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AS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

Por:   •  24/5/2019  •  Projeto de pesquisa  •  4.944 Palavras (20 Páginas)  •  481 Visualizações

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2 REFERENCIAL TEORICO

2.1 ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

2.1.1 CONCEITUAÇÃO

O concreto (uma mistura de agregados, miúdos e graúdos, areia, agua e cimento) ele é um material que resiste as tensões de compressão de uma estrutura, porem possui uma baixa resistência a tração. Para solução do tal problema são adicionadas ao concreto barras de aço, que compõem a armadura da estrutura, fazendo com que o concreto mais a armadura suportem as tensões de compressão e tração. Por isso o termo “concreto armado” é a junção destes dois materiais (concreto + barras de aço) que, juntos conseguem dar estabilidade as estruturas.

Deve-se relatar também sobre o conceito de aderência. Este fenômeno obrigatoriamente deve existir entre a armadura e o concreto, para que entre os dois aja uma solidariedade, trabalhando assim de forma conjunta.

Bastos (2006) defini o concreto armado como “a união do concreto simples e de um material resistente a tração (envolvido pelo concreto) de tal modo que ambos resistam solidariamente aos esforços solicitantes” ou seja:

Concreto armado = concreto simples + armadura + aderência.

A NBR 6118 determina o que são elementos do concreto armado: “são aqueles cujo comportamento estrutural depende da aderência entre concreto e armadura, e nos quais não se aplicam alongamentos iniciais das armaduras antes da materialização dessa aderência”.

Esta mesma norma também define o conceito de armadura passiva: “qualquer armadura que não seja usada para produzir forças de protensão, isto é, que não seja previamente alongada”.

Assim sendo, a armadura do concreto armado é chamada de “armadura passiva” o que na prática quer dizer que as tensões e deformações nela aplicadas devem-se exclusivamente aos carregamentos aplicados nas peças onde está inserida.

A junção do concreto com o aço é muito satisfatória, pois seus coeficientes de dilatação térmica são praticamente iguais. O concreto tem uma função muito importante que é proteger o aço de agentes externos, garantindo assim a durabilidade do conjunto. Entretanto essa proteção só é possível se respeitada a espessura mínima de concreto entre a superfície externa da peça e a barra de aço (cobrimento). Porem outros fatores também são determinantes para que a barra de aço esteja protegida, como a qualidade do concreto, por exemplo.

3. PATOLOGIA

3.1 DEFINIÇÃO DE PATOLOGIA E OUTROS CONCEITOS

O termo “patologia” inserido na construção civil é similar a definição encontrada na medicina, em que se estuda a origem, natureza e os sintomas das doenças. Patologia é toda manifestação no ciclo de vida de qual quer edificação, que venha prejudicar a estrutura em qual quer das suas partes.

Segundo Helene (2002), é possível se perceber as patologias, através das suas características externas, por meio da qual se pode verificar sua origem, mecanismos dos acontecimentos envolvidos e sua natureza, alguns problemas ocorrem com maior incidência, devido cuidados que geralmente são ignorados na hora da execução do projeto. Os maiores problemas, ou seja, de maior importância nas estruturas de concreto armado, requerendo uma atenção maior pelo seu evidente risco à integridade da estrutura, são a corrosão da armadura do concreto, flechas excessivas das peças estruturais e as fissuras patológicas.

Ainda de acordo com o mesmo autor, uma análise correta do problema é aquela que nos permite, identifica a origem, consequência e causas, podendo assim se tomar a melhor e mais adequada intervenção para se solucionar o problema.

3.2 PATOLOGIAS MAIS COMUNS NO CONCRETO ARMADO

Helene e Pereira (2007) falam que os problemas mais comuns, e de maior efeito nas estruturas de concreto, são as flechas excessivas, eflorescências, fissuras, manchas no concreto aparente, defeitos de aterro e compactação, problemas devido a segregação dos componentes do concreto e a corrosão da armadura. Em geral as manifestações patológicas surgem de forma bastante peculiar, e com ocorrência bem estabelecidas estatisticamente. Na tabela a seguir machado (2002) relaciona as principais manifestações patológicas em ordem crescente:[pic 1]

Fonte: Machado (2002, p. 06)

3.3 ORIGEM DAS PATOLOGIAS

De acordo com Pedro et al. (2002), as origens das patologias são classificadas em: construtivas, adquiridas, congênitas e acidentais.

  • Construtivas – Segundo Pedro et al. (2002), essas patologias surgem na etapa de execução da obra, devido a mão-de-obra desqualificada, materiais não certificados e ausência de procedimentos corretos na execução dos serviços.
  • Adquiridas – Conforme Pedro et al. (2002), este tipo de patologia aparece durante a vida útil da edificação e são causadas pela exposição ao meio em que estão inseridas.
  • Congênitas – São aquelas que aparecem ainda na fase do projeto da edificação, ocorrendo pela falta da observação da Normas Técnicas, do mesmo modo também se dá por falha e descuido dos profissionais, que acabam tendo como consequência falhas no detalhamento e execução inadequada das construções (PEDRO et al., 2002)
  • Acidentais – Essas patologias são causadas quando ocorrem algum fenômeno atípico, resultado de uma solicitação incomum (PEDRO et al., 2002)

As patologias referentes às fases de planejamento, projeto, fabricação e construção, geralmente surgem em um período inferior a dois anos, entretanto os problemas podem também a aparecer depois de muitos anos. Por esse motivo é muito importante verificar em qual etapa os vícios construtivos surgiram, para até mesmo poder ser atribuída a responsabilidade civil (MACHADO 2002).

3.4 PATOLOGIAS MAIS COMUNS

3.4.1 FISSURAS

3.4.1.1 DEFINIÇÃO

As fissuras são elementos que afetam a superfície estrutural, tornando-se um caminho rápido para a penetração de agentes destrutivos à estrutura.

Nas construções que tem sua estrutura a base de concreto, as fissuras podem surgir, depois de anos, dias ou horas. As causas dessas fissuras podem ser de motivos variados e de difícil diagnóstico. Termo “fissura” é usado para denominar a ruptura ocorrida no concreto, sob ações físico-químicas ou mecânicas (FIGUEREDO, 1989).

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