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Análise Crítica – “Na floresta dos símbolos”

Por:   •  22/5/2017  •  Resenha  •  1.147 Palavras (5 Páginas)  •  910 Visualizações

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Análise crítica – Capítulo V

“Na floresta dos símbolos”

O autor inicia o capítulo fazendo uma crítica à economia e cultura moderna através das experiências de sua infância, dizendo como a influência de Robert Moses transformou a cidade de Nova Iorque e seu bairro, Bronx.

 “Por  dez  anos,  do  final  dos  anos  50  ao  início  dos  60,  o  centro  do  Bronx  foi  martelado, dinamitado  e  derrubado.  Meus  amigos  e  eu  ficaríamos  sobre  o  parapeito  da  Grande Confluência,  onde  antes  fora  a  174th  Street,  e  fiscalizaríamos o  andamento  das  obras [...]para  nos maravilharmos  ao  ver  nosso  bairro  comum  e  agradável  transformado  em  sublimes, espetaculares ruínas.”  

(BERMAN, 1982, p. 250)

Para ele, Moses ao propor transformações, como a via expressa Cross-Bronx, não parecia se importar com as desapropriações, era apenas uma grande quantidade a se demolir. E discute que, tal personalidade intimidadora que ele próprio criou, o fez criar inimigos com a missão de pará-lo de construir, o que conseguiram em 1960.

Berman julga uma contradição que a primeira grande obra e orgulho de Moses, o parque estadual de Jones Beach, tinha uma intenção de calma, enquanto ele prosseguia em situações de conflito.

O autor faz uso da comparação do livro “O Grande Gatsby”, do símbolo da lanterna verde, para mostrar que o arquiteto, torna as alamedas acessíveis somente aos automóveis, desenhou para criar uma divisão social.

Mas, exalta o arquiteto por sua administração como diretor dos parques estaduais com as obras públicas no período de depressão nos Estados Unidos, que tornou possível recuperar os 1.700 parques, através da mobilização dos trabalhadores e da fiscalização dos parques e pelo projeto Tri-Borough, que segundo ele:

“O projeto  Tri-borough,  uma  rede  colossal  e  complexa  de  pontes,  acessos  e  avenidas  que uniria Manhattan, o Bronx e Westchester a Queens e a Long Island. [...]  é  impossível  que mesmo o inimigo mais  amargurado  de  Robert  Moses  — ou,  no  caso,  de  Nova  Iorque  — não  se  deixe  tocar:  sabe-se  que  se  está  de  volta  à  casa  e  a  cidade  está  à  disposição, pelo que se deve agradecer a Moses.”

(BERMAN, 1982, p. 285)

Para Berman, os projetos de Moses marcaram uma nova fase da modernização do espaço urbanos e dos ideais modernistas. Faz uso da citação de Frances Perkins, para relatar que o arquiteto não gostava das pessoas, mesmo que eles o idolatrassem pelos parques, que ele queria torna-lós melhores através das atividades culturais e que começa a dar errado quando ele cria uma grande rede de “autarquias públicas” interligadas:

 “Uma  vez  pagas  as  obrigações  iniciais,  não  haveria  necessidade  de recorrer aos governos municipal,  estadual  ou  federal  ou  à  população  para  novas  obras.  Moses  provou  nos tribunais  que  nenhum  governo  tinha  qualquer  direito  legal  nem  mesmo  para  fiscalizar os  livros  de  uma  autarquia.”

(BERMAN, 1982, pág. 288-289)

Afirma que no modernismo a cidade moderna perdeu seu valor, deixou de ser moderna, através do pensamento de estar sempre à frente, dando como exemplo a falta de espaço para a cidade já que ela não conversa com a rodovia. Também afirma que, tudo que foi construído por Moses no pós-guerra foi construído de maneira radical, não se importando com a qualidade humana e que em 1950, já não construía seguindo seus ideais.

O autor faz uma reflexão de que para os modernistas dos anos 50, o ambiente simplesmente não está presente e que isso fez com que artistas e pensadores, buscassem um novo modernismo.

Segundo ele, a resposta à essa busca estava na obra “A morte e vida das grandes cidades” de Jane Jacobs, que mostra que tudo pode ser encontrado no cotidiano, analisa o desenvolvimento do ponto de vista da autora e afirma que ela faz uma observação importante sobre manter a “velha cidade” (moderna de Haussmann), pois ela solucionava as questões modernistas, mantinha a convivência em comunidade e que deveria ser mantida, ao contrário do que o movimento moderno vinha fazendo.

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