e a Cidade Luso-Brasileira”. Cadernos de Pesquisa do LAP 37, São Paulo: FAU/USP
BUENO, Beatriz P, Siqueira. “Desenhar” (Projetar) em Portugal e Brasil nos Séculos XVI-XVIII. Cadernos de Pesquisa do LAP 36, São Paulo: FAU/USP.
Isac Medeiros de Araujo – R3
Teoria da Arquitetura e Urbanismo I
Os dois capítulos abordam visões de processos que ocorreram no Brasil e Portugal, como se desenvolveram e as características do mesmo, trazendo as diferentes culturas e teorias, que resultam pela busca do aperfeiçoamento construtivo.
Beatriz Bueno em “Desenhar” (Projetar) em Portugal e Brasil nos Séculos XVI-XVIII” investiga o papel do desenho no trabalho dos engenheiros militares em Portugal nos séculos XV ao XVII.
Ela abrange um processo que evidencia mudanças graduais na construção do desenho e sua designação a partir da história. Analisando as origens dessa técnica, descobre-se que o desenho na época era tido como um instrumento de raciocínio, uma ciência fundamental para a realização de qualquer obra que tem intervenção. Mostrando o processo pelo qual o desenho arquitetônico passou no decorrer desses séculos, Beatriz expõe exemplos, instrumentos, métodos e códigos que foram empregados na produção dos desenhos portugueses.
Rafael Moreira em “A arte da Ruação* e a Cidade Luso- Brasileira” conduz as discussões em relação aos processos de urbanização em Portugal colonizadora, suas definições, problemáticas e os diferentes processos nas colônias sintetizando os modos de produção do espaço urbano colonial português, que influenciou o território brasileiro posteriormente, buscando explicar a evolução da maneira de entender; conceber; e fazer funcionar as cidades.
Moreira avalia as diferenças demográficas e sociais entre as vilas, cidades e aldeias. Diferenças que dificultaram o processo de urbanização que era necessário para Portugal na época. Além do que são abordados processos responsáveis por mudanças no espaço urbano colonial português como a Ordem de Cristo, que dava as ruas o formato de cruz. Também, o urbanismo Manuelino que pretendia alinhar a higienizar as cidades; o processo de Arruamento que visava ordenar e regularizar as ruas em quadras alinhadas em conjunto com espaços verdes.
Os dois capítulos enfatizam a importância de ambos no desenvolvimento da arquitetura e do urbanismo, salientando como há muitos séculos foram criados regimentos, procedimentos de criação, aprovação e execução de obras, mostrando como apesar de possuir denominações diferentes no passado, tanto a arquitetura quanto o urbanismo, já eram utilizados há muito tempo na concepção das cidades, buscando a melhor relação entre a utilização do espaço e a autonomia de cidade em relação ao ambiente inserido.
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