BARROCO COLONIAL MINEIRO - INTERIORES
Por: Alessandra Santos • 13/3/2016 • Trabalho acadêmico • 746 Palavras (3 Páginas) • 515 Visualizações
BARROCO COLONIAL MINEIRO - INTERIORES
“Para poder compreender as residências do passado, deve-se deixar o ponto de vista habitual e pensar do seguinte modo: os construtores antigos pensavam a casa como elemento protetor do homem, que vivia e trabalhava em plena natureza, contra as variações climáticas (janelas pequenas, salas sem luz direta, etc.). O homem do passado compreendia a sua casa como refugio. Satisfeito com o sol e o clima natural, este homem gozava da intimidade, do abrigo, do ninho. Descansava rompendo suas relações com a natureza. Na casa antiga faltam, portanto, os elementos que hoje nos são tão agradáveis e indispensáveis e o recinto doméstico, completamente diferente, nos causa, no primeiro momento, a impressão de desconforto, impressão que resulta dos nossos costumes. Para compreender a casa antiga precisamos estudar as condições em que elas foram construídas no passado”. (BROOS, 2002 pg.22)
1. ACABAMENTO GERAL
As divisões internas são sempre de pau-a-pique , mesmo quando as paredes externas são feitas de pedra.
Raramente os interiores recebiam decorações especiais. Quando muito as áreas receptivas, vestíbulos, salas e entradas eram melhores decoradas, enquanto as íntimas se conservavam modestas.
Os dormitórios são menores que os demais cômodos e muita das vezes não possuem aberturas para o exterior. Normalmente colocados no meio da casa, nunca são postos junto a via pública, posição reservada para as salas. Os quartos de hospedes, mais privilegiados, são sempre colocados na parte dianteira da casa, com acessos independentes ligados às varandas nas áreas rurais e às salas nas urbanas.
O interior é fechado ao estranho que jamais tem acesso aos pátios e quintais. Aos fundos localiza-se a cozinha que é em geral descuidada, com as telhas à vista para facilitar a saída de fumaça e o chão de terra batida. Copas e despensas resumem-se à armários embutidos ou não.
Óculos, seteiras e janelas para o exterior ou cômodos vizinhos melhoram as condições de higiene.
2. VÃOS
Fecham-se os vãos por folhas simples de tabuas ligadas por travessas pelo lado de dentro. Folhas mais ricas tinham seus painéis preenchidos por almofadas pelo lado de fora.
E apesar da dificuldade de transporte e alto custo o vidro foi muito usado como suplemento das folhas cegas por meio dos caixilhos de vidro que vedavam pequenas aberturas.
3. PINTURA
As paredes e os forros eram pintados de branco tanto no interior quanto no exterior. Os forros recebiam ainda ornamentos florais, em conchas e detalhes em ouro e as madeiras recebiam pinturas coloridas que auxiliavam na sua proteção.
4. ÁGUA
A água necessária a habitação acumula-se em grandes vasos e tonéis, supridos pelas fontes publicas. Muitas casas dispunham de nascentes situadas no terreno ou conduzidas a ele, que despejavam suas águas de preferência em bicas vizinhas à cozinha, mas desaguavam também em pátios ou quintais.
A água suja escoava para o quintal ou era lançada nas ruas.
Peças de banheiro ou instalações sanitárias
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