Acessibilidade em Universidades Públicas

ACESSIBILIDADE PARA PORTADORES DE DEFICIÊNCIA FISICA OU VISUAL: UM OLHAR SOBRE AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR E O CAMPUS UNIVERSITÁRIO

Almir Barbosa REIS Neto^[1]

Barbara Cabral de MIRANDA^[2]

RESUMO

Nesta pesquisa, tratamos de uma análise quanto à acessibilidade em edifícios públicos, dando ênfase às universidades públicas de ensino. Na projeção dessas edificações, há a necessidade de conforto espacial para os estudantes, sobretudo, para manter esses indivíduos aptos a estudarem sem complicações, de forma plena e segura, destacando a acessibilidade como premissa. Este trabalho, trata, em suma, responder à indagação sobre a real concretização desse elemento básico e essencial para a realização de atividades acadêmicas para estudantes com algum tipo de deficiência, utilizando como fonte outros periódicos tratantes dessa questão, e explanar a importância de se ater à acessibilidade, devido seu impacto social.

Palavras-chave: Acessibilidade. Campus universitário. Mobilidade.

1 INTRODUÇÃO

Esse trabalho apresenta uma análise com embasamento bibliográfico a respeito da acessibilidade, esse termo possui inúmeros conceitos que poderiam ser abordados, porém o contexto em questão se refere a respeito do amplo acesso físico em locais públicos, dando ênfase no estudo sobre o nível de acessibilidade das instituições de ensino superior públicas. O objetivo desse trabalho é analisar outras obras e coletar informações que já foram adquiridas a respeito do assunto e dessa forma, será observado se esses locais colocados em estudo estão aptos a receber as pessoas sem nenhum tipo de barreira para os portadores de necessidades especiais, analisando e identificando as falhas nos locais, independentemente de ser uma universidade ou não se espera que seja feito o acesso as dependências do local com facilidade por qualquer pessoa.

A justificativa desse artigo se dá por meio dos dados do levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) em 2010, o Brasil possui 23,9% da população brasileira com algum tipo de deficiência, sendo que somente a deficiência visual corresponde a 18,8% da população e a deficiência motora corresponde a 7%. Esses dados revelam que uma parte significativa da população carece de edificações bem planejadas para que o acesso a elas seja amplo, com isso essa análise a respeito do que as edificações públicas têm oferecido nesse quesito torna-se importante para garantir que os serviços públicos de ensino superior possam abranger todas as pessoas, sem nenhum tipo de distinção física ou visual.

A metodologia deste trabalho será a pesquisa bibliográfica, tomando como referência principal os autores Aguiar, Ramos, Rodrigues da Silva que escreveram o artigo “Cenários de avaliação das restrições à mobilidade dos pedestres em espaços públicos: o caso de um campus universitário“ e também o artigo “Acessibilidade de um cadeirante a uma instituição pública de ensino superior: rotas e rotinas” que foi elaborado pelas autoras Cambruzzi, Costa e Denari. Esses trabalhos terão como suporte mais alguns artigos referentes a outros tipos de espaços públicos. O artigo aqui apresentado será dividido em etapas, contendo a introdução, o desenvolvimento do tema com as subdivisões necessárias para o entendimento e as considerações finais a respeito do que foi apresentado durante o trabalho.

2 DESENVOLVIMENTO

Nesta seção será apresentado os conceitos de deficiência que será trabalhado ao longo do artigo, será pontuado o quesito de acessibilidade que será usado ao longo do texto, além disso será ressaltado a importância da relação de acessibilidade do campus universitário e as conclusões que foram analisadas a respeito de pesquisa de outros periódicos que foram usados como base para a fundamentação deste periódico.

2.1 DEFICIÊNCIA

A deficiência é uma característica bem heterogênea da sociedade, ela pode se manifestar de diversas formas em cada indivíduo e em níveis diferentes de intensidade. Devido a esse alto grau de abrangência, este trabalho irá apresentar a deficiência em dois contextos dentre os inúmeros tipos existentes, serão abordados os casos da deficiência física e deficiência visual.

Para que a abordagem do tema seja o mais claro possível é necessário pontuar o grau de deficiência física que estamos trabalhando. Os instrumentos de suporte desse periódico consideram a deficiência física em três níveis para a análise: quando a pessoa tem dificuldade de locomoção, porém, sem deficiência aparente que é o caso de um idoso ou alguém com obesidade, restrição de locomoção seja ela permanente ou temporária podendo precisar ou não de auxílio de muletas e restrição total de locomoção, neste caso o indivíduo tem o seu deslocamento totalmente vinculado ao uso da cadeira de rodas.

2.2 ACESSIBILIDADE

A acessibilidade é um termo que possui conceitos bem diversificados dependendo seu contexto, neste artigo será abordado a acessibilidade na sua forma de acesso físico aos locais, no caso o objeto que terá a análise do seu nível de acessibilidade serão as dependências de instituições de ensino superior.

Nesse contexto de análise, a acessibilidade deve estar vinculada ao conceito de mobilidade:

 [...] a acessibilidade está associada ás oportunidades disponibilizadas pelo espaço urbano. Por outro lado, a mobilidade está ligada á condição de um indivíduo de se deslocar, mas esta condição depende da performance do espaço (níveis de acessibilidade) e das características do próprio indivíduo (capacidade de locomoção). (AGUIAR; RAMOS; RODRIGUES DA SILVA, 2009, p. 2).

2.3 UNIVERSIDADE, CAMPUS

O espaço de análise de acessibilidade deste trabalho é as instituições públicas de ensino   superior, tanto seus espaços internos e externos como por exemplo o campus das instituições.

Universidade é uma instituição que comporta um universo de cursos de ensino superior, e para isso é necessário um conjunto de espaços físicos para comportar esses cursos oferecidos. Sendo assim o campus de uma universidade é a união de todos os espaços físicos da instituição juntamente com os espaços secundários que ajudam a fazer o suporte desse complexo sistema que é um campus universitário.