Resumo Barroco Mineiro Suzy de Mello
Por: FE_AUGUSTA07 • 27/8/2016 • Resenha • 2.805 Palavras (12 Páginas) • 1.277 Visualizações
Resumo Livro Barroco Mineiro /
Autora: Suze de Mello – Pág. 122-164
As construções religiosas
Mesmo na exemplificação mais requintada, a prevalência do vocabulário formal popular das regiões da Estremadura e do norte de Portugal e facilmente identificável, não obstante a necessárias e naturais adaptadas.
Já no que diz respeito àsconstruções religiosas apresentam as Minas características totalmente diversas. Ao contrario da arquitetura urbana e civil as capelas e matrizes mineiras seguiram uma evolução arquitetônicapropina que embora vinculadaàs raízes portuguesas e aos seus sistemas construtivos utilizados nas demais áreas do território em geral tiveram aqui um seguimento muito diverso dos padrões usuais nos primeiros séculos brasileiros.
A arquitetura religiosa de Minas adquire um dimensionamento inesperado pela originalidade de suas soluções com relações as que condicionaram as suas equivalentes no território brasileiro.
Um aspecto fundamental se destaca como o mais importante determinante das construções religiosas mineiras: sua realização como obra de conjunto da propina população que, organizando-se espontaneamente ergueu no só as primeiras a as mais primitivas capelas dos povoados iniciais como, depois, as grandes matrizes e as sedes das Ordens Terceiras e irmandades vistas ter sido proibida a permanência nas ordens religiosas regulares nas minas, como já foi observado. Esse fato é único no Brasil, pois nas demais regiões instalaram-se os jesuítas, franciscanos, carmelitas e beneditinos que a par de suas obrigações devocionais. Eles tinham como metas a catequese dos gentios e a difusão da educação católica bem como a pratica da caridade cristã através de Santas Casas ou estabelecimentos congêneres para o tratamento de enfermos e ainda recolhimentos e asilos para órfãos e idosos.
Não são encontrados, nas Minas, os grandes conjuntos dos conventos e colégios que se destacavam nos demais núcleos de povoamento do território brasileiro, tanto no litoral quanto no interior. Sua volumetria é marcante são naturalmente condicionadasàs finalidades básicas.
Como exemplos dessas soluções poderiam ser citados em primeiro lugar a residência jesuíta, organizada em quadriláteros que incluíam as celas e as áreas do colégio que além de igreja dominavam sempre uma praça bastante ampola, como ocorre em Nova Almeida, a Antiga Aldeia dos Reis Magos e na Nossa Senhora da Assunção, em remitia (atual Anchieta) ambas no Espirito Santo e ainda construídas no século XVI.
Por outro lado, justamente jesuítas e os franciscanos, ordens de maior atuação no inicio da colonização brasileira, incluíram-se dois grandes arquitetos. O irmão Francisco Dias era considerado‘’um de seus peritos na profissão de arquiteto’’.
Mais complexos que os jesuítas, os conventos franciscanos dispunham igualmente em torno dos pátios com forma que tendia para o retângulo e em cuja volta se se desenvolviam os claustros. Porem como havia a Ordem Terceira, além da igreja conventual não existia a capela dos terceiros e sua sacristia propina.
As fachadas foram desenvolvidas segundo um esquema geral básico que em sua parte inferior era resolvido com o uso de chamada ‘’Galileu’’ ou, seja, uma espécie de pórtico de entrada para a nave da igreja propriamente dita, sendo coroados com frontões que se lançavam para o alto em elegantes jogos de volutas, elementos curvos que eram combinados na excepcional sensibilidade.
Outros detalhes como as torres recuadas, poderiam ser ainda enumerados, mas apenas a indicação dos principais é mais que suficiente para deixar claro o vocabulário formal básico que concretizava as construções franciscanas no Brasil.
Todas as observações, ainda que muito resumidas revestem-se de enorme significado quando se considera a situação maisuma vez muito peculiar das Minas, em comparação com o que ocorreu nas demais regiões brasileiras em temos de arquitetura religiosa ‘’escolas’’arquitetônicas, resultou, igualmente, em uma liberdade muito maior para as construções que não tinham, nas minas, quaisquer restrições imposições formaisou de programas para serem seguidos.
Em contrapartida as atividades existentes entre as Ordens Terceiras e entre as irmandades motivaram ainda mais as construções das grandes capelas mineiras, trazendo uma nova inesperada emulação que só resultou uns maioresbenefícios não só não só para a arquitetura como também para o enriquecimento da decoração interna, com as magníficas obras de telha.
A arquitetura religiosa mineira do século XVIII constituiu o ultimo grande exemplo do barroco no Brasil, já que logo depois, se iniciaria o período do neoclassicismo. Nas Minas, a presença de engenheiros militares era restrita e tampouco aqui chegavam maiores influencias ou modismos artísticos em voga na corte portuguesa.
Portanto a arquitetura religiosa mineira não se enquadrou nos esquemas básicas adotadas nas demais regiões do Brasil, e a, partir de condicionamentos peculiares, apresentou uma evolução muita propina, alcançando, por fim, um nível extraordinário de originalidade e beleza.
Evolução e Tipologia básica
Arquitetura não se pode definir data muito exata para monumentos veste ser sua construção frequentemente não só muito complexae lenta como também sujeita a reformas, reconstruções a ate mesmo‘’modernização’’.
As condições nas Minas apresentaram-se como nas demais regiões do Brasil, ou arrematasnão só pela escala menor como também pelas técnicas, construtivas adotadas, as edificações iniciais tiveram um maior caractere de transitoriedade, embora, em inúmeros casos, fossem posteriormente refeitas com materiais mais duráveis programas mais complexos.
Entretanto considerando-se presença de Ordens religiosas naquelas regiões, a iniciativa das construções, mais primitivas ou nãoa elas cabia enquantoque, nas Minas ‘’ a principio, nas povoações primavas, unem-se os indivíduos em torno de uma única capela, de construção precária, núcleo de povoação, nascente e ponto de referencia do lugar.
As fachadas são apenas abertas por uma porta que pode ser resolvida em tabuas retas, dispostas verticalmente, em ‘’calha’’ ou almofadassalientes e mais elaboradas e arrematadas lateralmente por cunhais simples (madeira ou pedra) tendo telhado em duas aguas, com beirais também simplificados.
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