ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE OS TEXTOS
Por: othavio92 • 8/10/2019 • Trabalho acadêmico • 544 Palavras (3 Páginas) • 373 Visualizações
ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE OS TEXTOS
1. BOLTANSK, Luc e CHIAPELLO, Eve. O novo Espírito do Capitalismo. São Paulo. Editora WMF Martins Fontes, 2009.
2. VALLEJO, Manuel Herce. O negócio da cidade. Rio de Janeiro: Mauad X. Inverde, 2015.
Analisando ambos textos vemos que possuem afinidades no que se dizem respeito sobre o território urbano conectado por redes, que são redes estruturantes (rodovias) que vão aprimorar as conexões e suprir a relação de proximidade espacial na cidade.
Os autores também concordam quando falam a respeito da infraestrutura da cidade no quesito de gestão e planejamento, e ainda acrescentam que o território não é neutro, com o princípio de que não há neutralidade nas ações.
Eles estabelecem áreas eleitas e não eleitas na cidade, e pensam na hierarquia urbana por uma condição espacial e de renda, Vallejo chega a citar que “a construção de novas redes de infraestruturas torna mais agudas as diferenças espaciais” (2015) ao passo que faz alusão ao texto de Boltanski e Chiapello (2009) quando o mesmo fala sobre a segregação, onde também a oferta de trabalho é desigual e, por consequência, se desenvolve de forma desigual no espaço.
Observamos similaridade também quando veem a cidade como fruto da técnica, que relacionam o progresso tecnológico à administração empresarial, e frente às situações causadas por estas, acreditam que a cidade deve ser o espaço da racionalidade técnica e da igualdade social.
No texto de Vallejo encontramos uma passagem que diz “não há avanços mantendo o mesmo projeto” (p.26, 2015) o que mostra que cada projeto é único, assim como o texto O novo espírito capitalista relata que cada projeto está em um contexto diferente e há sua própria justificativa: “(...) como um sistema de injunções que pesam sobre o mundo em rede, incitando a só formar elos e estender suas ramificações respeitando princípios da ação justificável, próprio aos projetos. ” (p.138, Boltanski e Chiapello, 2009).
A organização do espaço da cidade é também gerida por influências dos agentes internacionais, interferindo em suas particularidades.
Podemos fazer conexão dos textos quando falam das substituições da infraestrutura (p. 23, Vallejo, 2015), o qual no entendimento da outra obra podemos ver que as conexões têm seu tempo, onde a função cumprida em determinada época pode não ter mais valor agregado à economia de outra época, e então é preciso buscar aspectos de antes com novas funções que atendam as demandas atuais.
No trabalho de comparação entre as duas obras, podemos também citar onde elas se divergem: a perspectiva historicista, Vallejo em seu trabalho remete as conexões atuais às redes de cidades hierárquicas do século XVIII, a uma relação matemática, algébrica em sua organização, enquanto a do século XIX se estrutura pelas novas perspectivas, em uma composição geométrica.
Vallejo fala da discussão que antes era por argumentos da demanda e depois pelo modelo de rede, presente na construção de quase todas as redes de serviços.
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