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Origens da Literatura Luso-brasileira

Por:   •  23/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.059 Palavras (5 Páginas)  •  308 Visualizações

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Origens da Literatura Luso-brasileira.

Daniel Conte

Nome (s):

ALINE TAMARA ALMEIDA;

ROBERTO JOAQUIM DA SILVA FILHO.

Responda as questões abaixo, baseando-se nas discussões de aula, nos textos teóricos disponibilizados e em pesquisa a ser realizada individual ou coletivamente.

  1. Quais as semelhanças e diferenças entre Auto da Barca do Inferno e A farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente. Descreva usando fragmentos que exemplifiquem sua posição.

Uma das principais diferenças entre as obras acima descritas de Gil Vicente é que o auto trata-se de uma peça teatral, na qual é representada com histórias que não possuem uma relação intrínseca entre si e, geralmente tratam de temas religiosos, colocando em evidência a relatividade destes assuntos, de forma satírica. Gil Vicente critica em suas obras a sociedade de seu tempo, o clero, a nobreza e o próprio povo. O homem, nas suas obras, é o centro do universo, é “a medida de todas as coisas”, marca do humanismo renascentista. No trecho que segue de Inês Pereira, pode-se notar a transição humanista do teocentrismo para o antropocentrismo. Inês, com suas vontades e desejos de liberdade, marca muito bem o espírito que dominava no século XV, época das grandes descobertas e conquistas, tratando-se de Portugal, época das descobertas marítimas.

Andar! Pero Marques seja!
Quero tomar por esposo
quem se tenha por ditoso
de cada vez que me veja.
Meu desejo eu retempero:
asno que me leve quero,
não cavalo valentão:
antes lebre que leão,
antes lavrador que Nero.

  1. Evidencie as diferenças ideológicas e formais que existem entre as cartas de Pero Vaz de Caminha e a de Américo Vespúcio.

A carta de Pero Vaz é muito mais clara quanto ao objetivo para o qual foi escrita. Conta com uma narrativa de um claro posicionamento ideológico em relação às novas terras e aos novos povos das Américas. A visão de Vaz é típica de um colonizador, descreve os índios como se eles não possuíssem razão ou não fossem dignos dela, inúmeras vezes deixa transparecer em seu relato a superioridade do europeu em relação aos índios, fazendo descrições acerca dos costumes indígenas de maneira etnocentrista. Já a carta de Américo é mais descritiva, mantendo uma distância sobre o objeto descrito (os índios) fazendo isso de uma maneira mais antropológica do que narratológica. No entanto, temos a carta de Vaz como uma das primeiras literaturas brasileiras por tratar da descoberta de uma maneira mais lírica do que descritiva e analítica. Vaz escreve ao rei de Portugal tentando claramente fazer uma boa imagem da descoberta, ao contrário do que faz Américo. Vejamos a descrição de Vaz e de Américo sobre o índio:

“A feição deles é serem pardos, maneira de avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem-feitos. Andam nus, sem nenhuma cobertura. Nem estimam de cobrir ou de mostrar suas vergonhas; e nisso têm tanta inocência como em mostrar o rosto. Ambos traziam os beiços de baixo furados e metidos neles seus ossos brancos e verdadeiros, de comprimento.”

“Quanto à vida e aos costumes, todos, tanto varões quanto mulheres, andam totalmente nus, sem outra cobertura nas pudentas do que as que trouxeram ao sair do ventre. São de estatura mediana, muito bem proporcionados, sua carne tende ao vermelho, como o pêlo do leão. Se andassem vestidos, creio que seriam tão brancos quanto nós. No corpo não há outro pêlo senão os cabelos, que os têm compridos e negros, sobretudo as mulheres, a quem faz belas a cabeleira assim longa e negra.”

  1. Que elementos você destacaria em Amadis de Gaula. Escolha três fragmentos que evidenciem o pensamento social à época.

Amadis desloca-se entre o homem do fim da idade média e o do início da Renascença, essa é sua principal diferença quanto aos demais heróis, tornando – o humanizado o que lhe confere características psicológicas. Nos apresenta uma cavalaria diferente ao passo que mantém o espetacular da antiga preservando suas leis e formalidades, mas transforma e enobrece seu espírito. Mas o ponto fulcral nessa novela é o prenúncio de um herói moderno, em que surge a valorização da bravura, da honra, da valentia. Aflora ainda uma nova concepção de amor em um período marcado pela moral e a religiosidade. Amadis e Oriana são a expressão da fidelidade amorosa.

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